Quinta-feira, 31 de Março de 2011

Como em uma semente, que já contém em si todo desenvolvimento da árvore, os doze apóstolos foram uma síntese de toda história da Igreja.

O pescador Pedro era um homem, no sentido daquele que toma decisões, não as deixando para outro. Fosse mergulhando para ir ao encontro de quem reconheceu como Filho de Deus, seja sacando uma espada e golpeando um dos que vieram prender seu amado mestre. A longa existência da Igreja de Cristo e de Pedro teve muitos destes homens determinados. São Bernardo foi um desses. Li esta menção a ele no livro A Cruzada - a Caminho de Jerusalém:

"Arn esteve sempre à altura, diante de tudo o que podia aprender. Era rápido no aprendizado e, nesse aspecto, nada havia para se preocupar. Desde que não se considerasse, como alguns irmãos mais rígidos consideravam, que a espada e a luta à cavalo não tinham nada a ver com a função divina na terra. Mas os irmãos que acreditavam nisso não tinham estudado o suficiente sobre seu padre, São Bernardo, o criador dos templários".

Creio que Che Guevara explicou tudo na conhecida frase: Há que endurecer-se, sem jamais perder a ternura. Quando Nosso Senhor fêz de uma corda dobrada um chicote doído, sua ira não durou mais que um instante. Meus irmãos cristãos, em Roma, nos dois primeiros séculos, que foram desmembrados, vilipendiados, queimados e mortos foram pegos em um incompreensível momento histórico. Mas como foram mortos também poderiam ter matado. Ou tudo é um acaso louco ou somos todos imortais. Não se pode julgar ninguém pelo que fêz. Temos de ser fiéis aos nossos princípios e vigiar. Hoje estou estranho, um eclesiaste.

 



publicado por joseadal às 22:04
Quinta-feira, 31 de Março de 2011

Distraíndo-me na viagem, li estas palavras numa historinha de Paulo coelho: "Basta um pouco de amor, como um grão de feijão, para encher um coração. Porém, nem toda riqueza do mundo pode encher um coração que sente falta de amor".

Coisa efêmera é o amor, na escola é um nome abstrato, mas faz mais falta ao ser humano que um objeto concreto, qualquer que seja.

José Celidônio, emérito mestre cuca, ensina a encher panelas de comida, mas sempre dosando cada ingrediente. Precisam ser 100g de cebola ralada, nem um gramo mais. Mas para não se errar a mão com o amor é diferente. Nada de dosar ou medir. É preciso andar com as mãos cheias dele e passá-lo a todos que encontrarmos no caminho da vida. O amor, abstrato e forte, não tem medida.

 


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publicado por joseadal às 02:08
Terça-feira, 29 de Março de 2011

Os romanos desenvolveram a sauna ou as termas, um modo de relaxar que intercalava o cuidado com o corpo com negócios e o descanso com estudo.

"A partir do século 2 a.C. a maior parte dos cidadãos romanos, tanto em Roma com em muitas cidades dominadas por eles, saía do trabalho ou de casa e ia às termas".

As saunas em bons clubes de hoje nem de longe se comparam com a tecnologia, o conforto e o luxo daqueles balneários da antiga Roma. Apesar de ter sido inventada pelos gregos foram os latinos que fizeram deste costume um modo de vida que garantia o ócio e o descanso mental e corporal. Uns 20 anos antes de Jesus nascer o imperador Agripa começou a construção de uma terma pública e gratuita. Foi construído um aqueduto para prover água em abundância para uma enorme sauna, um parque aquático com piscinas. Sêneca descreve os acabamentos: "Grandes espelhos circulares ornavam as paredes revestidas de mármore da Núbia, águas jorravam de torneiras de prata e mármore de Taso, formando belos desenhos, recobriam os pisos". No século primeiro d.C. existiam mais de 170 termas em Roma. A construída por Diocleciano no século 4 d.C. ocupava 150.000 m². Centenas de profissionais trabalhavam nelas.

Precisamos encontrar o nosso tipo ideal de distração e descanso. A vida não pode ser só de trabalho e obrigações.



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Terça-feira, 29 de Março de 2011

         Li sobre os monges de Cister no finalzinho do século 20 e cheguei a conclusão de que os seguidores de São Bernardo foram muito importantes no plano de Deus para a Igreja que Jesus instituiu.

         Era finalzinho do século 12 e os sacerdotes pregavam num ambiente hostil. A Europa não tinha mais um império, estava toda fracionada em centenas de reinos onde os povos pouco ou nada sabiam dos ensinos de Cristo. Os padres precisavam voltar ao trabalho de evangelizar.Procurei livros sobre esses cristãos.

