Sexta-feira, 31 de Maio de 2013

Lendo o caderno Prosa e Verso, do O Globo, encontrei em várias matérias o mesmo tema: o homossexualismo. Primeiro numa reportagem sobre Lulu Santos: “Ele procura Thinkin bout you cantado por Frank Ocean, belíssima estreia do cantor norte americano de soul que revelou sua homossexualidade perto do lançamento do disco Channel Orange, ano passado”.

Ouça-o cantando Orion   https://www.youtube.com/watch?v=EMNKyq3dUjQ&list=RD02fn7-rG0pLRE

Depois na crônica de Arnaldo Jabour: “Freud e Jung romperam relações porque o pai da psicanálise dizia que a libido corresponde ao impulso vital. Carl Jung preferia entender que o nosso guia é um instinto de vida conectado a uma rede de símbolos transmitidos desde a aurora da humanidade e enraizados no inconsciente, o sexo ao invés de estar no centro, seria apenas um elemento entre tantos. Lacan foi além e disse que nos emaranhados do inconsciente, que se traduzem na linguagem da pessoa, o sexo é uma espécie de utopia tão real quanto inatingível”.

E então, no artigo, Sem Exceção o jornalista argentino Bruno Bimbi que trabalhou lá pela aprovação do casamento gay e agora faz loby entre os políticos daqui, diz: “Casamento não é só um conjunto de direitos materiais, é uma das instituições ordenadoras de nossa cultura. Quando se nega o casamento há duas pessoas não se está bloqueando apenas o acesso delas a coisas como herança, pensão e plano de saúde. Está se impedindo que ela participe de um fato de nossa cultura. É como negar a alguém o direito a um funeral. Na Argentina, durante a campanha do casamento igualitário, o assunto deixou de ser uma questão de minorias e se tornou tema de conversa em filas de ônibus e no banco e isso acabou com o preconceito de muita gente”. (essa foto é meramente ilustrativa e não uma declaração de inclusão do ciclista na onda rosa)

Como diria o pessoal do Casseta: até aí tudo bem; mas o que me preocupa é o crescimento dessa opção sexual num planeta em que a raça humana evoluiu como homem e mulher. Para onde estamos indo?



publicado por joseadal às 12:28
Terça-feira, 28 de Maio de 2013

Os humanos, desbravando o caminho de sua raça sobre a Terra, avançaram em consecuções materiais e espirituais.

Nasceu no ano 341 a.C um grego de nome Epicuro, ele foi um dos que nos elevaram. 

Formou em Atenas uma escola diferente. Em um sítio bem arborizado recebia seus alunos não para ensinar, mas para conviver. Esses se tornavam seus seguidores e afirmavam que mais aprendiam com seus modos e exemplos do que por ensinamentos. O epicurismo tornou-se uma doutrina que se espalhou da Grécia para Roma e se disseminou pelas nações dominadas pelo Império. Com certeza seus ensinamentos prepararam os homens, mesmo os judeus tão radicais lá no longínquo Oriente, para a chegada do Prometido. Para a visita de Deus ao nosso planeta.

Alguns de seus pensamentos:

“Devemos escolher um homem bom e tê-lo sempre diante dos olhos, para

vivermos como se ele nos observasse e para fazermos tudo como se ele nos visse.

Não é ao jovem que se deve considerar feliz e invejável, mas ao ancião que

viveu uma bela vida. O jovem na flor da juventude é instável e é arrastado em todas

as direções pela fortuna; pelo contrário, o velho ancorou na velhice como em um

porto seguro e os bens que antes esperou cheio de ansiedade e de dúvida os possui

agora cingidos com firmeza, suas lembrança.

(o ciclista, debruçado sobre o vale do rio Paraíba do Sul quase na direção de Aparecida, contempla a obra de Deus)

Recorda-te de que, ainda que sejas de natureza mortal e com um limite finito

de vida, te debruçaste, mediante a investigação da natureza, no que é infinito e

eterno, e contemplaste o que é agora, será e sempre foi.

O sábio que se pôs à prova nas necessidades da vida, melhor sabe dar

generosamente que receber: tão grande é o tesouro de íntima segurança que em si possui”.

