Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2011

Pensar é pegar uma idéia conhecida e examiná-la por outros ângulos.
No livro mais famoso de Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser ele examina um conceito muito conhecido
chegando a estranhas conclusões.

 "Quando era garoto tinha um Antigo Testamento ilustrado e via nele o desenho do Bom Deus em
cima de uma nuvem. Era um velho Senhor com uma barba longa que quase escondia boca bem feita e eu dizia para mim: Deus tem boca... ele come, o que será que ele come? Se come tem intestino... Mas não levei esta idéia mais adiante, ela me assustava".

Jovem, ainda sem o menor preparo teológico, o personagem percebia a fragilidade da tese fundamental da
antropologia cristã, segundo a qual o homem foi criado à imagem de deus. Frágil porque das duas uma:

ou o homem é a imagem de Deus e Deus tem intestino, ou Ele não têm e, assim, não parecemos com Deus.

Então, ele leva este raciocínio mais além e entra por um caminho sombrio.

"Defecar é produzir cotidianamente o caráter inaceitável da Criação. Segue-se que entrar
em acordo com o conceito da Criação exige um mundo ideal onde a merda é nagada. Este
conceito estético se chama kitsch. É uma palavra alemã que apareceu no meado do século 19

para designar uma arte que exclui do campo visual tudo que a existência humana tem de sórdido".

O que significa dizer que para aceitarmos o mundo tal como é, torna-se imprescindível entender que
somos filhos (resultado) de uma evolução criativa. 

            



publicado por joseadal às 20:54
Terça-feira, 27 de Dezembro de 2011

O filósofo Martin Heidegger falando de arte nos mostra botas gastas pintados por Van Gogue e tanto nos ajuda a tirar formidáveis conclusões e nos mostra o valor de quedar em contemplação.

"El utensilio se usa y consume, pero al mismo tiempo también el propio uso cae en el desgaste, pierde sus perfiles y se torna corriente. Así es como el ser-utensilio se vacía, se rebaja hasta convertirse en un mero utensilio. Esta vaciedad del ser-utensilio es la pérdida progresiva de la fiabilidad. Pero esta desaparición, a la que las cosas del uso deben su aburrida e insolente vulgaridad, es sólo un testimonio más a favor de la esencia originaria del ser-utensilio. La gastada vulgaridad del utensilio se convierte entonces, aparentemente, en el único modo de ser propio del mismo".

Quando eu e dona Lili estamos diante um do outro, o que vemos? Ela o homem teimoso e quase incompetente, um pisciano careca vivendo em sonhos. Eu vejo a mulher que foi aos poucos deixando de me acompanhar nas aventuras e que foi ficando cada dia mais virgiana, me recriminando e me cobrando. Graças a Deus - e esta me parece ser uma vantagens dos caráteres jovens - quando saiu e fico longe me recordo dela não como uma cadeira muito usada, e só um utensílio, mas como Lili era bela e gostosa. Creio que na minha ausência ela também lembra do homem gostozão e de nossos amassos em Paquetá ou no Pão de Açúcar. "São coisas muito grande pra esquecer", como canta o rei Roberto. Ou como conclui Heidegger:

"Pero lo cierto es que el utensilio viene de mucho más lejos. Materia y forma y la distinción de ambas tienen una raíz mucho más profunda".

Não é bom deixar o tempo transformar um ser amado em um sapato velho.



publicado por joseadal às 21:43
Domingo, 25 de Dezembro de 2011

O psicanalista da universidade de Chicago, Murray Stein,
explica o que é neurose: “Em nossa cultura ocidental, quando tentamos absorver o
inconsciente e comprovamos que é inviável, a propensão é suprimi-lo. Mas se
entendemos alguma coisa do inconsciente sabemos que ele não pode ser absorvido.
Também sabemos que é perigoso suprimi-lo porque ele é pleno de vida e esta
vida volta-se contra nós como neurose. A neurose é um conflito interno de
unilateralidade que faz a pessoa ficar num impasse energético. Com a energia sendo
usada toda para uma  estreita gama de atividade
e para se defender contra o acesso das vivências no inconsciente. Com isso são
negadas muitas das possibilidades de integração e satisfação plena da vida. Com
frequência a pessoa neurótica fica extremamente isolada, a vida torna-se
estéril e pode chegar num ponto morto e ao completo imobilismo”.

