Segunda-feira, 28 de Maio de 2012

Faz-nos muito bem ler a Bíblia e rezar todos os dias. Ontem, ela lia um Salmo e pedi-lhe para parar nesse trecho:

“Lançai sobre mim a vossa luz e fidelidade;

Que elas me guiem,

E me conduzam ao Vosso monte santo”.

Disse a Lili que havia lido sobre isso mais cedo nesse dia no livro Não Tenham Medo. João Paulo II explicava um dogma de fé que parecia conflituoso entre os Católicos, Judeus e Evangélicos e os espiritualistas e Espiritas. Ele lê um trecho do Evamgelho(Mateus 25:46): “Assim, no fim do mundo aqueles que fizeram o bem irão para a ressurreição da vida, aqueles que tiverem feito o mal para a do julgamento”. Os segundos cristãos acreditam que não se conseguem sair desta vida e chegar a presença de Deus, por melhor que a pessoa seja, num piscal de olhos. Os primeiros parecem crer que essas palavras da Bíblia garantem isto. Mas o papa explicou assim: “Na sua transcendência o homem vai ao encontro de Deus infinitamente perfeito. Porém, detêm-se por assim dizer no limiar do julgamento, entendido como uma necessidade de se reencontrar enfim na verdade absoluta e universal. Então, ele vai perceber a necessidade de uma justiça definitiva e, igualmente, por vezes de uma maneira extremamente difícil, a importância da purificação integral para aparecer diante da majestade de infinita santidade”.

Percebe? O padre João Paulo enfatiza que chegar a ver Deus face a face não é uma missão imediata, há que se fazer apropriado. Envolve um larguíssimo tempo. Ainda bem que somos eterno. Numa outra noite lia com Lili o livro de Daniel e neste trecho fala dessa necessidade de purificação para chegar diante do rei.

“E disse o rei ao chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel da linhagem real. Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei”. (Daniel 1:3-5). Não eram mendigos sujos e ignorantes, não. Tinham boa aparência, eram instruídos em diversas ciências, mas passaram pelo “julgamento” de 3 anos para que, só então, “pudessem estar diante do rei”. Não é brinquedo não. Siga o pensamento de João Paulo, homem dedicado a Deus e que levou toda sua vida estudando e meditando para que pudesse guiar grande parte do povo de Deus.

“Talvez a palavra que nos ajude melhor a compreendê-lo seja 'comunhão' que evoca a um tempo a união face a face com Deus e com os homens definitivamente integrados, a 'comunhão dos santos'. Enfim, as palavras nos faltam. É preciso deter a atenção em cada frase e, pela oração, entrar em sua profundidade”.

Aí, me parece, ficam integrados os pensamentos de todos cristão. A passagem desta vida na matéria para a vida no plano mais alto, o de Deus, inclui uma preparação que envolve determinação e muito es-for-ço de cada alma. Não parece a você também?



publicado por joseadal às 12:28
Sábado, 26 de Maio de 2012

Não seja tão intransigente, o que você acha certo agora amanhã entenderá como um disparate.
Esta é a base da filosofia: o pensamento humano é essencialmente mutante. O professor diz:

"Para Kant e Hegel o Estado não é apenas a superação da sociedade
civil, mas uma consequência, um produto dela. Para Marx a sociedade
civil e a estrutura econômica são a mesma coisa e o Estado é um resultado da sociedade civil

e não uma esfera independente e com racionalidade própria".

[soberana ele reina em Fazenda da Grama, Piraí, RJ]

Bem, esta ainda é a maneira de pensar da maioria. Nós, a sociedade civil, somos os responsáveis pelo Estado que temos.

O capitalismo é o que nos mantêm assim, satisfeitos, com tantas indispensáveis.   

- Zé, não sei não, mas tenho a impressão que esse Estado que aí está não tem nada com a gente e

pensando bem, o capitalismo é uma furada, irmão.

