Domingo, 26 de Janeiro de 2014

Para se compreender o presente é essencial ver o começo, o passado, o que se deu.

É o caso do Maranhão. No site Fora Corruptos, diz: “José Ribamar Sarney de Araújo Costa é o nome deste corrupto. José Sarney nasceu em 1930, na cidade de Pinheiros, estado do Maranhão. A relação de Sarney e sua família com a corrupção é simbiótica. Depois de muitos anos de desmando a família Sarney prejudicou de forma imensurável o estado do Maranhão. José Sarney tem uma história realmente muito grande de podridão. Por este motivo, fica difícil saber exatamente por onde começar”.

Então, vamos começar do início, no século XVII, um século depois do domínio português das terras do Brasil. No livro Os Ciganos do Brasil, li (p. 59): “Relembramos o decreto de 1686 relativo ao degredo do ciganos de Portugal: ‘Os que andam vagabundeando em quadrilhas pelo Reino, fareis executar esta Lei na forma que ela contém: que sejam mandados para o Maranhão”.

- Zé, então foi uma ciganada exatamente para o Maranhão?

Era o ponto de além-mar mais próximo, e para lá foram dezenas de ciganos com suas famílias. Em pouco tempo a terra dos Sarneys era um antro de roubalheira. Um alvará de 1760, diz: “Eu, El Rei, faço saber por esta Lei que me sendo presente que os Ciganos, que deste Reino tem sido degredados para este Estado do Brasil, vivem prejudicando costumes com total infração das minhas Leis, causando intolerável incômodo aos moradores, comentendo continuados furtos de cavalos e escravos e que andam sempre em grupos carregando armas de fogo pelas estradas e praticando declarada violência; e considerando assim que é para socego público e como correção dessa gente inútil e mal educada, se faz preciso obriga-los a tomar vida civil: que se lhes assente praça de soldado”.

E foi deste modo que um cigano fora da lei, violento e ladrão tomou nome respeitável e como soldado continuou agindo do mesmo modo, só que agora sob o abrigo da Lei. E seus descendentes se tornaram a família famigerada que vai roer o Maranhão até o fim fazendo-o mais atrasado que o país mais pobre d’África.    



publicado por joseadal às 22:30
Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2014

“Olha a bicicleta! É um perigo! Todo ciclista é assassino e suicida”. Não é uma opinião minha, é de Álvaro, um Senhor de 84 anos, personagem do livro FIM, de Fernanda Torres, a atriz. Ele fala de sua velhice num tom bem engraçado (p.20): “Nunca fui muito ativo. Bebia demais, trocava o dia pela noite, engordei, criei uma barriga sustentada por duas pernas finas e um pescoço curto que equilibra uma careca lustrosa”. Descrição terrível de si mesmo. Sim, porque os coroas meus amigos, Dunga e João Bosco, com certeza ainda se veem como homens de trinta e poucos anos. Porém, ele vai mais longe: “Tive a sorte de envelhecer fumando. Sou assim, mesmo. Não separo lixo, tomo banhos quentes e escovo os dentes com a torneira aberta. Dane-se a humanidade. Não vou estar por aqui para assistir o futuro dessa droga”.

- Gente, que velho mais escroto, Zé!

Ele toma um certo cuidado, não cair – e pior que morreu de um tombo. “A queda é a maior ameaça para o idoso. Que palavra mais odienta. Pior, só ‘terceira idade'. O tombo destrói a linha que liga a cabeça aos pés”.

(sou velho mas fui lá em cima, mas tomo muito cuidado nas descidas)

Também não dispensa o médico, mas com ressalvas: “Tudo me dói. Me consulto com uns dez especialistas. Um quer operar a catarata, o outro a vesícula, e o cardiologista diz que minhas veias já não seguram mais a pressão do sangue, planeja me encher de stendes. Fico quieto, deixo eles falarem, finjo que não é comigo. São uns neuróticos vaidosos”. Nisso eu penso igual a ele.

Mas então entra no ponto nevrálgico: “Comecei a ficar brocha com a minha mulher. Com a amante ainda conseguia, mas depois foi definitivo. Sofri uns bons anos, até que relaxei. Adeus hormônios, adeus garotas. Só me resta virar franciscano”.

Ah, o Álvaro! O cara tem mil ideias, essa, porém me balançou: “Toda amizade masculina carrega um quê de veadagem”. Epa, acabou nossa amizade, mano.  