         Encontrei um livro antigo, do escritor português Alexandre Herculano, O Monge de Cister, mas o romance nada acrescentou. Agora, no livro A Cruzada de Jerusalém encontro de novo os cistercienses. O padre Henri vê seu mosteiro ser ameaçado por uma rainha pagã.

         "E com isso estava decidido que os trabalhos no mosteiro de Varnhem iriam ser interrompidos até que a Igreja mostrasse seu poder e pudesse restabelecer a ordem. A Sagrada Igreja Romana não podia aceitar tal insulto e muito menos permitir-se a derrota na batalha que estava por vir. Causava um certo espanto ao padre Henri que essa pretensa rainha fosse tão ignorante a respeito disso".

         O tempo dos cristãos torturados ou escondidos em catacumbas havia passado há muito. Os séculos em que a Igreja dividia o poder com os imperadores também ficaram para trás. No ano 1200 os sacerdotes solitários em suas paróquias possuíam o apoio de uma hierarquia bem organizada e com uma capital temporal onde vivia o papa com seu exército. Assim, os monges de Cister eram mansos e estudiosos, mas ferozes quando ameaçados. O pensamento destes seguidores de Cristo é um assunto de estudo empolgante.

Quando visitei Portugal, estive neste catedral, em Batalha, mas na época não sabia da ligação dela com os Cistercienses



publicado por joseadal às 01:46
Domingo, 27 de Março de 2011

Renato Dulbecco, médico fisiologista (pesquisador) que ganhou o Nobel em 1975 e participou do Projeto Genoma, disse: “O Projeto Genoma foi uma grande aventura. Começou com o sonho de uns poucos visionários e depois foi adotado por toda comunidade científica, alcançado seus objetivos graças à cooperação de instituições públicas e privadas em todo mundo”.

O livro Grupos Criativos fala da tendência dos cientistas de todos os países, sem mais as barreiras nacionalistas ou ideológicas, de cooperarem em um grande projeto humano até sua completa realização. Assim aconteceu com o Projeto Genoma. O objetivo parecia impossível de ser alcançado.

Cada célula do seu corpo – são 60 trilhões – tem em seu núcleo 23 pares de cromossomos com longos filamentos enrolados da molécula DNA.

 

Cada filamento mede alguns metros e 3% dele são especiais, são os genes, instruções biológicas codificadas. O código espalhado pelos cromossomas forma o Genoma, uma biblioteca com tudo, TUDO o que tem no seu corpo, os defeitos e o que está certo nele, o arquivo de toda sua linha ancestral, e as possibilidades do que pode te acontecer no resto da vida. É tanta coisa que dá até vontade de chorar. Não foi teu pai nem teu avô, muito menos você, que fez este código. Vou te dar uma dica. É pra você fechar os olhos por um minuto e dizer: Deus, sois tão grande, tão imenso, como é que ainda se importa comigo?!

Limpe os olhos e leia mais um pouco: “Em 1990 foi constituído um consórcio público internacional – universidades brasileiras também participaram – para enfrentar o trabalho. Era necessário um mês inteiro para uma equipe determinar uma sequência de meras 3.000 “letras” – nosso Genoma contém mais de 3 bilhões dessas “letras”. O consórcio clonou e distribuiu cópias para qualquer laboratório que quisesse participar”. Assim, cientistas de toda humanidade, em 13 anos, sequenciaram o Genoma humano e de lambuja mais 40 códigos genéticos de vermes, bactérias e parasitos. Sem precisar desviar do trabalho. Quando o cientista estudava uma frase genética, explicação do funcionamento de uma parte do corpo, ela aparecia também em um bicho. Viram, por exemplo, que 30% dos genes da cevada aparecem no código humano também.

O amigo MP de início duvidou: Como é que é?, mas sendo um cara inteligente chegou logo à uma conclusão científica etílica: Ah, então é por isto que somos tão ligados numa cerveja gelada!!

 

Não é brinquedo, não!


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publicado por joseadal às 14:51
Quinta-feira, 24 de Março de 2011

O homem primitivo tinha razão em adorar o deus Sol. Leia o que U. Colombo, cientista italiano, diz no livro Energia, História e Cenário:

"A energia solar interceptada por nosso planeta a cada segundo é de 1,75 x 10¹¹. Trata-se de uma quantidade de energia mais de 10.000 vezes superior a que homem produz em 1 ano. Ela é suficiente, levando em consideração o efeito estufa natural da atmosfera, para manter a temperatura média na superfície do planeta em torno dos 15º. Sem ela e só com o calor geológico do interior da Terra, a temperatura ficaria em -243º".