Hoje, filósofos como Antonio Gransci pensam diferente daqueles pensadores:

"A considerada nova teoria gramsciana diz que há uma relação conflituosa entre a
sociedade política e a sociedade civil, e a luta de classes têm como terreno
decisivo a hegemonia desta, na medida em que visa à obtenção
da direção político-ideológica. Neste caso o centro da luta de classe está na 'guerra de posição',

numa conquista progressiva de espaços no seio e por meio da sociedade civil,
visando à conquista de posições. Dai aduz que esta é a condição para o
acesso ao poder de Estado e para sua conservação. Não há
lugar para a espera messiânica do 'grande dia', mas sim uma
transformação da classe dominada em classe dirigente antes da tomada de poder,
como estratégia para a transição ao socialismo".

Este pensamento atual criou entre outras coisas o princípio de "guerra cirúrgica" com o qual
os militares tentam matar soldados sem atingir os civis, ao contrário da guerra
antiga, ainda praticada pelos terroristas, de atingir o Estado ferindo o povo.  

Vê a mudança? O povo não é mais responsável pelas decisões tomadas pelo Estado a nossa revelia,

nem pelos desmandos da classe política que nos espolia. Não podemos deixar a TV nos ensinar como é melhor viver.

Temos que acomapnhar o pensamento de agora: "a conquista progressiva de espaços". 



publicado por joseadal às 01:15
Sexta-feira, 18 de Maio de 2012

O professor Tarso Cabral Violin em Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública,
comentando o filósofo político Antonio Gramsci denuncia as Ongs. No meu fraco
entender, quando o terceiro setor começou, pensei que eram importantes por dois
motivos: colocava-se funcionários para atender a sociedade sem engordar mais
ainda a máquina pública – ficaria mais barato para nós, contribuintes – e aproveitaria
gente mais consciente das necessidades específicas de uma comunidade. Mas esses
estudiosos denunciam um outro lado, bem escuro.

"Entende-se que a defesa da sociedade civil, num Estado realmente democrático, não passa
pelos ideais neoliberais de um chamado "terceiro setor", que
substitui o Estado, que desresponsabiliza o Estado de suas atribuições
constitucionais, como as de assegurar educação, saúde, cultura, um meio
ambiente equilibrado etc”.

Tarso lembra que o terceiro setor é fruto do neoliberalismo e só isto já levanta desconfianças.

“Segundo os ideais gramscianos, a guerra de posição não será efetivada pelas entidades
dóceis do "terceiro setor", "parceiras do Estado",
dependentes do Estado e do mercado, mas pela sociedade civil realmente
organizada, pelos movimentos sociais, pelas organizações não governamentais
combativas e representativas, em busca de uma hegemonia, de uma sociedade
justa, igualitária e materialmente democrática e não apenas formalmente
democrática, como é a sociedade brasileira na atualidade".

Então, as ONGs que vem se tornando mais caras do que engordar a máquina governamental
e escondendo desvio de verbas e maracutais de políticos, não são a solução.
Tarso e Gramsci dão aos “movimentos sociais e organizações não governamentais
combativas e representativas” a capacidade de ajudar e mudar a sociedade da
qual fazem parte, já que, teoricamente, não são “dependentes do Estado e do
mercado”.

Mas, acima de tudo é preciso que os líderes comunitários tenham uma vontade ética
formidável para aguentar o terrível “canto da sereia” do poder do dinheiro neste
mundo capitalista e hedonista. Será que eu e você somos assim, incorruptíveis?



publicado por joseadal às 12:26
Segunda-feira, 14 de Maio de 2012

Lendo a Bíblia com Lili todas as noites ela pediu para lermos sobre os antigos reis de Israel. Então começamos a ler o livro de 1° Samuel onde o profeta e juiz Samuel é instado pelo povo a ungir um rei, “como tem todas as nações”. Por inspiração divina ele ungiu Saul. Lili ficou triste quando o jovem homem alto e bonito errou feio: “E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. (1 Samuel 13:8-9)” Logo depois chega Samuel e o repreende porque faltou fé a Saul.