Os seus inimigos (quem não os têm?) o acusaram de pregar a busca do prazer, da vida dissoluta. Ele lhes respondeu assim:

"Quando dizemos que o prazer é fim, não queremos referir-nos aos

prazeres dos intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem

certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco ou não nos

compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres dos sofrimentos e das

perturbações da alma".

Jesus ensinou (Mateus 16:26): "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?"


tags:

publicado por joseadal às 01:29
Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

“Ó mãe dos Enéadas,

prazer dos homens e dos deuses, ó Vênus criadora,

que por sob os astros errantes povoas o navegado mar e as terras férteis em searas,

por teu intermédio se concebe todo o gênero de seres vivos que, nascendo, contempla

a luz do sol; de ti, mal tu chegas, se afastam

as nuvens do céu; e a ti oferece a terra diligente as suaves flores, para ti sorriem os

plainos do mar e o céu em paz resplandece inundado de luz”.

Assim começa a obra suprema de Lucrécio, renomado poeta romano. Faltavam 50 anos para nascer Jesus e Roma era, já, um império, mas sem a finura e a dedicação ao estudo que os gregos desenvolveram 500 anos antes. O poeta até se queixa de encontrar dificuldade, no então pobre latim dos enéadas - porque assim eram também designados os romanos, descendentes do herói Enéas - para compor seus versos do poema A Natureza:

“E também não ignoro que é bem difícil explicar em versos latinos as

obscuras descobertas dos gregos, sobretudo porque se faz mister empregar palavras

novas, dada a pobreza da língua e a novidade do assunto”.

(chamada de Vênus de Laussel, porque foi encontrada numa caverna dessa localidade da França, é datada de 23.000 anos)

Mas do que desejo falar mesmo é dessa devoção a uma figura feminina do Olimpo. Ela veio dos gregos, mas o professor Junito S Brandão afirma no primeiro volume de sua Mitologia Grega (p.72) que “Afrodite [que os romanos chamavam Vênus] é seguramente divindade asiática”. Porém, os paleontologistas dizem que a veneração de uma mãe dos deuses era comum entre os humanos desde 30.000 anos.

Na Igreja fundada por Cristo, monoteísta, com um Deus que era masculino, não demorou 90 anos, após a morte sacrificial de seu líder, para os cristãos abraçarem Maria, Sua mãe, como a mãe de Deus.



publicado por joseadal às 12:50
Sexta-feira, 24 de Maio de 2013

Quando nos mandam fazer uma coisa que está além de nossas forças, aí é que 'arriamos dos quatro pneus'. Foi o que senti lendo estas considerações do professor H. E. Huntley, no livro A Divina Proporção:

                      

Mas, sei lá de onde, com certeza de dentro de mim mesmo, veio vindo um pensamento feito de palavras dançantes que se juntaram e me disseram: quando você sai pedalando e vê (tua alma dentro de ti te chama à atenção) uma coisa bela, não te sentes, também, um criador?! Eureka! É isso mesmo! O ato de descobrir dá o mesmo prazer que Deus senti – pois Ele “continua trabalhando”, disse Jesus – ao fazer, por meio de suas leis naturais, surgir novas coisas. E não é que o professor logo adiante cita J. Bronowisk, dizendo:

Não sei como o coração aguenta descobrir e sentir tantas coisas belas nessa vida!



publicado por joseadal às 13:16
Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

Os livros e os segredos guardados dentro de suas capas parecem, às vezes, labirintos onde se entra por um caminho e ali na frente surgem dois outros, um à esquerda outro à direita e, se por uma escolha fortuita ou algo encomendado especificamente pra nós, para aquele momento de nossa vida, adentramos por um deles, encontramos um abundante tesouro.

Foi o que me aconteceu lendo A História que não é Contada, quando deparei com Luca Pacioli e sua A Divina Proporção. Procurei na internet para baixar, mas só encontrei comentários de professores de matemática sobre ele, então fiz o download da reflexão elaborada por H. E. Huntley, e me encantei com este trecho:

                      

Mas sejamos frios e calculistas e adotemos esta atitude do professor:

Citando Platão, que diz ter ouvido de Sócrates, escreve que a beleza é vista por nossos olhos e percebida por nossa mente quando estamos com o espírito voltado para descobri-la, não antes, e nunca quando ainda estamos naquela luta inglória de nos realizarmos neste mundo constantemente mutante feito de matéria.