A vida no planeta depende do Sol e foi graças a ele que os elementos minerais formaram os seres vivos:

"O primeiro degrau decisivo da biogênese foi a síntese natural da clorofila, uma molécula orgânica complexa que contém magnézio que possui a propriedade de transformar energia solar em energia química que, dos elementos, forma carboidratos e celulose e ao mesmo tempo liberar oxigênio molecular".

Todo o resto, inclusive a raça humana é um feito da energia de nossa estrela. Mas ainda há espaço para cremos que houve um planejador de toda esta obra, inclusive do Sol, estrela de quinta grandeza de luminozidade, de tamanho pequeno e já de segunda geração. Quer dizer, o nosso

 

Sol é filho de um Sol muito antigo. Durma-se com uma grandiosidade dessa!        


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publicado por joseadal às 00:48
Terça-feira, 22 de Março de 2011

A multipicação do crédito começou depois que a política monetária internacional deixou de exigir que as moedas equivalessem a um pedaço de ouro e se baseassem puramente na fé de que quem deve vai pagar sua dívida. Aliás, foi a impossibilidade de honrar compromissos com a compra de imóveis que causou a perda em cascata de trilhões de dolares dos investidores na última crise econômica. O prof Nelson Victor Le Cocq diz no documento Seguros nos Mercados Finanaceiros:

"Como é sabido, todo o arcabouço das relações econômicas internacionais, definido a partir de Bretton Woods, teve como pedra angular a paridade do dólar norte-americano com o ouro, e a manutenção de taxas de câmbio estáveis entre as diferentes moedas nacionais e o dólar americano. Um dos fundamentos da credibilidade deste sistema era exatamente a conversibilidade, em proporções fixas, entre o dólar e uma determinada quantidade de ouro físico. No final da década de 1960, os bancos centrais dos principais países europeus estavam abarrotados de dólares. Começou a grassar um conjunto de inquietações acerca da real capacidade do Tesouro norte-americano em cumprir o compromisso de converter em ouro a quantia de moeda americana de posse de bancos centrais estrangeiros. No início da década de 1970, a França solicitou esta conversão, e recebeu a negativa do governo norte-americano. Isto foi em 1971. Dois anos após, a própria paridade do dólar com o ouro foi abandonada pelas autoridades norte-americanas e substituida por seguros em cada transação".

Estava lendo agora a pouco no livro Grupos Criativos sobre a capacidade do ser humano de transformar um objeto puramente material (como ouro ou uma vara) em objetos diferentes com o uso de algo intangível, uma idéia que acrescenta valor ao objeto (como os títulos securitários garatem o dinheiro ou um arco e flexas transforma uma vara em arma). Com certeza isto tem a ver com o terceiro mandamento do código geral dos 10 Mandamentos: "Não farás para ti imagem de escultura, nem te prostarás diante dela" (um objeto material), o que é um complemento ao primeiro: "Amarás ao Senhor teu Deus" (adorar puramente a uma idéia). Como se Deus incutisse na mente dos humanos a necessidade de se disvincular da matéria básica agregando ideías e invenções que enriquecesse suas vidas.

Do que se deduz que dinheiro na mão ou no banco está lastrado em uma idéia ou confiança. Então quanto mais rico mais cheio de fé é o homem. Conclusão estranha!



publicado por joseadal às 13:52
Quinta-feira, 17 de Março de 2011

Plutarco, historiador romano, relatando a vida de Temístocles, primeiro-ministro grego exilado por seu rei, conta:

"Llegado Temístocles al punto peligroso del teritorio persa, primero se dirigió a Artabano, capitán de mil hombres, diciéndole que era realmente un griego; pero que tenía que hablar al rey sobre negocios muy graves .

'¡Oh huésped - le respondió aquel - las leyes de los hombres son diferentes unas de otras.  El que vosotros sobre todo admiréis la libertad y la igualdad es puesto en razón; mas entre nosotros, la ley  más loable es la de honrar al rey, y adorar en él la imagen de Dios. Pero si piensas de otro modo, usa de otros mensajeros para este ministerio, porque es costumbre nuestra que el rey no ha de escuchar a quien no le adore”.

Deu para entender este relato em espanhol?

O capitão persa diz que diferente da cultura grega, democrática, na qual o rei recebia a quem lhe pedisse audiência, a persa exigia que quem se dirigisse a Xerxes o adorasse.

