Domingo, 27 de Fevereiro de 2011

"É preciso entender que esta geração é diferente não porque usa o Facebook, mas porque não quer um pai que lhe diga o que é certo ou errado. Os jovens árabes não estão correndo para encontrar um salvador. Estão sendo muito maduros, querem antes desmanchar o regime de repressão".

Quem diz isso é o professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o historiador Jean-Pierre Filiu, e não está repetindo o óbvio: os jovens não aceitam a disciplina paterna. Não, ele que viveu 20 anos no Oriente Médio está explicando que a religião árabe está perdendo o domínio castrador sobre os adoradores de Alá. Controle religioso que facilitava os governos totálitários e ditaduras de 40 anos fazendo o povo ter medo, pricipalmente de um deus que acobertava os déspotas.

Sei que Jesus disse isto e é bem possível que Maomé também: a verdade vos tornará livres.

E os políticos? Filiu diz que o Jihadi tinha perdido o contato com a realidade quando condenou os manifestantes egípcios dizendo que "estavam adorando os ídolos podres do patriotisdmo e da democracia", mas lembra que político, as pessoas que têm este dom, são mais flexíveis que minhoca: "não os dou por vencidos, eles sempre mostraram capacidade de se renovar". Já a Irmandade Muçulmana "sempre achou que ser um partido fechado [como era o PT] era bom para a cabeça-dura do eleitorado egípcio, mas agora vê que os tempos são outros e é preciso negociar, formar coalização".

Estas mudanças vão aproximar os povos arabes do Ocidente? Ou continuarão pensando que 'ocidental bom é o que está morto'? "O ambiente é muito positivo porque os países do Ocidente mostraram neutralidade e empatia com o povo revolucionário".  

Só sei dizer que este século não está sendo igual àquele que passou. Ih, isto dá samba!

 

 


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publicado por joseadal às 16:27
Sábado, 26 de Fevereiro de 2011

O autopersonagem, Henry Miller, encontra um amigo depois de muitos anos e pensa consigo mesmo o seguinte: "Recuo então todos aqueles anos, um corredor longo como um tubo em espiral com espelhos distorcidos de cada lado e chego exatamente àquele ponto do tempo e do espaço em que fixei-o na imagem segundo a qual sempre o veria, mesmo no próximo mundo".

Não estou mudando de assunto, não. Chico Xavier também encontrou um amigo que se chamava Emanuel. Na longa existência dos seres por este e por outros mundos, este ser viveu experiências como outras pessoas, algumas delas com aquele que se tornou Chico. Mas quando, terminada suas encarnações evolutivas, se fixou numa personalidade escolheu a da que viveu como legionário romano do tempo de Jesus.

Semelhante ao que diz um parente no velório de um ente querido: não vou vê-lo agora, quero guardar a imagem dele sorrindo em determinado momento. Assim, em nossa vidas há aquela que queremos como a mais representativa.

Em uma parábola a respeito da ressurreição Jesus conta que uma mulher casou e enviuvou sete vezes e pergunta: na ressurreição com qual marido ela vai viver? Mesmo que não desfrutem de um relacionamento sexual ela escolheria conviver com aquele que calou mais fundo em seu coração. Sejam sete ou mais encarnações, tem sempre aquela vida que melhor nos representa como espírito.

Por falar nisto, qual é sua melhor foto? Você não é fotogênico? Não sai bem em nenhum instantâneo? Não se saiu bem em nenhuma vida?

Então te cuida cara!      



publicado por joseadal às 17:26
Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011

Para quem acredita que cada pessoa nasce sob a influência psíquica de um dos quatro elementos alquímicos, a combinação entre dois indivíduos que entram em um relacionamento é preocupante. Veja o caso de um homem pisciano, para quem o mais importante são os valores religiosos e espirituais com uma mulher de virgem para a qual o que tem importância são os bens que possam ser guardados, os materiais. Mas apesar das divergências ambos se esforçam para que o relacionamento deles não fracasse e que as coisas conquistadas juntas: filho, cachorro, casa ou experiências, não precisem ser divididas e separadas.

Cláudia Lisboa, que entende muito do assunto, diz o seguinte na revista O Globo: "Se o encontro for de complementação, a convivência com alguém que tem um olhar oposto produz uma relação criativa. Se a vida em comum, for de oposição o resultado é um bloqueio de forças e ao invés de intercâmbio tende a ser destrutivo".

