Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

Uma tarde, em Itaguai, falava a um moço sobre a necessidade da fé. Esta força poderosa que serve de ponte entre nós, quanto ainda humanos,
e o mundo dos espíritos. E agora leio João Paulo II, em Não Tenham Medo, falando dela:

“O que Deus nos manda, e que parece humanamente impossível, Ele
nos dá os meios de realiza-lo. Todo ideal muda velhos projetos, abre novo
caminho diante de nós. É espantoso de ver a que ponto Deus nos ajuda interiormente,
nos socorre e nos prepara para o novo projeto fazendo-nos pronto para considera-lo
nosso. Quaisquer que sejam nossas fraquezas e nosso apego às opiniões pessoais,
a fé nos faz ver na nova missão a vontade do Pai, aceitando-a”.

No livro Hermes, falando sobre mudar uma situação de vida por outra nova, diz:

“A mente pode ser transmutada de um estado em outro pela
mudança de sua vibração. A busca perfeita deste princípio tornará a pessoa apta
a mudar a sua própria polaridade bem como a dos outros. O resultado obtido de pende da paciência, da perseverança e da pratica do discípulo”.

A força que muda nossa mentalidade e nos prepara para uma
transformação e novos objetivos é a fé. Você pode dizer: queria ter a fé que tu tens. Mas a fé precisa ser pedida e buscada. De novo o papa orienta:

“Não se adquire a fé sem renúncias, sem combates interiores
contra a nossa própria fraqueza. Mas uma vez adquirida essa maturidade do
pensamento e do coração compensa ao cêntuplo os esforços. Resulta disso nova espontaneidade
de sentimentos e de comportamento que facilita as relações com as pessoas, sobretudo com as crianças”.

Palavras daquele que foi pastor de almas e que teve uma fé transformadora. Ele conta que quando foi eleito (sem cabalar votos ou fazer
política entre os cardeais eleitores) e o cardeal carmelengo lhe perguntou:  Aceita, se possível, sua eleição para comandar a Igreja?, respondeu:

“A despeito da minha indignidade é meu dever aceitar, em espírito de obediência, em abandono
total às mãos da Virgem Maria e de fé no Cristo, meu Senhor e meu Redentor”.      


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publicado por joseadal às 12:27
Domingo, 29 de Abril de 2012

Terminada a 2° Guerra Mundial houve muitos avistamentos de
OVNs. Casos de abdução eram relatados em todos os países. O escritor Whitley
Strieber, autor de Dia da Guerra, um dos primeiros livros sobre o perigo da
poluição da Terra, foi um desses que teve contato com seres extraterrestres,
que ele prefere chamar de visitantes. Ele não deixou de lado a experiência, mas
aproveitando os contatos que tinha com diversos cientistas procurou ajuda de astrônomos,
neurologistas, psiquiatras e físicos. Ele narrou tudo no livro Comunhão:

“Eu os vi bem de perto, e se o que vi eram seres reais,
então o mais impressionante a respeito deles era que pareciam se movimentar
como que coreograficamente, como se toda ação da parte de cada um fosse decidida
por algo ou alguém longe dali. Penso que eles possam ser uma única mente com
milhões de corpos. Pode ser que uma inteligência primitiva tenha encontrado uma
nova e independente forma inteligente e esteja com receio do potencial que a
humanidade tenha com tantos indivíduos pensando individualmente”.

Interagindo com psicanalistas e psicólogos ele desenvolveu
outra teoria sobre esses seres não humanos: “Poderia ser também que entidades
muito reais pudessem emergir do nosso inconsciente. E se houver coisas ainda
mais perturbadoras no panteão do inconsciente? Quem tinha vindo me ver durante
a noite? Eles realmente vieram de algum outro Cosmo ou de um sonho tão real que
as sombras tornaram-se físicas?”

Em um grupo de abduzidos, cada um contando sua experiência e
externando suas opiniões, surgiu outra ideia:

“Joan, esteticista de 23 anos:  As pessoas dedicam tanta
atenção e esforço ao que estão fazendo em suas vidas, que às vezes parecemos um
bando de idiotas. Toda esta correria nada significa. Há algo que vai acontecer
e o que estamos fazendo não é importante. O que estamos fazendo ao nosso planeta
é simplesmente destruí-lo aos poucos. Eu acho que esses seres estão nos
avisando para iniciar um novo mundo.