O velho Carl Jung ensinou primeiro: “O consciente e o inconsciente
precisam formar um todo e nenhum deles pode ser suprimido.  Ambos são aspectos de vida. A consciência
deve defender sua razão e proteger-se e à vida caótica do inconsciente deve
ser dada a oportunidade de fazer valer suas experiências... até onde nos for
possível suportar. Isso deve exigir ao mesmo tempo conflito declarado e
colaboração manifesta. É o embate entre o martelo e a bigorna onde o paciente e
robusto ferro é forjado num ‘indivíduo’”.   


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publicado por joseadal às 22:19
Quinta-feira, 22 de Dezembro de 2011

Ainda sobre liderança,

o professor Warren Bennis no livro Formação do Lider, diz: "A questão não é tornar-se lider, mas usar-se completamente".

Fico sentido quando alguém me fala que não gosta de ler. É como se visse um irmão humano que desistiu de lutar pela vida.

Bennis ensina que "cada pessoa precisa ter voracidade em aprender, em adquirir conhecimento e experiência. Assim seu mundo vai tornando-se mais amplo e complexo".

Além da elevação espiritual tal indivíduo ajuda seu semelhante com palavras e exemplos.

"Inspirando-se, ganhando confiança em si mesmo, ele acaba inspirando outros e despertando confiança".

Bennis mostra três passos que formam o homem e a mulher que estão neste mundo em uma missão:

"Ouça sua voz interior" - o inconsciente com 10 mil anos de experiência.

"Aprenda com seu mentor" - também chamado de ouvir a voz do coração, entender as mensagens de nosso guardião familiar.

"Entregar-se a um objetivo maior" - trabalhar para si mesmo já é alguma coisa, mas pode-se fazer mais, trabalhando com os outros.

Esta maneira inteligente de reunir temas de estudo científico com percepções espirituais é o que se denomina Inteligência Espiritual.



publicado por joseadal às 22:28
Terça-feira, 13 de Dezembro de 2011

Confiabilidade, (fiabilidad em espanhol) isto é a base de tudo. Desde que se entra neste mundo, nascendo, aprendemos o que são as coisas e precisamos da confiabilidade para poder viver. Já imaginou se não pudéssemos acreditar que o chão que pisamos é firme? Mas estou aprendendo a reconhecer uma obra de arte e, nisto também, Martin Heidegger diz que a confiabilidade é tudo.

"El reposo del utensilio reside en la fiabilidad. Ella es la primera que nos descubre lo que es de verdad el utensilio. Pero todavía no sabemos nada de lo que estábamos buscando en el carácter de obra de la obra entendida como obra de arte”.

Ele está falando de uma pintura de Van Gogh:

“Desde luego, no ha sido a través de la descripción o explicación de un zapato que estuviera verdaderamente presente; tampoco por medio de un informe sobre el proceso de elaboración del calzado; aún menos gracias a la observación del uso que se les da en la realidad a los zapatos en este u otro lugar. Lo hemos logrado única y exclusivamente plantándonos delante de la tela de Van Gogh. Ella es la que ha hablado. Esta proximidad a la obra nos ha llevado bruscamente a un lugar distinto del que ocupamos normalmente”.

Uma obra de arte não é como a foto de um par de sapatos num anúncio. Nela você pensa em como aquele calçado pode lhe servir, como ficará em seus pés e em que ocasiões o par sobressairá melhor. Mas diante de uma obra de arte você não pode ver um anúncio de sapato, mas precisa se abrir para perceber todos os símbolos que lhe ocorrem olhando com vagar.

“Pero en todo caso, la obra no ha servido únicamente para ilustrar mejor lo que es un utensilio, tal como podría parecer en un principio. Por el contrario, el ser-utensilio del utensilio sólo llega propiamente a la presencia a través de la obra y sólo en Ella”.