 

(não sei se você consegue ver alguma beleza nesta foto do Rafael se aquecendo na beira do fogão de lenha da mãe, lá no alto da serra da Bocaina, numa tarde fria, não muito longe de onde nasce o rio Paraíba do Sul)

Veja por onde as páginas dos livros nos levam?! São como amigos que nos vendo frágeis mas buscadores nos conduzem pela mão.



publicado por joseadal às 12:47
Quarta-feira, 22 de Maio de 2013

Em meio à leitura de textos filosóficos e religiosos e ensaios um romance vem bem a calhar. É um gênero literário leve e que distrai a mente. Entretanto, um bom romancista em certos momentos, talvez cansado de ser um contador de história, decide filosofar. Lendo A Romana, de Alberto Morávia, encontrei um trecho assim (p.173) quando a personagem Adriana, mulher de vinte e poucos anos, conta:

“Nas horas de solidão em meu quarto, chegava sempre um momento de intensa perturbação, no qual parecia ver de repente toda a minha vida. As coisas que fazia perdiam a consistência, tornavam-se incompreensíveis e me enchiam de uma profunda perplexidade. Um estalar de um móvel me trazia de volta a realidade e via todos meus atos como absurdos e fortuitos. Então percebia que minha angústia, mais profundamente, referia-se ao simples ato de viver, que não era nem ruim nem bom, mas sempre doloroso e insensato. Arrepiava-me de medo e estremecia sentindo todos os cabelos vibrarem na raiz. Mas não me iludia com ser a única a ter sentimentos tão desesperados. Qualquer um podia sentir, vez por outra, essa angústia por ver sua vida reduzida a um absurdo indizível. Mas esse conhecimento não produzia qualquer efeito renovador. Em seguida saímos de casa representando com sinceridade nosso estúpido papel insincero”.

Hoje, conversei com uma terapeuta que aplica massagem Reike em seus clientes e ela me contou que fora contadora, mas cansada dum trabalho que não lhe satisfazia a alma sentiu um “chamado”, fez cursos e mudou completamente de profissão e vida. Tão diferente da Adriana do livro, desiludida de sua vida, mas que disse que “esse conhecimento não produzia qualquer efeito renovador”, a nova amiga Sirlei deixou para trás a angústia.

O escritor termina o capítulo falando pela boca de sua personagem: “Esse pensamento confirma minha convicção de que todos os homens são dignos de compaixão, nem que seja pelo simples fato de viverem”.  



publicado por joseadal às 22:31
Sábado, 18 de Maio de 2013

Estudando Geologia, a evolução do nosso planeta, dei com um artigo escrito, não por um professor, mas por um leigo espiritualista - nota-se por seu linguajar. http://www.techs.com.br/meimei/genese/genese_cap07.htm :      

"É a própria natureza quem fala. Desde que se notem traços de fogo, pode dizer-se com certeza, que houve fogo ali; onde se vejam os da água, pode dizer-se que ali esteve a água, desde que se observem os traços de animais, pode-se dizer que ali viveram animais. A Geologia é pois uma ciência toda de observações. Sem as descobertas da Geologia, bem como as da Astronomia, a Gênese do mundo ainda estaria nas trevas da lenda. Graças a ela o homem conhece hoje a história da sua habitação. Um fato importante, irrecusável, que o exame dos extratos geológicas oferece, são os despojos fósseis de animais e vegetais dentro das diferentes camadas, até nas mais duras pedras. Conclui-se que a existência de tais seres é anterior a formação das aludidas pedras. Entre os despojos de vegetais e animais, alguns se mostram penetrados de matérias calcarias que os transformaram em pedras, outros apresentam a dureza do mármore. São as petrificações propriamente ditas de, não raro, esqueletos completos. Distingue-se os animais aquáticos e os terrestres por sua organização que não permite sejam confundidos. São numerosos os peixes e moluscos fósseis. Estes últimos formam bancos inteiros de tão grande espessura que deles se retira calcário por muitos anos. As mais antigas formações, contém espécies animais e vegetais que desapareceram inteiramente da superfície do Planeta".