Jenny, bailarina de 22 anos: Talvez não sejam ‘eles’, mas simplesmente
nós mesmos. Uma parte estranha dentro de nós está nos avisando que estamos indo
pelo caminho errado.

Mark, organizador de museu com 55 anos: Estava andando de bicicleta
com um amigo. Então, houve um lapso de tempo e nos vimos voltando para casa.
Estava com um corte, houve um acidente ou não sei o quê. Em casa contei que caí
da bike, mas não acreditava no que dizia. Não me lembrava de nada.

Sam, Físico de 39 anos: Depois de minha experiência fiquei
com uma obsessão de levar coisas para casa. Juntei sementes, pedras, folhas,
insetos e mostrava a meus filhos. Meu quarto parecia um estúdio de ciências
naturais. Estava com medo de que tudo isso ia desaparecer e queria que meus filhos
pequenos soubessem como era.

Whitley, o escritor: Tenho a impressão que uma imensa mudança está chegando.
Sinto que um ciclo está terminando, talvez dentro de quinze anos (isto
aconteceu em 1985). Agora, está indo bem rápido. Em meu trabalho tenho recebido
grande quantidade de informação sobre a perigosa condição da atmosfera
terrestre e a deterioração dos mares”.

O que você acha disso? Eu não sei, mas penso que é bom prestar atenão ao que Jesus falou:  “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a
hora em que o Filho do homem há de vir." Mateus cap 25



publicado por joseadal às 14:01
Sábado, 28 de Abril de 2012

Ganhei um livro. Que presente mais maravilhoso!

Ele começa assim: “ Naquele dia de outubro ele apareceu pela
primeira vez na escadaria de São Pedro com um grande crucifixo em forma de cajado plantado à sua
frente e no qual se apoiava com ambas as mãos. Suas primeiras palavras foram, Non abbiate paura! (Não tenhas medo)”.
Vou ter muita coisa desse livro para contar pra você.

- Quem é o cara, Zé?

É o próprio Carol Wojtyla contando sua vida e falando de sua
fé para um jornalista. No livro que terminei de ler, Pecados Capitais, por
coincidência (será mesmo só coincidência?), o padre Andrew M Greeley também
conta a posse de João Paulo II e lembra como estavam as coisas naquela época:

“No verão de 1974 Richard Nixon deixava a presidência dos EUA por um impeachment;

Chinatown, filme de de Roman Polanski com Jack Nicholson e Faye Dunaway, fazia sucesso;
o escritor Soljenítsin, prisioneiro político na Rússia, finalmente ganha a
liberdade e o direito de ir para os Estados Unidos durante o governo de
distensão de Leonid Brejnev; e a garotada ouvia o conjunto The Who”.

O medo de uma guerra nuclear amendrontava a humanidade. 

Assim, foi com toda sensibilidade que o novo papa escolheu
as palavras que a multidão, tanto na praça de São Pedro, em Roma, como pela
televisão e rádio no mundo todo, queria ouvir: Não tenhas medo! 

Os livros nos fazem refletir sobre tantas coisas!

Obrigado pelo livro Não Tenham Medo, Jaqueline e Nilson, bons amigos de Valença.



publicado por joseadal às 19:52
Sábado, 28 de Abril de 2012

No livro Los Caçadores de Mamute, o terceiro de uma
pentaologia que conta a história de uma mulher que viveu há 30.000 anos, em uma
caverna ela ouve o sacerdote explicar:

"La Madre había dado a luz una copia de Sí misma y la había llamado Espíritu de la Mujer.

Después había hecho que naciera de su seno un Espíritu del Hombre, al igual que todo hombre nacdo de la mujer.
A continuación, la Gran Madre había llevado al espíritu de la mujer perfecta a
mezclarse con el espíritu del hombre perfecto y de ese modo hizo nacer muchos
espíritus de hijos, todos diferentes”. [esta estatueta feita há 25.000 é chamada de Vênus de Willendorf]

O estudo de todo aprendizado humano, dos costumes e
crenças, é a antropologia. Tomando como base descobertas arqueológicas com
30.000 anos de idade e mitologias e crenças de diversos povos, os antropólogos dizem que
os primeiros humanos davam primazia a adoração de uma deusa, a Grande Mãe.