Concluindo: uma foto de sapato faz com que sua confiabilidade no que aprendeu identifique o objeto, mas diante da obra de arte você tem que analisar o que ela o faz sentir e confiar nas emoções que ela lhe deperta. Talvez confiar que já tenha usado um par de sapatos cambaios como esses, numa fazenda, em uma vida há muito passada.



publicado por joseadal às 14:49
Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011

Os seres humanos de nossa época lutam contra o desmatamento exigindo o replantio das áreas ocupadas por pastagens. Porém, o livro Planície de Passagem explica que foi quando, não a raça humana, mas mudanças climáticas ainda não bem explicadas queimaram as florestas com o frio e a seca e levaram enormes porções da superfície do planeta a tornar-se ilimitadas pastagens na última Era Glacial há entre 50 e 30 milhões de anos que surgiu uma variedade incrível de seres vivos.

 

“Matas podem alimentar e sustentar plantas e animais em grande variedade, mas não encorajam a presença de animais de grande porte. A mesma energia e nutrientes no solo de uma pastagem podem alimentar um número muito maior de animais e a relva sempre se renova. Uma floresta pode ser um exemplo perfeito de vida vegetal abundante, mas foi forragem que deu oportunidade ao desenvolvimento de uma grande diversidade de vida e foram os prados que a sustentaram. Alguns animais só comiam determinadas plantas e outros se alimentavam da mesma em diferentes estágios de desenvolvimento. Uns pastavam onde outros não iam ou chegavam em estações diferentes do ano. A diversidade era preservada porque os hábitos alimentares e de vida de uma espécie se ajustava aos hábitos de outra. Cada qual era como era por ter se adaptado ao nicho que estava vazio. Foi a combinação singular no ecossistema das estepes da Era Glacial que deu origem a tal multidão de animais. Cada fator era essencial, tanto o frio acerbo com ventos devastadores, quanto o próprio gelo. Quando as vastas geleiras recuaram para os polos desapareceram com elas as vastas manadas e os mamíferos gigantescos diminuíram de tamanho ou deixaram de existir. A Terra mudara e não tinha mais condições de sustenta-los”.

Sim, podemos ser agentes da criação divina, mas a certeza de que há um plano infinitamente grande para a vida no planeta Terra não pode ser perdida.

 



publicado por joseadal às 22:21
Domingo, 11 de Dezembro de 2011

Há pouco li no livro Planície de Passagem, de Jean M. Auel,
uma experiência terrível da heroína Ayla, uma jovem mulher vivendo há 25 mil
anos. Ela e seu companheiro dormiam acampados à beira de um riacho, e ela sonhava:

“Subia um paredão de pedra por íngreme aclive que levava a uma caverna. Sentia
urgência de correr. Olhou para baixo e viu o pequeno rio que fazia uma curva,
mas já não era um córrego, era uma cachoeira espadanando água para todos os
lados. De súbito se viu no interior da gruta andando por um corredor comprido e
estreito, com um archote e sua chama convidativa preso a parede baixa, e logo mais outro. Então, um
lobo uivou e seu pai de criação, Creb, entrou em sua cabeça gritando: Vá
embora! Saia daqui, depressa! Saia agora mesmo! Sentou-se de um golpe, jogou as
cobertas no chão e correu para fora da barraca. Jondalar acorda:

- Ayla, o que aconteceu!

Um relâmpago tão brilhante que clareia todo vale é seguido por um enorme estrondo.

– Temos de ir embora! 

A chuva caia como se alguém a derramasse de uma bolsa.

– Quem disse?, ele a abraçou.

– Temos de sair daqui! Ele disse que nos apressássemos.

– Mas quem Ayla?

– Creb, no meu sonho.

– Não podemos sair daqui. Está escuro e com essa chuva toda. Ayla, acalme-se. Foi apenas um sonho.

– Não, Jondalar, eu tenho de ir. Creb me disse. Não estou suportando ficar neste lugar.

Correu para meter as coisas num cesto, apanhou os arreios e outra bolsa e levou-os para a égua que
tremia, e pisoteava o chão com passos curtos. Ele decidiu fazer o mesmo. Por
que não? Ela não ia esperar amanhecer e ele não conseguiria voltar a dormir.
Enrolou as peles de dormir e pegou os arreios levando-os para seu cavalo que
refugava, as narinas vibravam e empinava.  