Em que consiste a fé que uns dizem ser um dom de Deus e outros quem tem de ser buscada? Estas perguntas um jornalista fez, e eu também faria, a João Paulo II: Ele respondeu assim, está no livro Não Tenham Medo.

“A antiga definição do catecismo é ‘admitir como verdade o que Deus revelou e a Igreja nos oferece para crer’. Mais recentemente, no Concílio Vaticano II, foi publicado a constituição Dei Verbum que diz: ‘Aprouve a Deus, na sua bondade e na sua sabedoria, revelar-se e fazer conhecer o mistério de sua vontade pelo Cristo, Verbo Encarnado. Deus, que é invisível, na imensidade de Seu amor, se dirige aos homens como a filhos e conversa com eles. Na Revelação é Deus que se comunica. Tem o caráter de graça, de dádiva, de uma pessoa para outra. Uma comunhão de pessoas. O homem deve trazer Àquele que se revela a submissão completa da sua inteligência e de suas emoções. O homem se confia a Deus por obediência de fé. À Revelação pela qual Deus Se comunica supõe um dom recíproco do homem que de algum modo se dá também a Deus”.

Coisa poderosa é a fé que pode mover montanhas. João Paulo conclui: “É no amor que se consegue o abandono confiante a Deus, de que a fé é o prelúdio".

É preciso uma revelação, a ideia, a descoberta, de Que Deus vive, depois é se despir de todo “só se” e mergulhar de cabeça nas promessas dEle.



publicado por joseadal às 21:39
Sexta-feira, 11 de Maio de 2012

Não Tenham Medo, estou aprendendo muito com este livro em
que João Paulo II conversa com um amigo italiano, jornalista André Frossard. Neste
trecho ele comenta uma qualidade muito importante daquele homem escolhido: “Uma
das propriedades do discurso do papa era devolver força às palavras que o uso
corrente e o abuso as fez perder. Perguntei-me muitas vezes como ele conseguia
fazer estas pobres palavras extenuadas e tão vazias de sua substância,
empalhadas pelo pensamento contemporâneo, reencontrar o frescor e poder”.

Quem não ouviu dizer que “as palavras têm poder”?

Algumas páginas à frente o papa fala algo maravilhoso sobre Deus:

“Os fatos relatados nos evangelhos me permite acrescentar uma observação ao tema de conhecer a
Deus. Este Deus em que cremos como cristãos é não só o Criador Invisível que
nossa inteligência pode perceber através do estudo do mundo e das criaturas”.
Até aí tudo bem, agora leia com cuidado o que João Paulo II disse. É base do monoteísmo, não
existem deuses, só UM: “Nosso Pai Eterno é o Deus que vem ao homem e que, por
esse fato entra na história da raça humana”.

Imagine, o SER que transformou energias em matéria em tal
quantidade que esta ocupa e se espalha por 13 bilhões de anos-luz, "sendo em forma de
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz".
(o apóstolo Paulo revelando este fato maravilhoso em Filipenses 2:6-8)

Escutei um hino triste que fala deste evento transcendente: o Criador viveu entre nós.

http://www.youtube.com/watch?v=KrbSDu-HTB8



publicado por joseadal às 12:33
Terça-feira, 08 de Maio de 2012

O Tempo e o Cão, foi escrito pela psicanalista Maria Rita Kehl,

polêmica profissional da mente. Neste livro ela avisa que nosso ninho
enfrenta uma terrível borrasca, o galho em que amarramos nosso Ego se não for
bem flexível se partirá com a ventania:

“É uma sociedade, aparentemente, com muita liberdade de
escolha: como você quer viver, seu estilo de vida, como você vai se vestir, que
tribo vai frequentar e o que vai comer e beber. Há muita liberdade no plano
superficial, no plano da festa. Existe muito apelo para a diversão. Hoje, a moral social

é uma moral da diversão, não do sacrifício. É mais do que o prazer, é o excesso”.