Na religião cristã a veneração de Maria como a mãe de Deus começou logo após a morte de Jesus.

Foi naquele momento que ele disse a João: "Cuide dela, ela é sua mãe". Os teólogos católicos afirmaram então
que esta ordem não está na Bíblia só como um dialogo entre o mestre e seu discípulo amado,

mas como um mandamento para quem é seu seguidor: no mundo dos espíritos superiores, Maria é mãe de nós todos.

Jung ensinou que profundamente, nos confins da psique, estão os arquétipos,

lembranças que não podemos olvidar, e dentre eles o mais poderoso é o da figura da Mãe de todos.

No livro Os Pecados Cardeias, que leio em momentos diferentes daquele,

conta que na cabeceira de uma mulher morimbunda Karol Wojtyla rezou:

“Lembra, ó muito Graciosa Virgem Maria que nunca
ninguém soube que aquele que pediu a Tua proteção, que implorou o Teu auxílio
ou que procurou a Tua assistência foi deixado ao desamparo. A Ti nós viemos,
diante de Ti nós estamos, pecadores e cheios de tristezas. Não desprezes nossas
petições e nossas necesidades, mas na Tua bondade, ouve e responde-nos Ó Mãe. Amém”

A Mãe do Céu está nos nossos inconscientes e corações desde tempos imemoriais.  



publicado por joseadal às 00:51
Terça-feira, 24 de Abril de 2012

Tanto cada pessoa quanto o Cosmo (no sentido de toda humanidade e suas realizações)
sentem um impulso para progredir, evoluir. Jung em sua epistemologia, ordenação
dos estudos da psicologia, apresentou sete etapas da consciência (o que se percebe) e definiu bem as primeiras cinco. 

O livro O Mapa da Alma ensina que o ser humano médio precisa caminhar a par com o mundo, o Cosmo. Aqueles
que dentre nós atingiram um estágio que a humanidade ainda não havia alcançado
foram gênios ou santos, eram iluminados. Os degraus a serem galgados integram o
corpo e a mente, o consciente e o inconsciente, o ego e a psique. Vamos compreendê-los?

1º etapa - "Existe uma identificação do individuo e o seu mundo circundante.
A sua consciência e os objetos com o qual convive são misteriosamente a mesma
coisa”.

No primeiro patamar, como um neném, a pessoa não tem educação nem cultura. Não
compreende nada, tudo vê a sua volta, mas não sabe o que são. Como, antes da
história escrita, vimos e aprendemos a fazer o fogo, mas sem entender o que
era. É a consciência mais básica. O próprio planeta era ainda muito bruto e os
humanos não podiam ser mais do que isso.

2º etapa - "A projeção passa a ser mais localizada concentrando-se em objetos
específicos ao invés de no mundo todo. Alguns são agora mais interessantes do
que outros e são escolhidos e distinguidos. Os pais são, nesta fase, os
principais portadores de projeção dos filhos. Na adolescência figuras que se
destacam nos esportes, na música e na marginalidade ganham o foco e se tornam o
exemplo do jovem. Os adultos nesta etapa fixam em pessoas e instituições que prometem
vantagens e desenvolvimento financeiro e intelectual”.  

Quem tem este desenvolvimento psíquico junta ao que sabe o conhecimento acumulado
por seus pais e mestres. Mas ainda não descobriu que é corpo e espírito. Era
assim a espécie humana quando conheceu a arte da escrita. Os deuses
confundiam-se com os astros do céu e os fenômenos geológicos.

3º etapa - "As pessoas saem de trás de suas projeções e tornam-se desidealizadas.
A consciência projeta-se em símbolos e ideologias, objetos abstratos.
Onipotência deixa de ser atribuída aos homens e volta-se para Deus, Filosofia e
Teologia. Não precisa temer os inimigos e forças maléficas porque Deus é quem
está no controle”.    

Chegando a esta fase, como um adolescente aborrecente, o sujeito descobre seu ego,
"eu sou", e resiste aos mestres e aos pais, mas segue líderes que
prometem mudanças. Corresponde ao momento da humanidade em que as gentes
dividiram-se em povos e nações e desenvolveram novas línguas e culturas.