– Os cavalos estão apavorados, Jondalar.  

Ele não desmontou a barraca, pegou a cobertura com as varas e pulou no cavalo abraçando-se ao pescoço e
saíram em disparada com Ayla e a égua em seu encalço. Estavam na encosta. O
cavalo tropeçou e firmou-se, continuando o esforço de subir. Então a subida
acabou e a estepe se abriu a frente deles. Huiim diminuiu o passo e Ayla sentiu
a respiração ofegante da égua. Desmontaram e em estado de estupor contemplavam
o abismo negro do vale. Ouviram o ruído de árvores se quebrando e um ronco
terrível que engolia o fragor dos trovões. Sem conseguir ver sabiam que haviam
escapado de um terrível desastre".                                                                                                                                                                        É a descrição de uma cabeça d’água, fenômeno devastador que ceifa dezenas de vidas todos os anos. Pessoas que no
verão vão passar momentos agradáveis à beira de um rio ou numa cachoeira no
sopé de uma serra precisam estar atentos a trovoada lá longe. Pode estar caíndo
um aguaceiro lá em cima e de repente um onda devastadora chega levando tudo. As
perdas materiais recupera-se, mas as vidas...

Mas o que me chamou atenção nesre trecho foi o aviso embutido no sonho. Os sonhos contêm revelações que tanto podem vir de de experiênicas em nosso consciênte, ou de lembranças de vidas anteriores no inconsciente, ou mesmo de pessoas que velam por nós em outro plano.

PS. Quero aproveitar e comunicar aos amigos que estou exercendo o trabalho de consultor em seguros de todos os ramos - vida, previdência, empresa, automóvel, capitalização, enfim, todos, e com as 10 principais seguradoras. Quando estiver na hora de fazer um seguro me consultem e faço uma pesquisa para encontrar a proposta que melhor lhe atenda. Não me levem a mal. 



publicado por joseadal às 11:11
Sábado, 10 de Dezembro de 2011

Eu medi os céus, agora, as sombras eu meço. Ao firmamento viaja a mente, na terra descansa o corpo".

Estas foram as palavras que Johannes Kepler escolheu como epitáfio. Vou escolher algumas palavras para falar deste homem, mas nem cem livros poderiam descrever bem seus sofrimentos físicos, sua dedicação profissional intransigente e sua fé na soberania de Deus sobre o Universo que o fortalecia tanto. E o que ele fez na vida? Simplesmente, mostrou a humanidade o que é o céu estrelado. Juntou tudo o que os astrônomos tinham aprendido desde Babilônia, que havia sido explicado por Ptolomeu, com o que dois estudiosos do seu tempo, Nicolau Copérnico e Ticho Brahe, haviam descoberto. E o que foi?

Primeiro, é a Terra que como um globo gira em torno do Sol.

Segundo, Marte, a Lua e os outros planetas não estão presos em esferas translúcidas, mas soltos seguem seus caminhos pelos céus.

Terceiro, o Sol tem um magnetismo que mantém todos os corpos em sua volta - depois Newton compreendeu ser a força da gravidade.

Quarto, a geometria, na matemática, com suas figuras e sólidos, pode explicar o movimento, ao mesmo tempo solto e preso, dos corpos celestes.

Aí você diz: - Ora, eu também sei isto tudo!

Ora, como você é sabido! E, também, já meteu em tua cabeça que um pedacinho da tua pele, como uma lasquinha do teu carro, são cadeias de átomos que mais além são campos de energia?

E compreende mesmo que todo o esforço que despendemos para juntar coisas, na realidade estamos tentando segurar o vento?

Kepler, sempre muito doente e sofrendo dores o tempo todo descobriu, se deu conta, que antes entendia tudo errado: não existe "firmamento". Aprendeu o certo e mudou seu jeito de olhar o céu - é um Cosmo!

Pelo que sofreu no corpo e pelo tanto que nos legou será que Deus, que ele tanto amou, concedeu-lhe a dignidade de que já não havia mais necessidade de voltar a este planeta de expiação? E será, que em outra esfera, Kepler está aprendo mais e ajudando outros seres em um plano mais elevado? Então, você que foi Kepler, onde esteja, estás fazendo diferente do que o homem Kepler colocou em seu epitáfio: estás medindo luz e não sombras.         


