Lendo a Bíblia com Lili todas as noites ela pediu para lermos sobre os antigos reis de Israel. Então começamos a ler o livro de 1° Samuel onde o profeta e juiz Samuel é instado pelo povo a ungir um rei, “como tem todas as nações”. Por inspiração divina ele ungiu Saul. Lili ficou triste quando o jovem homem alto e bonito errou feio: “E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. (1 Samuel 13:8-9)” Logo depois chega Samuel e o repreende porque faltou fé a Saul.
Em que consiste a fé que uns dizem ser um dom de Deus e outros quem tem de ser buscada? Estas perguntas um jornalista fez, e eu também faria, a João Paulo II: Ele respondeu assim, está no livro Não Tenham Medo.
“A antiga definição do catecismo é ‘admitir como verdade o que Deus revelou e a Igreja nos oferece para crer’. Mais recentemente, no Concílio Vaticano II, foi publicado a constituição Dei Verbum que diz: ‘Aprouve a Deus, na sua bondade e na sua sabedoria, revelar-se e fazer conhecer o mistério de sua vontade pelo Cristo, Verbo Encarnado. Deus, que é invisível, na imensidade de Seu amor, se dirige aos homens como a filhos e conversa com eles. Na Revelação é Deus que se comunica. Tem o caráter de graça, de dádiva, de uma pessoa para outra. Uma comunhão de pessoas. O homem deve trazer Àquele que se revela a submissão completa da sua inteligência e de suas emoções. O homem se confia a Deus por obediência de fé. À Revelação pela qual Deus Se comunica supõe um dom recíproco do homem que de algum modo se dá também a Deus”.
Coisa poderosa é a fé que pode mover montanhas. João Paulo conclui: “É no amor que se consegue o abandono confiante a Deus, de que a fé é o prelúdio".
É preciso uma revelação, a ideia, a descoberta, de Que Deus vive, depois é se despir de todo “só se” e mergulhar de cabeça nas promessas dEle.