Porém, você que não crê em nada disso acha que tudo o que Cláudia disser não terá nenhum valor. Entretanto, o que ela diz a seguir é um pensamento importante para se ter quando estamos com alguém que nos é caro, seja de que signo for: "O fato é que admiramos quem dispõe de um signo de elemento oposto ao nosso e nem nos damos conta do porquê. A razão é que ele (ela) vive num universo que nos é estranho".

É isto, na maioria das vezes vivemos com um ET ou somos um ET para alguém.

Lembra do filme? Então, podemos ser como aquelas crianças que entendem, sentem afeição e protegem o ET ou escolhemos ser um adulto insensível e racional que quer aprisionar e retalhar o gentil ET. Você escolhe.


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publicado por joseadal às 17:06
Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011

Marta Medeiros, da revista O Globo, termina uma crônica escrevendo: "tamo ferrada", só porque constatou que as mulheres que fazem de sua profissão seu principal interesse na vida ficam sozinhas. "De apêndices de nossos pais e maridos passamos a ter uma vida própria e acreditei que a competitividade tivesse dado lugar a um companheirismo mais saudável". Peraí, que companheirismo se os dois vivem correndo cada um para um lado atrás do seu amado trabalho? Em Criatividade, o livro grosso que estou lendo, insiste que o problema todo - do aqueciomento global às neuroses, dos casamentos desfeitos aos joverns violentos - é que gastamos demais e trabalhamos ídem e esquecemos (aí já é coisa que

li em outro livro, Mateus, Jesus falando) que "meu reino [meu domínio mais íntimo] não é deste mundo". Por que é difícil botar isto no coração, cara? É, ela tá certa, 'tamos ferrados'.

 



publicado por joseadal às 22:46
Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011

Há homens que percebem bem a finalidade da vida e insistem em alertar-nos do que estão vendo. "Hoje o planeta inteiro é um grande formigueiro, um infernal canteiro de obras com ritmos cada vez mais ferozes de trabalho. É como se nenhuma máquina jamais tivesse sido inventada e como se todos os humanos ainda tivessem de fazer tudo com suas próprias mãos. Bertrand Russel escreveu já em 1935: Continuamos a desperdiçar tanta energia quanto era necessária antes da invenção das máquinas'. O enorme desperdício de tempo,dinheiro e saúde a que se reduz este frenético atolar-se de trabalho tem como resultado final uma grande ineficiência, uma matança do tempo que devia ser valorizado e um descuido da vida real com um se limitar a ganhar e gastar dinheiro". (Domenico de Massi)

Não adianta falar nada disso se já que estamos presos, inapelavelmente, a esta correria. Somos aquilo que outro gênio da percepção,

Charlie Chaplin, mostrou no filme Tempos Modernos, somos peças bem presas de uma engrenagem. A menos que você não aceite esta condição de máquina e caia fora do sistema. Há muitas maneiras, você tem que descobrir a sua.

 

Outro que via a vida como um grande especialista nela era Jesus de Nazaré que disse: "Quando sentirdes que estais cercados, fujam, fujam para os montes!"



publicado por joseadal às 20:57
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011

Convidado por meu sobrinho, pastor da Igreja Presbiteriana Viva, de Itaipu, Niterói, em visita ao templo de Volta Redonda, assisti a pregação de outro pastor, baseada na primeira carta de Pedro capítulo dois, onde o apóstolo estimula os cristãos a deixar de ser criança e crescer. Então, fez as admoestações de prache: como conviver com a esposa(o), como agir no trabalho e que tais. O tempo todo ele falava de velhos cristãos que não ficam adultos. Ele mesmo confessou seus tropeços de quem está aprendendo a andar. O que fica no ar é a luta inglória para se aperfeiçoar e que aquele que diz: não tenho pecado é um hipócrita. Forma terrível de criancice. O que dizer então a igreja? Que só resta desistir de tentar?

Filósofos como Immanuel Kant, no livro O que é o Iluminismo?, de 1784, encontraram como saída a explicação de que o ser humano precisa ter ética.

"Tenha coragem de servir-se de seu próprio intelecto! É tão cômodo evitar a maioridade. Se possuo um livro que detém, por mim, a consciência, não é necessário que me esforce. Não preciso pensar".