Onde está minha compreensão da vida? Onde está a sua amigo? Mas existe etapas mais elevadas.



publicado por joseadal às 01:02
Sexta-feira, 20 de Abril de 2012

Em um tempo semelhante ao que decorreu da descoberta do Brasil até agora, Platão viveu, aprendeu e ensinou aos homens antes de surgir o outro instrutor, o divino Jesus.

No livro A República, o mestre grego pensou sobre a elevação do homem desde a caverna até a espiritualização que o nazareno ensinou. Para Platão a ascensão do ser humano desde a animalidade foi possível por causa das Idéias, as descobertas que como uma luz cada vez mais intensa nos arrasta até conseguirmos ver a Idéia de todas as Idéias, que ele nomeou de o Bem.

"Ela é o supra-sensível que se avista com o olhar não sensível, o Ser que é inconcebível para as ferramentas do corpo. E o mais elevado no domínio do supra-sensível é aquela Idéia que, como Idéia de todas as Idéias, é a causa da subsistência e do aparecer de todo ente. Como essa 'Idéia' é, desse modo, a causa de tudo, ela é, também, a Idéia que se chama 'o Bem'".

Neste ponto de seu arrazoado o grego junta as duas pontas: a Idéia do Bem, a luz maior, não é Outro senão nosso Criador, Deus. Assim comentou Heidegger muito depois, no final do século 19.

"Essa causa mais elevada e primeira é denominada por Platão, e do mesmo modo por Aristóteles, de o Divino. Desde esta interpretação do Ser dos seres como o pensamento mais elevado a Metafísica tornou-se Teológica. Neste caso, teologia significa a interpretação na qual a 'causa' do ente, nós a humanidade, é Deus. Esta interpretação do Ser como sendo Ele mesmo a Idéia maior, ou o Bem essencial, deve sua preeminência a uma transformação e exigiu uma excelência do olhar voltado sobre as Idéias. A essa exigência corresponde uma compreensão do papel da Verdade na 'formação' do homem".

 

Neste nosso mundo em que um carro de último modelo é a melhor definição de um homem e passear/comprando no shoping a melhor ocupação que se pode fazer do tempo, as pessoas se afastam da grande descoberta feita há 2.500 anos por Platão e confirmada há 2.000 anos por nosso Senhor: viver em Deus nos dá o melhor conhecimento e nos afasta em definitivo dos brutos que já fomos. Heidegger reflete: 

"Toda a Metafísica é dominada pela preocupação com o ser-homem e com a localização do homem no seio do ente Supremo. O início da Metafísica no pensamento de Platão é, ao mesmo tempo, o início do 'humanismo'. Essa palavra é pensada aqui na sua significação essencial e, portanto, mais ampla. Daqui em diante, humanismo refere-se ao processo encadeado que compreende, desde o início, o homem mudando sempre de lugar, segundo diferentes perspectivas, mas sempre conscientemente se dirigindo, para um centro, para o Ente mais elevado. Neste caso, "homem" significa, ora o traço humano, ora a Humanidade, ora um indivíduo, ora uma comunidade. Trata-se sempre de levar o "homem", o animal rationale, ao âmbito da estrutura metafísica do Ente de forma fundamental e bem firmada, conduzido-o à emancipação, à certeza de sua determinação histórica, e à garantia de que é imortal".

O shoping e o carro não são os lugares certos para nos levar a identificação com o Ente Supremo e a imotalidade.



publicado por joseadal às 23:17
Sexta-feira, 13 de Abril de 2012

Certa vez, Jesus contou uma parbola para ilustrar a alegria de se encontrar o que estava perdido. Lembrei-me dela ao ler o livro Enigmas da Arqueologia:

"Num sábado de julho de 1959, dois homens trabalhavam quebrando uma calçada numa avenida importante na cidade porturia de Pireu, na Grécia. A britadeira arrancava lascas de concreto e poeira. Logo atacavam a terra endurecida sob o calçamento quando fêz-se silêncio. Os dois homens abaixaram-se olhando uma mão de bronze no meio da areia. Curiosos acorriam para ver a descoberta. Chamados, um professor de arqueologia e seus alunos assumem a tarefa de desenterrar a peça histórica.  A medida que prosseguia a escavação seu tamanho chamou a atenção. Era uma obra colossal cujo estado de conservação parecia perfeito".

A estátua de um belo jovem nu media 1,92 m, mas não estava só, repousava sobre uma Atena com capacete que media 2,30 m, e a seu lado estava outra, de Artemis, com 1,20 m. Logo abaixo uma imagem feminina em mármore, depois uma mscara em bronze representando Tragédia e uma pedra tumular gravada com a cabeça de Hermes. A escavação avançou para o meio da avenida e se aprofundou deixando a mostra um quarto de 6 m².

"Sem dúvida nenhuma tratáva-se de um pequeno depósito do velho porto. Concluíram que os magníficos bronzes haviam sido armazenados ali para um próximo embarque. Um detalhe chamou atenção dos arqueólogos, as peças estavam recobertas de cinzas e cacos de telhas. Portanto, um drama, um incêndio interveio antes que as estátuas fossem embarcadas". 

A pergunta que todos faziam era: quando aconteceu isto? Lembra da parábola de Jesus, da moeda perdida?

"Uma moeda foi encontrada com as estátuas. Era o indício para precisar a data em que foram soterradas. A moeda trazia a representação de Atena em uma face e a de Zeus com uma estrela entre duas meia-luas na outra. Os numismatas [estudiosos de moedas] logo reconheceram o dinheiro mandado fundir pelo rei ateniense Mitridates entre 87-86 a.C. Os historiadores lembraram que o aguerrido romano, Sila, atacou e saqueou Atenas em 86 a.C. O historiador Plutarco contou mais tarde: 'Sila entrou em Atenas no meio da noite com muito aparato, ao som dos clarins e dos gritos furiosos do exército que tinha permissão de matar e pilhar'. Tudo indica que o magnífico depósito em obras de arte fazia parte do saque dos romanos. Mas um incêndio lavrou no porto e sendo abundante as riauezas estocadas aquele lote do tesouro ficou esquecido sobre os escombros".

A moedinha que caiou da bolsa de um legionário romano ficou perdida por 2.045 anos. Mas foi encontrada. Isto me lembra um princípio enunciado pelo grande mestre Jesus: "Nada está tão completamente perdido que não seja descoberto".

Esta lição ensina ao cristão que não deva ser intransigente e apressado ou gritar ameaçadoramente: arrependa-se, se não..., tudo e todos têm o seu tempo certo de ser achado.



publicado por joseadal às 12:31
Sexta-feira, 13 de Abril de 2012

Estranho como em dois livros tão diversos leio considerações complementares sobre um casamento
em crise. Esta noite li no livro O Mapa da Alma: "Quem possuísse o senso
de humor suficiente para escutar o diálogo de um casal em crise ficaria
espantadíssimo com a enxurrada de banalidades e insultos. Quando um homem
junta-se a uma mulher sua anima desabrocha tornando-o mais suscetível e
emotivo. Na mulher convivendo com um homem seu animus a torna agressiva e
opiniosa. Não é um quadro bonito de se ver”.

- Isso tudo estou cansado de saber, Zé!

A informação nova está aqui: “Qando o calor desse conflito esmorece eles podem
verificar que foram ditas coisas importantes para o casal. Podem dar-se conta
de que ocorreu algum evento transcendente. A consciência trabalhando acima do
nível da emotividade faz o indivíduo ter insights e empatia”.

   

Depois, pela manhã li em Comunhão o comentário de uma esposa que vive um momento
difícil com o marido: "Conheço meu papel e é bem cansativo. Eu sou aquela
que responde emocionalmente, a que sente. Meu marido não sente as coisas mais
óbvias. Não escolhemos nossos papéis, acho que eles são inevitáveis. Percebi
também que o papel que cada um representa tem muito a ver com a função exercida
pela pessoa com quem se vive".

E o marido reconhece: "Ela tinha sido programada de algum modo para estar
pronta a me ajudar, depois do que passei, para eu me adaptar a vida
normal".

Não se aproveita desses benefícios da vida em comum se não persistimos no laço
matrimonial.



publicado por joseadal às 00:49
Terça-feira, 10 de Abril de 2012

Creio ser muito bom variar a leitura, ora ler um romance ora um assunto técnico ora um filósofo. Este último é sempre um desafio, um puxar pelos neurônios e, me parece, mantêm a mente viva e nosso censo crítico acordado. E ler Heidegger é quase dar um nó na cabeça. Veja este trecho em espanhol:  

"En el mito más próximo de lo ente [qualquer objeto, seja ele físico ou abstrato] nos creemos en casa. Lo ente es familiar, seguro, inspira confianza. Pero sin embargo hay un constante encubrimiento una forma de negación y el disimulo. Lo seguro en el fondo no es seguro, sino algo completamente inseguro. La esencia de la verdad, esto es, la esencia del desocultamiento está completamente dominada por una abstención. Ahora bien, esta abstención no es como si la verdad fuera un vano desocultamiento. Si pudiera ser eso, la verdad dejaría de ser ella misma".

Quer ele dizer que tudo que nos parece verdadeiro, aquele saber cotidiano com o qual nos sentimos seguros e podemos nos apoiar, pode estar encobrindo ou falseando outra coisa. Deixe-me dar um exemplo. Quando andando de bicicleta chegamos a um beco sem saída e é preciso subir um barranco com a "magrela" nas costas ocorre ser preciso segurar numa touceira de capim ou num cipó para ascender. Mas não podemos nos entregar totalmente àquele apoio. Como algo que nos parece completamente confivel e verdadeiro o cipó pode se desprender e nos deixar no vazio - eu e minha bike rolando morro abaixo. Vivemos, como disse o historiador John Kenneth Galbraith, "na era da incerteza". Heidegger conclui:

"La verdad es en su esencia es no-verdad. Decimos esto así para mostrar de un modo tajante, y tal vez algo chocante, que la esencia de la verdad es la no-verdad, mas sen querer decir que la verdad sea en el fondo falsedad. Asimismo, tampoco quiere decir que la verdad nunca sea ella misma, sino que, en una representación dialéctica, siempre es también su contrario".

[diferente de de uns e outros ditos racionais em nenhum momento Malu quiz levar o coelhão para casa, hshshs]

Viver numa corda bamba assim não é para qualquer um. Por isto compreendo quem tenta se manter firme na beira do penhasco dizendo: Creio em Jesus Cristo como meu único e bastante Salvador! E ponto.


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publicado por joseadal às 12:07
Domingo, 08 de Abril de 2012

Contei um dia desses o momento em que vi uma folha rolada pelo vento.

Estas palavras são traduzidas pelo cérebro e, assim, você pode ver o que foi uma experiência para meus particulares sentidos: o vento passando pela estrada e levando de trambolhão algumas folhas secas. Mas um pensador não nos deixa quieto com esta vivência. Não, ele tem de nos chamar a atenção para outro fato aparentemente alheio. Então, Heidegger diz em A Origem da Obra de Arte:

"Estas denominaciones [folha e vento, por exemplo] no son nombres arbitrarios, porque en ellas habla la experiencia fundamental griega. Pero gracias a estas denominaciones se funda la interpretación, desde ahora rectora, de la coseidad de la cosa, así como la interpretación occidental del ser de lo ente. Ésta comienza con la adopción de las palabras griegas por parte del pensamiento romano-latino, se convierte en subjectum, despois en substantia y pasará a ser accidens. Esta traducción de los nombres griegos a la lengua latina no es en absoluto un proceso sin trascendencia, tal como se toma hoy día. Por el contrario, detrás de esa traducción aparentemente literal y por lo tanto conservadora de sentido, se esconde una traslación de la experiencia griega a otro modo de pensar.El modo de pensar romano toma prestadas las palabras griegas san la correspondiente experiencia originaria de aquello que dicen, sin la palabra griega. Con esta traducción, el pensamiento occidental empieza a perder suelo bajo sus pies".

E agora, eu e você, pessoas do século 21, olhamos as coisas e pensamos nelas usando palavras, a interpretação das coisas, que foram criadas por gregos que viveram há 3 mil anos?! O chão, as próprias certezas, nos escapa.  


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publicado por joseadal às 11:36
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