Há muito tempo comprei em um sebo o livro A Procura de Adão que relata a odisséia de curiosos investigadores das rochas, na Inglaterra, na França e na Alemanha - a maioria protestantes, orientados pelos ensinos literais da Bíblia - que custaram a entender o que eram os fósseis. No início interpretaram como sendo corpos de homens e animais que Deus castigou fazendo que virassem pedra. Vide a história de Lot, em Sodoma, de como a esposa virou uma estátua de sal.

  

Todos nós precisamos de alguma crença que dê segurança a nossa vida, mas é preciso ter um juízo bem maleável para poder encaixar as novas descobertas da ciência no conjunto do que cremos.



publicado por joseadal às 20:44
Sexta-feira, 17 de Maio de 2013

Por três dias monitorei José como se fosse um aparelho com vários sensores, e ele estava bem diferente do seu normal. Sua pressão normalmente 13x8 não baixava de 15,5x8,9, seu intestino sempre regular passou um dia sem funcionar e no dia seguinte estava preso, seus movimentos de comum rápidos tornaram-se meio lerdos, seu jeito incansável transformou-se em fraqueza e o urinar ficou doloroso e difícil. Em dois dias seu cotidiano mudou e ele foi procurar o urologista preocupado com a próstata. E tudo isso por que procurou um neurologista queixando-se de ansiedade e ele receitou um ansiolítico.

José procurou o neurologista porque lhe aconteceu um transtorno por ter tomado pouco mais de uma dose de boa cachaça. Impossível ter sido derrubado só por um pouco de álcool. José sofre de ansiedade, teria sido ela responsável por esse incidente?

(na foto o ciclista José toma uma dose de pinga que era um verdadeiro whisky cowboy)

José aceitou a indicação do médico e comprou cloridrato de velafaxin, indicado para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Na bula, em reações adversas, avisava de todos aqueles transtornos e outros mais. Como é que um comprimidinho consegue mudar todo um organismo? Em mecanismos de ação a bula informa: "seu metabólito ativo, são inibidores potentes da recaptação neuronal de serotonina e norepinefrina e inibidores fracos da recaptação da dopamina". Esses três neurotransmissores comandam todo funcionamento da personalidade de uma pessoa. Mexem com a alma dela.

José parou o uso do remédio no quarto dia e em 48 horas era o mesmo sujeito complicado. Sim mas essa alma ele conhecia bem e o jeito que ela comandava de seu corpo lhe pareceu, de volta, muito melhor. Então, ao invés de mudar sua alma José decidiu nunca mais beber. Se bem que "nunca mais" é o tipo de decisão que não combina com a velha alma de José.

 


tags:

publicado por joseadal às 23:19
Sexta-feira, 17 de Maio de 2013

Esta frase é absurda, mas o livro Uma História que não é Contada a coloca num contexto que nos faz pensar. Falando das catedrais construídas na Idade Média, diz (p.149): “O estilo gótico surgiu como um progresso técnico que consistia numa diminuição das pressões exercidas pelas abóbadas equilibradas nas flechas afiladas (colunas) e equilibradas por arcobotantes leves e colunas com capitéis. Assim, as cúpulas arredondadas atingiram cada vez maiores alturas, como a Catedral de Beauvais com 48 metros!”.

(em baixo as colunas, acima as agulhas sustentando a abóbada; para que as paredes não precisassem ser muito grossas eram construídas estas paredes de arrimo,os arcobotantes; foram conquistas dos mestres de obras cristãos da idade média)

Então, o livro do professor Felipe Aquino chama atenção para o fato de que aquelas construções tinham não só uma intenção temporal, mas também espiritual. Era um trabalho intenso tendo Deus como motivo (p.151): “Cidades modestas levantavam grandes catedrais. O povo entendia que ao mesmo tempo em que construía para si trabalhavam igualmente para Deus. Eram mutirões voluntários. ‘Viam-se homens orgulhosos de seu nascimento e da sua riqueza, atrelarem-se a uma carroça com correias e arrastarem pedra, cal e madeira. Quando paravam a beira do caminho para descansar faziam orações de súplicas a Deus’”.

Em outro livro, Diálogo com João Paulo II, li com Lili, hoje, este trecho (p.283): “Em minha visita a França fiquei impressionado com o testemunho de padres franceses convencidos da descristianização dos franceses, tanto no meio operário como no rural. Guardei admiração por esses padres que vão com total determinação a procura dessas ovelhas perdidas, às vezes arranjando trabalho em fabricas para estar mais perto delas”.