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publicado por joseadal às 11:16
Sábado, 10 de Dezembro de 2011

Uma tarde dessas esperava uma condução na estrada quando uma aragem passou levando folhas secas em cambalhotas. Ocorreram, então, duas coisas em mim: pensei em como esta primavera está diferente, fria e seca, parecendo mais um outono, e senti um aperto no peito, uma sensação de saudade de outros tempos, da infância com minha mãe Idalina, talvez.

Uma folha rolando com o vento é uma coisa trivial, mas quando nos acordam sensações, estas, não nos devem passar despercebidas. Precisam ser pensadas e sentidas. Martin Heidegger me lembrou isto no livro que estou lendo:

"Este concepto de cosa no acierta con el carácter de que éstas se generan espontáneamente y reposan en sí mismas. A veces, seguimos teniendo el sentimiento de que se ha violentado ese carácter de cosa y que el pensar tiene algo que ver con esta violencia, motivo por el que renegamos del pensar en lugar de esforzarnos. Pero ¿qué valor puede tener un sentimiento, por seguro que sea, a la hora de determinar la esencia de la cosa, cuando el único que tiene derecho a la palabra es el pensar? Pero, con todo, tal vez lo que en éste y otros casos parecidos llamamos sentimiento o estado de ánimo sea más razonable, más abierto al ser que cualquier tipo de razón. Así las cosas, la mirada de reojo hacia lo irracional, en tanto que engendro de lo racional impensado, ha prestado curiosos servicios".

Há controvérsias, mas acredito nesta observação de Heidegger: é preciso analisar um fato, uma coisa, tanto com emoção quanto com a razão. Mas a emoção analizada com cuidado pode revelar momentos em vidas passadas.



publicado por joseadal às 00:50
Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011

Quando se lê um filósofo, como a um poeta, vê-se-o chegar a conclusões proféticas.

Martin Heidegger, o filósofo, falando das obras humanas que formam o mundo e o planeta Terra que as sustêm, diz:

"Este enfrentamiento entre el mundo y la tierra es un combate. Confundimos con demasiada ligereza la esencia del combate asimilándolo a la discordia y la riña y por lo tanto entendiéndolo únicamente como trastorno y destrucción. Sin embargo, en el combate esencial, los elementos en lucha se elevan mutuamente en la autoafirmación de su esencia. En el combate, cada uno lleva al otro por encima de sí mismo. De este modo, el combate se torna cada vez más combativo. Cuanto más duramente se supera a sí mismo y por sí, tanto más implacablemente se abandonan los contendientes a la intimidad de un simple pertenecerse a sí mismo".

Segundo este raciocínio foi imprescindível que a construção da civilização que nos proporciona tanto bem estar ferisse a Terra, corrompesse o planeta que, ao mesmo tempo busca atacar as edificações que o ser humano planta em suas costas.

Mas há aqui um paradoxo. Tudo o que usamos para erigir o mundo nos é fornecido pelo próprio planeta.

"Para aparecer ella misma como Tierra no puede prescindir de lo abierto del mundo. Por su parte, el mundo tampoco puede deshacerse de la tierra sí es que tiene que fundarse sobre la reinante amplitud y vía de todo destino esencial".

Não era plano do Criador manter "a Terra sem forma e vazia", como diz o Gênesis, da Bíblia. Mas qualquer edificação mexe com o planeta e é como se nós o traíssemos:

"Desde el momento en que la obra levanta un mundo y trae aquí la tierra, se convierte en la instigadora de ese combate. Al levantar un mundo y traer aquí la tierra, la obra enciende esa lucha".

Mas, idêntico aos profetas bíblicos Heidegger levanta a esperança de uma convivência pacífica entre a civilização e o planeta.  

"Es precisamente porque la lucha llega a su punto culminante en la simplicidad que la unidad de la obra ocurre cerrando la disputa del combate".

Esta é a condição para que o planeta não se volte contra o homem, a simplicidade na maneira de se viver. Difícil, hem?



publicado por joseadal às 20:58
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