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publicado por joseadal às 21:50
Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2014

Todo mundo se queixa da violência no mundo, mas lendo a história se vê que o homem tem evoluído um bocado. O livro Os Ciganos do Brasil fala de como eram tratados os gypses lá pelo século XVI (p.36):

“Em 1525 o rei Carlos V renovou a lei: ‘Se um indivíduo desse povo for encontrado vagando deve ser preso, sendo a terceira vez que seja interceptado ficará escravos de quem o prender, por toda a vida’. Em 1539 a lei foi modificada: ‘Quem for encontrado errante será condenado as galés por seis anos’. Em 1619, Felipe III ordenou que eles deveriam estabelecer-se em cidades, não podendo, porém, usar os trajes e o linguajar deles: ‘Este decreto foi a origem das gitanerias, bairros separados como já acontecia com os judeus’”.

E quem eram os gitanos? “São corredores de cavalos [jóqueis], ferreiros [colocavam ferraduras], caldeireiros [consertavam panelas], saltimbancos [artistas de rua], bailarinos tocavam guitarras; suas mulheres leem a sorte. Mas são malandros e se puderem furtam e nos negócios enganam”.

Eram boêmios, viviam de cantar e dançar e isso sempre incomodava os cidadãos respeitáveis. Então, naqueles tempos, era ‘pau neles’. Os tempos mudaram mesmos.



publicado por joseadal às 00:56
Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014

Todo mundo sabe que quando se empresta um livro é dois V, vai e volta, mas é raro lembrarem de devolve-lo. Assim, senti muito quando no final do ano procurei um livro para ler e não o achei. Mas como estou dando as obras que já li, ontem o encontrei. É um livro precioso. Quando o dei por perdido procurei na internet e, em sua edição de 1936, são raros e custam mais de R$500,00. Mas está aqui em minhas mãos, e com prazer manuseio suas páginas amarelas. É Os Ciganos no Brasil, de José B. d’Oliveira China.

Esse povo me fascina, entre outras coisas, porque eles muito contribuíram para nossa cultura e estão, desde a colonização, na raiz do comportamento malandro do brasileiro. Na p. 6 diz que “eles apareceram pela primeira vez em Paris, em 1427, declaravam-se nobres do Egito – tinham os títulos de príncipe, duque e conde - e se diziam cristãos expulsos de seu país pelos sarracenos. Diziam mais, que passaram por Roma e foram recebidos pelo Papa a quem confessaram seus pecados e receberam a penitência de andar errantes pelo mundo durante sete anos. A cidade cedeu-lhes um grande terreno onde armaram suas tendas. Mas como desde logo começassem a por em prática suas artimanhas, o bispo de Paris os excomungou e expulsou da cidade”. Foram sempre assim. Chegavam com uma ‘conversa de cercar Lourenço’ e logo que conquistavam a confiança faziam negócios em que o cliente sempre saia logrado, quando não o roubavam abertamente. Um registro antigo, citado no livro diz: “Tinham cabelos pretos e crespos, usavam argolas de prata nas orelhas; e as mulheres são feias, porcas e ladras”. Mas não se pode negar que herdamos deles a vida de boemia e o gosto pela dança, música ritmada e cantoria.

- Os ciganos são descendentes dos egípcios, Zé?

Inventaram essa história para enganarem a boa fé, tanto de homens e mulheres comuns como do imperador Sigismundo, da Hungria e até de sua Santidade o Papa. As pesquisas etimológicas e etnológicas indicam que vieram da Índia e as primeiras referências deles na Europa datam de 1417. Vieram para o Brasil logo nas primeiras expedições e ajudaram a formar esse povo Brasileiro, sobre o qual o próprio Deus, disse: “A terra do Brasil é das melhores do mundo, mas o povo que botei nela...!”    



publicado por joseadal às 21:20
Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014

“Deus nos fez para sermos felizes com Ele. Se isto não está acontecendo com você e seu normal é viver triste ou deprimido, então, comece a lutar”.

Isto é o que todo mundo diz, aconselha e até exige do seu parente ou amigo desanimado: reaja! Mas a pessoa de temperamento triste ou deprimido não tem força para agir.

Assim, o professor Felipe Aquino, depois daquela frase, diz: “A descoberta do amor que Deus tem por você é a mola propulsora para a vida feliz – do livro A Luta Contra a Depressão (p.27). Parece que é aí mesmo que se instala a tristeza e o desânimo, a falta do amor à Deus.

- Mas como é esse negócio de amor de Deus, Zé?

Ele explica: “Tudo o que existe é parte de um plano, é um projeto de uma inteligência e envolveu muita vontade”. Essa é a prova do amor de Deus, ele teve uma trabalheira enorme para nos botar no mundo. E Aquino mostra o longuíssimo caminho que o Criador e Seu Filho percorreram trabalhando por você e eu: “Você sintetiza no seu ser todo o universo criado. No princípio foi feita a matéria bruta, depois, com o mistério da vida surgiram as plantas, os animais [com os dinossauros neste meio] e o ser humano, você. Há bilhões de anos Deus vem preparando a sua chegada, desde o primeiro átomo de Hidrogênio”. 

 – É Zé, visto dessa forma parece que somos importante mesmo!

Segundo o professor a reação para sair da depressão deve acontecer dentro da gente. A energia para executar alguma ação exterior pode ficar para depois. “É preciso, primeiro, dobrar a arrogância e voltar seu coração para o Pai”.

Mas o professor, fala de outra importância que temos e que pode nos dar força para nos erguermos, cita Paulo, o apóstolo (Efésios 1:14): “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”.

– Mas como, Zé, a  gente tão pequeno pode contribuir para a glória de Deus?

O plano dEle foi nos fazer a Sua Imagem, daí que temos inteligência, liberdade, vontade e consciência. Isto complica tudo. Você só será bom, isto é, evitará o mal se quiser. Só fará o bem aos outros se tiver força. Só amará a Deus se tiver gratidão. E se a gente for assim, tirando força de onde nem sabemos que temos, só assim acumularemos de honra ao Pai que nos fez assim.



publicado por joseadal às 10:46
Sábado, 11 de Janeiro de 2014

Um descendente de libaneses que nasça no Brasil é um brasileiro, mas um descendente de judeus nascido aqui continua sendo judeu. Isso é Sionismo. E a definição a seguir não é de um dicionário, é a de um grande escritor israelense, A B Yehoshua, autor de Sr. Mani, livro que estou lendo:

“A definição de sionismo determina como suficiente a aceitação de um princípio. É como dizer, sou socialista, isto não obriga a pessoa a ter um cartão de filiação ao partido socialista, basta-lhe pensar dessa maneira. A aceitação de um princípio é o que define a pessoa. Segundo essa sentido, o judeu que vive na diáspora [espalhados por todas as nações do mundo] será chamado sionista quando tiver como princípio que o Estado de Israel é também seu estado”.

Até aí tudo bem, mas só que ele diz que o sionismo hoje anda dividido: “Um sentimento de alienação da sociedade é uma expressão do colapso das certezas ideológicas dos sionistas da década de 1960. Pois uma vez estabelecido o Estado, a vida nos Kibutz tendo dado lugar às rotinas normais de obter sustento e comprar bens domésticos, tornaram obsoletos os sonhos dos pioneiros. Pior é que se os dias do pioneirismo terminaram, a retórica do governo, do setor religioso e de parte dos intelectuais, persiste. Hoje o vácuo entre a linguagem e a realidade é palpável”.

Há então, lá mesmo nas terras de Israel encravadas na Palestina, dois tipos de sionistas. “Este é um motivo para intranquilidade básica da identidade dos judeus. Uma intranquilidade que causa problemas existenciais graves e interfere em seus esforços de manter soberania e independência de seu país, no confronto constante com seu meio não judaico, em sua terra e fora dela”.

E para um povo que pensa muito isto vira uma discussão sem fim. “Membros de um povo com 3.300 anos de idade, ainda polemizamos e brigamos todo o tempo com a definição de judeu. O próprio parlamento israelense, em pouco mais de 50 anos, já susbstituiu por três vezes a definição judeu na lei de conversão [quando uma pessoa de outra nação quer se converter e passar a gozar da situação legal de israelita]. Estamos sempre a nos questionar: quem é judeu, o que é um judeu e por que ele é judeu?”

Este questionamento também vale pra mim e pra você: o que eu sou? O que me define?           



publicado por joseadal às 00:19
Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2014

Sábio Segundo o Mundo – Bem-vindo sejas, amigo! Aonde vais com este fardo tão pesado?

Cristão – Dizes bem. É tão pesado que nem consigo dizer o peso que tem. Dirijo-me para a porta estreita porque, segundo me disseram, lá é onde me comunicarão o modo de ver-me livre deste fardo.

Sábio – Tens mulher e filhos?

Cristão – Tenho, sim; mas este fardo preocupa-me e aflige-me tanto que já não sinto por eles o prazer que possuía outrora, e apenas tenho consciência de os possuir”.

Este diálogo esta no livro O Peregrino (p. 9), de John Bunyan (1628-1688), escrito enquanto estava preso por pregar a Bíblia sem ter uma licença.