Este conceito é parte do Positivismo que rejeita o negativismo como: não matarás. A ética trabalha as razões mais profundas como, neste caso, o valor e o milagre de uma vida humana. E, ao invés da negação infantil: não adulterarás, ensina o direito de cada um por sua propriedade e o respeito pelo que outrem conquistou. Ações positivas.

Porém, o Positivismo anda de braços com o Evolucionismo de Darwin que não estabelece limite de tempo para o Progresso humano e ambas filosofias tiram o foco do Eu e colocam na raça e no grupo. "Amparado na pesquisa filosófica e científica promove o experimental e bane as superstições, faz triunfar o espírito de tolerância, ilumina consciências, difunde a educação e a cultura, reforma as instituições e limita a influência das igrejas nos Estados".

Uma vez, velando outro sobrinho numa igreja em Barbacena vi maravilhado um grupo de senhoras chegar, cercar o caixão e começar a cantar um hino que nunca encontrei escrito para copiar, mas me ficou o verso que dizia: descanse irmão, terminastes tudo que devias fazer, acabou-se teu sofrimento e dor. Não é belo? Por que, como um pai severo, cobrar ao próximo o que ele não poderá fazer e assim acumular culpa sobre ele? É melhor ser aquele pai que ensina o certo e deixa o filho tomar seu caminho, ter seu livre arbítrio e estar sempre perto para... criticar? não, perdoar.


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publicado por joseadal às 21:56
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

Difícil, é muito difícil. Mas são palavras de um livro e as li copiadas num papelzinho distribuído por um crente devoto: "Se você quer ser meu seguidor esqueça seus próprios interesses", Jesus, em Lucas 9:23.

Hoje em dia qualquer um pode ser "seguidor", teu ou meu, no Facebook ou no Orkut, mas não precisará deixar para segundo plano seus interesses. Seguir Jesus é diferente. "Quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira".

Nos três anos e meio que ele ensinou tornar-se seguidor dele significava largar tudo, profissão e família, e andar atrás dele. Quando Lucas, movido pelo Espírito, escreveu estas palavras ser um seguidor do Mestre já não implicava deixar família e profissão, isso só era exigido para quem abraçava o sacerdócio. Mas, mesmo assim, o seguidor procurava manter sua vida o mais simples possível. "O que adianta ganhar o mundo inteiro?", perguntava Jesus.

Quando as idéias dele se espalharam talvez tenha sido a causa da Europa ter ficado estagnada por 800 anos. Os seguidores lembravam a todo o tempo dessas palavras: "Pois quem põe seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a verdadeira vida". Esta vida melhor seria em outro mundo.

Então, depois do ano 1000, os que estudavam as palavras de Jesus começaram a ler os esquecidos mestres gregos como Platão, Sócrates e Aristóteles que ensinavam como ter uma verdadeira vida aqui na Terra. Aos poucos os seguidores de Jesus passaram a ouvir outros mestres. Estes incentivavam o estudo de novas ciências e o mundo inventou muitas coisas. A verdadeira vida passou a ser uma existência mais confortável e segura. E assim passou-se mais 1000 anos.

Bem, agora que tudo muda o tempo todo e são muitos os que nos oferecem 'auto ajuda', qual é a verdadeira vida? Jesus ainda é o mestre ou só um dos mestres? Será que viver a verdadeira vida é, como dizem muitos ou por orgulho ou por medo: para mim basta crer em Deus!?

Vou guardar o papelzinho no fundo da pasta e lê-lo vez em quando porque ele diz outra coisa: "Vocês não se tornarão filhos de Deus pelos meios naturais".



publicado por joseadal às 11:01
Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011

Olha que declaração incrível: "Napoleão gastou mais ou menos o mesmo tempo de Júlio César para ir do Rubicão ao Sena" (do livro Criatividade, de Domenico Massi). Não houve nenhum progresso importante nos transportes em 19 séculos.

"A onda histórica neolítica foi mais breve que a paleolítica e esta mais curta que a pré-história. Cada nova etapa do progresso humano é ligada à descoberta de uma nova fonte energética".  Foi isso, de César a Napoleão não houve nenhuma descoberta de uma energia nova, mas logo depois elas foram surgindo a cada cinqüenta anos e depois a cada dez e aí tudo progrediu fenomenalmente.