“Introducido a la presencia del rey, le adoró y quedó en silencio; entonces mandó el rey al intérprete que le preguntase quién era, y preguntándoselo éste, dijo: “Te presento ¡oh rey! en mí a Temístocles Ateniense, un desterrado a quien los Griegos persiguen, y que, si a los Persas causó muchos males, todavía les dispensó mayores bienes con impedir la persecución, cuando, puesta en seguridad la Grecia. Por mí estoy aparejado a todo lo que mis actuales desgracias pueden exigir, viniendo preparado a recibir tus favores, si ya me miras benignamente, o a pedirte que temples tu ira, si todavía te conservas enojado".

Compreendeu? Esta história confirma a sabedoria de uma instrução do mestre Jesus para se ter uma vida pacífica. Na parábola do gerente injusto Nosso Instrutor contou que ao cuidar dos interesses de sua firma, o funcionário sempre ouvia os clientes atendendo suas reclamações e resolvendo pendências com descontos e acordos. Quando foi mandado embora daquela firma conseguiu imediatamente uma colocação melhor, por ter sido consciencioso.

Assim Temístocles que foi general dos gregos contra os persas, por não tê-los tratado muito duramente, pode depois viver entre esses. É sabedoria viver bem com todas as pessoas.



publicado por joseadal às 22:17
Quarta-feira, 16 de Março de 2011

Quando um movimento de rochas abaixo da superfície causa tanta comoção e estragos nos sentimos como Santo Agostinho, conforme revela a introdução do livro Livre Arbítrio, de sua autoria:

"Não podia Agostinho suportar a idéia de que Deus fosse a causa do mal. Enfim, em Milão, enquanto a eloqüência de Ambrósio trazia-o ao catolicismo, a leitura do neoplatônico Plotino trouxe-lhe a luz tão desejada. Todavia, ainda, não uma resposta definitiva e plena. Plotino conduziu Agostinho à certeza de um Criador bom e poderoso, fonte de toda realidade. Desse modo, o mal não podia ter lugar entre os seres, nem prejudicar a excelência da obra divina. Tampouco poderia o mal impedir ao homem que o quisesse, encontrar em Deus a paz e a felicidade".

Para Plotino o mundo material estava em evolução, vinha da incompletude e vagava em direção ao perfeito: "o mal não é um ser, mas deficiência e privação de ser".

O ser humano tem de conviver com o mal sem se conformar com a bestialidade, seu alvo deve ser o Total, em Deus. Apesar dos desastres violentos que presenciamos - mas que ainda não nos atingiu - já viemos de tempos impensavelmente mais caóticos. Na era Cenozóica, 60 milhões de anos passados não era tempo de rochas que se acomodam, mas do nascimento de montanhas. Ainda não estávamos aqui.

Peçamos a Deus capacidade de atenção para ajudar quem for atingido e para nos afastarmos do perigo e de buscarmos as reservas de força quando chegar nossa vez. Este é um tempo de mudanças e vai sobrar mal pra todo mundo.



publicado por joseadal às 22:39
Terça-feira, 15 de Março de 2011

Elio Adriano, o imperador romano, fala das mulheres. Primeiro das 'cachorras' de seu tempo: "Ignorava quase tudo dessas mulheres. Seu amor, do qual falavam sem cessar, parecia-me tão leve quanto uma fumaça. Essas bonecas diferem em tudo das fêmeas dedicadas a casa e a família. Nascem das ruas douradas das grandes cidades, dos cubículos das lojas de roupa e do vapor úmido das sáunas. Dificilmente poderia se dissociá-las das festas e do ambiente de luxo".

É um ponto de vista bem machista que não leva em, conta que são os homens mesmo que procuram uma mulher linda e logo se cansam dela criando assim uma pessoa cínica que procura sua própria satisfação a cada romance. Mas ele procurava alguém ideal.

"Eu ambicionava mais. Queria a criatura despojada e sozinha. Um homem que lê e pensa prefere primeiro a pessoa ao sexo. No entanto minhas amantes pareciam se vangloriar de não pensar. O espírito e a alma que eu buscava ainda não era mais que um perfume".

Ele conheceu, também, o oposto, as matronas, quase sem feminilidade: "As mulheres da minha família eram econômicas e ambiciosas, sempre ocupadas com as contas domésticas e a limpeza dos móveis e da casa. Bem ou mal, eu procurava uma dama que juntasse os dois tipos do universo das mulheres".

Até hoje procuramos o mesmo, encontrar uma mulher bela e dedicada a família. Um provérbio da Bíblia diz que encontrar uma mulher assim é encontrar uma jóia muito cara. Há os que a encontram e não se dão conta disto e a perdem. Como disse o poeta: Jóia preciosa cada um deseja e quer.



publicado por joseadal às 23:02
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