É um livro religioso muito considerado, tem mais de 330 anos. Só agora baixei-o na internet e estou lendo. São as aventuras e desventuras de um homem comum carregando um enorme fardo. É uma história de muita inocência, mas tem uns trechos que nos faz refletir, como este. O personagem Sábio segundo o Mundo – uma expressão para designar uma pessoa culta mas sem fé – lhe pergunta: “Tens mulher e filhos?”. Ele responde afirmativamente e diz algo que é um grande problema na vida dos homens e mulheres que já têm filhos: “este fardo preocupa-me e aflige-me tanto que já não sinto por eles o prazer que possuía”.

Ele não quer mais levar às costas este tremendo peso, e uma das razões é que quer gozar a vida em família. Não quer viver sempre às volta com problemas e obrigações deixando a vida passar e sem nem ver os filhos crescer – afinal, uma das razões de estar vivendo.

Um outro personagem que não aparece neste pedaço – o Sr. Evangelista - lhe indica um jeito de se livrar de tamanho peso: “Dirija-se para a porta estreita onde te indicarão o modo de ver-se livre desta fardo”. Ainda estou no começo do livro, mas já deu pra ver que Cristão vai ter muita dificuldade de encontrar a tal porta.



publicado por joseadal às 00:14
Sábado, 04 de Janeiro de 2014

“O decisivo na fotografia continua sendo a relação entre o fotógrafo e seu instinto. Camille Recht usa uma bela imagem: ‘O violinista precisa para produzir um som, procura-lo e acha-lo com a rapidez do relâmpago então o som ressoa. Um bom instrumento é importante para um belo resultado, mas é o músico, tanto quanto o fotógrafo, que cria o belo’. É o caso de Eugene Atget (1857-1927). Foi o primeiro a arejar a atmosfera sufocante das fotografias.

Ele buscava os detalhes perdidos ou escondidos e, por isso, suas imagens têm uma ressonância exótica, majestosa e romântica.

Os lugares que fotografou não são solitários, mas Atget conseguia esvaziar a cidade, privá-la de sua atmosfera agitada” - Walter Benjamin, em Magia e Arte(p.105).

O bom fotógrafo é o que se dá conta da cadeia de montanhas ao fundo de uma cena. Mas, mais do que isto, ele descobre o ponto exato em que as sombras terão mais destaque e o instante em que um sorriso se coaduna melhor com o panorama.

Benjamin o diz de uma maneira difícil: “Retirar o objeto do invólucro em que está, desvelando sua aura, é uma percepção, é a capacidade de captar o ‘semelhante’ no meio de um mundo de coisas, registrando um fenômeno único”.

Ele compara o ciclista que volta para casa com a câmera cheia de fotos da pedalada à um caçador: “O amador que volta para casa com inúmeras fotografias não é muito diferente do caçador regressando com vários animais e aves abatidos”.

Ele cita Trintan Tzara: “Quando o fotógrafo acendeu sua lâmpada de mil velas [o flash] e o papel sensível a luz absorveu os contornos de um objeto, ele tinha descoberto o poder de um relâmpago terno e maravilhoso que encheu nossos olhos de prazer”.

Por isso a câmera precisa estar sempre a mão para flagrar o momento especial e cheio de mágica.    



publicado por joseadal às 17:27
Quarta-feira, 01 de Janeiro de 2014

“Olhando a multidão, Jesus sentiu pena das pessoas, pois eram como ovelhas sem pastor”.

Essas palavras iniciam um capítulo revelador no livro O Leão que Ruge ao Longo do Caminho (p.144). “Todos somos como ovelhas [assustadiços e tolos] e necessitamos de um pastor que nos conduza”.  

A exortação do papa Francisco, Evangelii Gaudium, diz logo no início (e chamou muito a atenção da mídia): “O grande risco do mundo atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida”.  Assim, fica uma pessoa que é como ovelha, levada para qualquer lado que a toquem.

 

Mas o livro diz que podemos ser dois em um, isto é, ovelha e pastor: “O Senhor Jesus te pede para ser também um pastor. A mãe precisa pastorear os filhos e o marido. O marido deve pastorear os filhos e a esposa. O namorado pastorear a namorada e vice-versa. O aluno pastorear o professor e vice-versa. O trabalhador o seu supervisor e o contrário também é verdadeiro. Se você não se achar capaz de fazer algo, pelo menos reze pelos outros”.

Contudo, há sempre um perigo: “O diabo sempre pode te atacar e fechar tua boca e teus ouvidos impedindo-o de falar e de ajudar. Porém, todos nós nos encontramos em uma situação em que podemos proclamar Jesus como o único Salvador”.   



publicado por joseadal às 17:50
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