Não pense que acabou o estoque de novas fontes de energia e as futuras gerações vão dizer que nós, tão dependentes do petróleo e do motor a explosão, estavamos muito atrasados. Mas para encarar todas as mudanças que virão é preciso a compreensão que li no livro Ramatis e a Nova Jerusalém:

"RAMATIS - Enquanto possuirdes uma visão fracionada de vosso ser, não conseguireis vos programar com segurança, pois ainda não sereis capazes de definir o centro gravitacional único sobre o qual tudo o mais precisa girar.

PERGUNTA - A que centro gravitacional vos referis?

RAMATIS - Ao vosso espírito imortal".

Muitos profetas e visionários disseram que quando o ser humano passar esta barreira, a consciência de que é primeiro de tudo um espírito, então a evolução de nossa raça será astronômica.



publicado por joseadal às 08:10
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

Agora vou te contar como começa o amor. Vou te desvendar o momento mágico, aquela primeira vista. Li neste instante. Achei-o ao pé de uma página e acabei de ler. Quem escreveu foi o louco do Henry Miller: "Por que me olhava tão fixamente quando eu lhe contava a história? Havia um brilho em seu rosto que nunca poderei esquecer. Hoje, penso saber o que era. Acho que a fiz parar: parar aquele incessante urdir e tecer".

Ele estava com ela num restaurante, conversavam, trocavam as primeiras impressões e ela falava e falava, mexendo com uma das mãos, o que o fazia lembrar uma bordadeira ou das tecedeiras do destino. Então ele a cortou e começou a contar uma coisa completamente diferente.

Só sendo uma virgem, e atualmente ela precisa ser bem jovem, para não chegar no primeiro encontro com uma estória treinada por ter sido repetida muitas vezes. Esta máscara, sob a qual nos protegemos ou nos escondemos, é um empecilho para o amor entre duas pessoas. Porém, o (a) insidioso espera todo tempo por quem interrompa sua interpretação sem sentido. Foi isto que ela sentiu quando ele cortou sua ladainha mistificadora. "Havia gratidão em seus olhos, bem como amor e admiração. Eu fizera a máquina parar".

Ah, como é bom sermos nós mesmos, sem disfarce! É tirar um peso de cima, é sentir a leveza de ser. Quando descobrimos que quem fala olhando em nossos olhos está interessada na pessoa que somos, no patinho feio que nos imaginamos e que pretendemos esconder sob falsas penas brancas, só nos resta amá-la.

Entretanto não se esqueça que "as mentiras estão embutidas na verdade e não têm nenhuma existência separada dela". É assim, o ser maravilhoso que conhecemos não é bem quem supomos ter conhecido.


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publicado por joseadal às 23:39
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

No século 12, alta Idade Média, a sociedade passa por uma mudança tanto no plano terreno quanto no celestial, surgem: a classe média e o purgatório. J. le Goff ensina: "O conceito de intermediário surge de mutações profundas das realidades sociais e mentais da Idade Média. Não se confrontam mais poderosos e pobres, surge uma categoria mediana, uma terceira ordem. Passar do sistema binário para o terciário levou a novo estilo na organização da sociedade".

Domenico Massi acrescenta: "No mesmo período o homem é constrangido a rever sua relação com Deus, uma parte do destino supraterreno é subtraída à justiça divina e conquistada pela ação humana. Essa nova possibilidade de influir no destino dos mortos determina um incremento de potência para os vivos. Nascem novas formas de solidariedade institucionalizada, tanto por orações como por contribuições para a Igreja".

A crença no Purgatório aumenta a geografia do mundo espiritual ao mesmo tempo em que os europeus vêem seu mundo se expandir com negócios do outro lado do planeta, na Ásia. Bem que Jesus já avisara: "o que ligares na Terra será ligado no Céu. Isto foi bom o mal?

Uma das conseqüências foi edificação de grandiosas catedrais góticas como Notre Dame, em Paris. Com o povo humilde, a classe média e os ricos sendo ensinados e coagidos pela igreja a ir preparando sua passagem rápida pelo purgatório por meio de donativos formaram-se fortunas que resultaram na construção dessas grandiosas casas de Deus. O mestre Jesus preferiria pregar no alto de uma colina ou na beira do mar. São opções.



publicado por joseadal às 00:22
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