 

A ovelha perdida é então aquele que sai cada dia para trabalhar e não oferece seu esforço para Deus, Quem tudo fez.



publicado por joseadal às 00:07
Domingo, 12 de Maio de 2013

Bem antes de se formar uma religião, o ser humano buscava entender o mundo em que vivia percebendo que havia muito mais elementos do que ele via. Tendo diante de si o mistério maravilhoso da maternidade, eles concluíram que tudo o que os cercava tinha sido concebido por uma grandiosa mãe. Chamou-a de Done, a Mãe Terra.

Com as transliterações acontecidas por milhares de ano chegou aos gregos com o nome de Deméter (Terra Mãe). O livro Mitologia Grega, conta (p. 290): “Deusa maternal da Terra, sua personalidade é simultaneamente religiosa e mítica. Divindade da terra cultivada é essencialmente a produtora do trigo, tendo ensinado aos homens a arte de semeá-lo, colhê-lo e fabricar o pão”.

Por ser a responsável pela existência de algo, mais especialmente de uma vida, ela convive com uma emoção fortíssima, qual seja, proteger sua cria de tudo que possa fazer-lhe mal. Na novela Salve Jorge a mãe Lucimar passa por um grande sofrimento quando sua filha Morena é raptada, e milhões de pessoas acompanham todos os dias o desenrolar deste sofrimento e de sua alegria absoluta quando a filha reaparece. Mas este drama já fora percebido pela humanidade em uma encenação repetida por milhares de anos.

Pense só: um homem e uma mulher viam as sementes que caiam de uma vasta árvore ficarem encobertas pela terra e ressurgirem num broto de um verde espetacular. Que mistério maravilhoso era esse? Criou-se então o mito de Deméter e Perséfone (p. 285): “Hesíodo, em Teogonia, faz de Zeus esposo de Deméter. A deusa se uniu com ele sobre um terreno lavrado e ela concebeu Perséfone”. A ligação entre a mãe e a filha era muito intensa, mas para que o drama da vida pudesse continuar elas não poderiam continuar naquela existencia feliz. Era bonito a vagem pesada de sementes presa ao galho da árvore, mas os nossos antepassados entenderam que a semente precisava cair, se desligar da árvore para produzir novas plantas.

O mito conta assim: Plutão, irmão de Zeus, ganhou por sorteio o domínio do subsolo. Ele, então, se apaixona pela sobrinha e quer casar com ela e leva-la para seu reino debaixo do chão. A mãe diz: nem pensar! O livro conta (p. 290): “Os sofrimentos da deusa, então, começam, quando sua filha, com o consentimento do pai, foi raptada por Plutão. Desde então começou para a mãe a dolorosa tarefa de procurar sua filha, levando-a a percorrer o mundo inteiro. Mas simplesmente a filha desaparecera. Durante muitos dias sem comer, sem beber, sem se banhar, Deméter errou pelo mundo a procura da filha querida. Sem desanimar foi ao Olimpo e implorou que lhe devolvessem a filha e finalmente abdicou de suas funções divinas de cuidar da terra cultivada”. (p. 292) “Como a ordem do mundo estivesse em perigo, Zeus pediu a seu irmão que devolvesse Perséfone. O rei do mundo subterrâneo curvou-se a vontade soberana do irmão, mas habilmente fez que a esposa comesse uma semente de romã. A moça não conseguia mais se desligar do marido, mas chegaram ao consenso de que passaria quatro meses do ano com sua mãe. Assim ressurgiu do chão”. Recomeçava a vida.

No Hino Homérico a Deméter, uma estrofe diz assim:

“Feliz aquele que possui, entre os homens da Terra

A visão destes mistérios. Pois aquele que não foi iniciado,

Aquele que não participou dos santos ritos, não terão,

Após a morte, a mesma felicidade do que conhece”.   

Como Deméter, todos as mães sofrem e se preocupam com seus filhos. Parabéns, mamães.



publicado por joseadal às 15:40
mais sobre mim
Maio 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

13
14
15
16

19
20
21
25

26
29
30


pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO