Uma tarde, em Itaguai, falava a um moço sobre a necessidade da fé. Esta força poderosa que serve de ponte entre nós, quanto ainda humanos,
e o mundo dos espíritos. E agora leio João Paulo II, em Não Tenham Medo, falando dela:
“O que Deus nos manda, e que parece humanamente impossível, Ele
nos dá os meios de realiza-lo. Todo ideal muda velhos projetos, abre novo
caminho diante de nós. É espantoso de ver a que ponto Deus nos ajuda interiormente,
nos socorre e nos prepara para o novo projeto fazendo-nos pronto para considera-lo
nosso. Quaisquer que sejam nossas fraquezas e nosso apego às opiniões pessoais,
a fé nos faz ver na nova missão a vontade do Pai, aceitando-a”.
No livro Hermes, falando sobre mudar uma situação de vida por outra nova, diz:
“A mente pode ser transmutada de um estado em outro pela
mudança de sua vibração. A busca perfeita deste princípio tornará a pessoa apta
a mudar a sua própria polaridade bem como a dos outros. O resultado obtido de pende da paciência, da perseverança e da pratica do discípulo”.
A força que muda nossa mentalidade e nos prepara para uma
transformação e novos objetivos é a fé. Você pode dizer: queria ter a fé que tu tens. Mas a fé precisa ser pedida e buscada. De novo o papa orienta:
“Não se adquire a fé sem renúncias, sem combates interiores
contra a nossa própria fraqueza. Mas uma vez adquirida essa maturidade do
pensamento e do coração compensa ao cêntuplo os esforços. Resulta disso nova espontaneidade
de sentimentos e de comportamento que facilita as relações com as pessoas, sobretudo com as crianças”.
Palavras daquele que foi pastor de almas e que teve uma fé transformadora. Ele conta que quando foi eleito (sem cabalar votos ou fazer
política entre os cardeais eleitores) e o cardeal carmelengo lhe perguntou: Aceita, se possível, sua eleição para comandar a Igreja?, respondeu:
“A despeito da minha indignidade é meu dever aceitar, em espírito de obediência, em abandono
total às mãos da Virgem Maria e de fé no Cristo, meu Senhor e meu Redentor”.