De tanto ser sacudido nosso consciente fica mais vulnerável
às personalidades que vivem em nosso inconsciente:

“O psiquismo tem toda uma delicadeza. O homem é capaz de
suportar tudo, mas as adaptações têm um preço. A adaptação à velocidade
contemporânea, que atropela os processos psíquicos mais delicados da memória e
do devaneio, pode ter como preço a depressão. A velocidade cria um vazio, e não
um preenchimento. Pense numa semana em que você correu muito. A gente olha e
parece que não aconteceu nada, parece que só o tempo voou por cima da gente. O
que eu fiz do meu tempo? Nada, só respondi a estímulos, a demandas, e aí vem o
sentimento de desvalorização da vida”.

O que dizer para mim mesmo e para meus amigos: Parem, diminuam a velocidade de sua vida!?

- É difícil, Zé. Pra não dizer impossível. Todo mundo vai me passar a frente.

Maria Rita lembra nesse livro o que aprendeu ouvindo um colega:

“O tempo não é dinheiro, essa é uma barbaridade que o capitalismo
nos impõe. O tempo é o tecido da vida. É uma brutalidade eu pensar que tenho de
fazer, sempre, o meu tempo render dinheiro. Vamos ver o que estamos fazendo com
o tecido da vida, porque ele esgarça, ele rasga, perde a cor, fica fragilizado”.

O mestre Jesus com a sabedoria de quem foi o idealizador do ser humano, ensinou (Marcos 8:36, 37):

“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?

Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?”



publicado por joseadal às 12:16
Domingo, 06 de Maio de 2012

Quando um homem de bem fala é bom que suas palavras sejam
guardadas como, se fosse possível, aprisionar numa garrafa o ar puro em uma serra.

Assim enchi meu coração com estas palavras de João Paulo II no livro Não Tenham Medo:

“Ao longo dessa via que foi a minha, penetrei-me da
importância primordial da oração contemplativa”.

Esta é uma forma de comunicação com o Magnífico Arquiteto do
Universo que não suplica nem agradece, mas reflete sobre a profunda relação entre um
Ser Imenso e nós tão pequenos. E mesmo assim, miúdos, com uma imagem dEle em nós.
Continue ouvindo-o:

“Ninguém ignora que o dia do padre é litúrgico [designa os
ofícios religiosos realizados pelos sacerdotes durante o dia] e o trabalho
ocupa muito tempo, mas todas nossas atividades devem enraizar-se na oração como um
chão espiritual. A espessura dessa gleba não deve ser muito delgada nem muito grossa.

A experiência deve nos ensinar a discernir quanto de oração nos é suficiente”.

O papa falou no tempo, o fluídico fenômeno que faz nossa vida se escoar

e nós fazendo nada ou muito pouco pelo que realmente vale, a vida espiritual.

Agora, neste trecho, pense um pouco. 

“Um antigo princípio da Igreja diz: transmita aos outros os
frutos de tua oração. O pregador ou servidor da Palavra só tem direito de
comunicar o que é contemplata, pensamentos passados pela oração”.

[esta embauba sobrevive nesta beira de barranco; não parece que ela está orando?]

Experimente desse jeito: uma prece que firme todo o trabalho
de nosso dia na nossa relação com o Pai de tudo e todos. 


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publicado por joseadal às 23:17
Sexta-feira, 04 de Maio de 2012

Não seja tão intransigente, o que você acha certo agora amanhã entenderá como um disparate.
Isto é base da filosofia: o pensamento humano é essencialmente mutante. O
professor Tarso Cabral Violin, Mestre em Direito do Estado pela Universidade
Federal do Paraná diz:

"Para Locke e Kant e também Hegel, o Estado não é apenas a superação da
sociedade civil
, mas um reflexo, uma consequência, é um produto dela. Também
para Marx a sociedade civil e a estrutura econômica são a mesma coisa; e o
Estado
, parte da superestrutura, é um resultado da sociedade civil e
não uma esfera independente e com racionalidade própria".

Este conceito sempre misturou o povo com as decisões de seu governo. Quantos
milhares morreram pelo desejo de desforra de um governante? Hoje, filósofos
como Antonio Gramsci pensam diferente:

"A considerada nova teoria gramsciana diz que há uma relação equilibrada entre a
sociedade política e a sociedade civil. Neste caso o Estado se ampliou, o centro
da luta de classe está na ‘guerra de posição’, numa conquista progressiva ou
processual de espaços no seio e por meio da sociedade civil, visando à
conquista de posições. Dai aduz que esta seria uma condição para o acesso ao
poder de Estado e para sua posterior conservação, na qual não há lugar para a espera
messiânica do ‘grande dia’, mas sim uma transformação da classe dominada em
classe dirigente
antes da tomada de poder, como estratégia para a
transição ao socialismo".

Mesmo o povo brasileiro que aguenta os abusos do poder gera em seu seio uma revolta.
Ainda não saímos nas ruas como em países da Europa e da Ásia, mas a base começa
a pressionar os políticos e forçar mudanças.

Este pensamento atual: o Estado e o povo que governa vivem numa guerra de posição, criou o princípio de "guerra cirúrgica" com o qual
os militares tentam matar soldados sem atingir os civis, ao contrário da guerra
antiga e ainda praticada pelos terroristas de atingir o Estado ferindo o povo.  



publicado por joseadal às 03:24
Terça-feira, 01 de Maio de 2012

Um site de pesquisa como o Google tem tecnologia para
antecipar o que você quer pesquisar. Quando se começa a escrever, por exemplo,
René, ele já sugere René Descartes e outros nomes. Conhecendo nosso IP (a
identificação de minha conexão à internet) o servidor lembra: o que já pesquisamos antes,
nossas preferências de sites e antecipa nossa vontade. Nesse novo ciclo de doze
milênios que hora inicia o ser humano verá coisas assombrosas no campo virtual
e psíquico.

- Hoje você está divagando muito, Zé. O que é que tu leste que te deu esta verborragia toda?!

Exatamente, René Descartes, considerado o "pai da matemática moderna". Apesar do que me aconselhou minha
médica homeopata ainda me detenho em leituras clássicas e mofinas ao invés dos
açucarados livros de autoajuda que ela me sugeriu. Em Las Pasiones da Alma o
filósofo matemático estabelece 88 questões sobre a relação entre as paixões humanas e a alma e
as responde segundo o conhecimento mais novo daquele século. Ele viveu no século 17 (1596-1650), nasceu no ano seguinte a morte do padre Anchieta. Só como comparação reflita sobre a distância intelectual entre a França e o Brasil selvagem daquela época. 

A questão 42 diz: como encontramos em nuestra memoria las cosas que queremos recordar.

“Cuando el alma quiere redordar algo esta voluntad hace que
a glândula pineal inclinese hacia diversos lados y impulse los espíritos [a
palavra espírito refere-se à substâncias químicas, os neurotransmissores] hacia
diversos lugares do cérebro hasta que encuentran aquel donde están las huellas
[pegadas, rastros] que há dejado el objeto que quiere recordar. Estas huellas
[marcas] no son outra cosa sino que los espíritos [encadeamento de
moléculas energizadas] deixaram quando salieron antes ao vermos por primera vez
tal objeto. Adquiriram por esto más facilidade y hace a esta conocer que es aquel que queria recordar”.

Descartes explica numa visão genial o que os neurologistas
modernos descobriram com muitos anos de pesquisa e modernos laboratórios e
instrumentos. É, também, o mesmo caminho que nosso computador usa para encontrar dentro
de uma “nuvem de informações” o exato assunto que queremos. Não é maravilhoso?!
     


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publicado por joseadal às 13:51
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