Quinta-feira, 25 de Dezembro de 2014

Ontem á tarde, 24/12/2014, depois de ajudar nos preparativos das respectivas ceias, eu e meu amigo João Ademar fomos pedalar levando uma ceia simples e gostosa para um casal que vive sozinho no meio de um sertão.

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O céu estava cheio de nuvens carregadas. João falou: Como é que o avião atravessa uma nuvem daquela? Como é que se forma a nuvem? Subimos a serra e conversávamos.

Os velhos (2).JPG

 

E não é que hoje, almoçando o “enterro dos ossos”, sem Lili que ainda estava satisfeita com a ceia de ontem, li um capítulo do livro Atmosferas Planetárias cujo o tema é o mesmo do assunto de ontem, O Crescimento das Gotas nas Nuvens.

“São duas as mais importantes espécies de nuvens, cúmulos e estratos. As nuvens-cúmulos estão associadas com correntes ascendentes de ar quente e são isoladas. Tem pequena extensão, até 10 km, mas podem atingir alturas de 15 km. Os ventos verticais dentro dessas nuvens podem atingir 30 m/s ou 1.080 km/h”.

Explica que uma gota se forma quando moléculas de água se agregam a um grão de poeira. Diz que nas nuvens-cúmulos, por sua altura, a densidade de moléculas é maior e forma gotas grandes.

“Uma gota grande desce a velocidade de 2,6 km/h, lutando contra a força do vento ascendente. Essa gota absorve todas as gotas menores em sua linha de descida e vai aumentando de tamanho. Esse fenômeno é denominado, coalescência. Numa nuvem de 15 km de altura essa queda leva 5 horas e o processo de absorção faz a gota continuar a crescer até que na base da nuvem tem 2,5mm. Gotas com esse raio são típicas nos aguaceiros ou pé-d’água”.

“As nuvens-estratos tem base com extensão de 1.000 km, pouca altitude e suas gotas são pequenas. Formam as chuvas amenas que caem sobre um estado ou vários estados ao mesmo tempo”.

Por razões que tem  a ver como desmatamento na Amazônia e o aquecimento da atmosfera as nuvens-cúmulos estão se tornando mais comuns e o que vemos ultimamente são as chuvas destruidoras, torrenciais.

Os velhos (23).JPG

 

Não se engane, é hora de fazer mais pelos outros e querer menos para nós mesmos.   



publicado por joseadal às 19:48
Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2014

Foi aos pouquinhos, três quatro páginas por dia, mas terminei de ler o livro Teologia e Negritude, de José Geraldo da Rocha. E aprendi muito. Na p. 210, diz: “O enegrecimento da teologia é uma tarefa fundamental se realmente acreditamos que o Deus da vida se encarnou e se incluiu na cultura de todos os povos”.

Dividindo por partes: Teologia – é o estudo sistemático da divindade (sua essência, existência e atributos); Enegrecimento – é incluir a cultura africana no estudo de Deus.

Se Jesus Cristo, que para os cristãos foi Deus vivendo como homem, ordenou: Fazei discípulos de todas as nações e se Paulo, um apóstolo dEle, ensinou: Sou judeu quando prego a judeu e gentio quando vivo entre eles; então “temos de falar para o povo negro com uma linguagem compreensível a ele". Isto é enegrecer nossa visão do mundo. “O povo negro, por razões históricas, faz uma experiência particular de Deus”.

Percebi isto quando assisti a missa com motivos africanos na festa de Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Piedade do Rio Grande, MG. Confesso que cada passa que dei naquela noite fantástica foi uma descoberta. Cada atitude dos negros da Irmandade de Nossa das Mercês me era estranho, diferente do que conhecia, da minha cultura portuguesa.

PiedadeRGrande (59).JPG

 

Mas foi belo e ganhei respeito pelo saber dos negros. Você precisa vivenciar isso, também. Além da necessidade que tem de ler mais.   



publicado por joseadal às 09:41
Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2014

Vou te contar...

- Zé, você é o mestre do plágio. Esta frase é de uma poesia do maestro Tom Jobim:

“Vou te contar

Os olhos já não podem ver

Coisas que só o coração pode entender

Fundamental é mesmo o amor

É impossível ser feliz sozinho”.

https://www.youtube.com/watch?v=vpLLKvDAXNI

Ia dizer que lembrei dessa música ao ficar sabendo o Grande Silêncio.

- Diga logo, Zé, o que é esse tal de Grande Silêncio.

Na década de 1930 os astrônomos começaram a usar uma nova descoberta da física, antenas para captar sons vindos de toda parte do Universo.

arecibo antena.jpg

 

Então, a mais de 80 anos pesquisadores ficam com ouvidos e olhos presos aos mostradores e alto-falantes esperando ouvir um sinal, um: Alô, você está aí?

- E já receberam alguma mensagem, Zé?

Não, eles só ouvem a estática do universo, o barulho da criação do mundo e de grandes explosões de estrelas.

- Então, Zé, o que significa o Grande Silêncio?

Duas coisas, uma boa e outra má. A má é que apesar do Universo ter bilhões de planetas (corpos que não estão a uma temperatura que emita luz) não há seres inteligentes neles.

O cientista Enrico Fermi, um dos inventores da bomba atômica, já havia pensado o que se chamou de Paradoxo de Fermi. "Ele diz que estamos sozinhos no vazio do universo, ou que somos os primeiros de uma nova população de civilizações que só agora estão surgindo devido a uma mudança cosmológica. Mas como a vida não é fácil, não se anime de que tenhamos outros irmãos fora da Terra”.

Veja a página http://hypescience.com/cade-os-aliens-sera-que-e-hora-de-aceitar-que-nao-estamos-sozinhos-no-universo/

- Aí, Zé, então estamos naquela condição descrita pelo poeta: É impossível ser feliz sozinho.

sozinhos-na-via-lactea-838x558.jpg

 

 

A boa notícia é que se aconteceu na pequenina Terra a grande maravilha da formação da vida, é sinal de que somos filhos, fomos planejados, temos um Pai.

- Essa é a conclusão certa, Zé?

Pense: se estivéssemos recebendo visitas de aliens, irmãos de outros mundos, vidas que surgiram por acaso, isso era uma prova de que não precisamos de Deus para estarmos aqui. Mas se estamos sós, a vida é uma milagre raríssimo e a vida inteligente é única (somos os únicos feitos a imagem de Deus), então – Aleluia – Deus existe!!!

- Que bom, Zé, saber que não estamos sozinhos.



publicado por joseadal às 10:29
Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2014

Estou lendo um livro escrito em  1951 por Louis Bromfield.

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- Zé, que troço velho! Será que pode ensinar alguma coisa para quem vive no século XXI?

Na p. 19 encontrei este pensamento: “De vez em quando, exatamente no momento em que se está para começar a ver com clareza uma situação, vemo-nos cercados de preocupações. É como se fosse uma enchente cheia de destroços, com toda sorte de escória, mas como os olhamos separadamente tornam-se todos terrivelmente importantes”.

E assim está acontecendo agora, na segunda década do século XXI, todos dizem que estão sem tempo para refletir em sua fé, em quem é realmente. Todo mundo está cercado de mil preocupações importantes. Mas quem cai numa cama de hospital sem poder se levantar e sair, e olha o que o mantinha numa roda-viva, vê que na quase totalidade é tudo refugo.

“Tanta gente em nosso meio tem receio de se ver a sos, porque a solidão permitiria que pequenos pensamentos se infiltrassem e com eles dúvidas corrosivas. Esse homem ou essa mulher, com um senso ampliado, veria com inanidade horrível que a maior parte do que faz nada lhe soma, e que está meramente matando o tempo até morrer”.

- Esse cara é duro no que fala, Zé. Pode ver que naquele tempo não existia a obrigação de ser “politicamente correto”.

Para deixar o blog mais suave: Olha que coisa mais linda, uma cestinha feita de chocolate para servir de enfeite e atrás um chapéu feito de massa comestível, obras de minha amiga Celma, sua página no Facebook é Anselma Fonseca Almeida, entre lá e veja que belas coisas ela faz.

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publicado por joseadal às 00:44
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