Ontem á tarde, 24/12/2014, depois de ajudar nos preparativos das respectivas ceias, eu e meu amigo João Ademar fomos pedalar levando uma ceia simples e gostosa para um casal que vive sozinho no meio de um sertão.
O céu estava cheio de nuvens carregadas. João falou: Como é que o avião atravessa uma nuvem daquela? Como é que se forma a nuvem? Subimos a serra e conversávamos.
E não é que hoje, almoçando o “enterro dos ossos”, sem Lili que ainda estava satisfeita com a ceia de ontem, li um capítulo do livro Atmosferas Planetárias cujo o tema é o mesmo do assunto de ontem, O Crescimento das Gotas nas Nuvens.
“São duas as mais importantes espécies de nuvens, cúmulos e estratos. As nuvens-cúmulos estão associadas com correntes ascendentes de ar quente e são isoladas. Tem pequena extensão, até 10 km, mas podem atingir alturas de 15 km. Os ventos verticais dentro dessas nuvens podem atingir 30 m/s ou 1.080 km/h”.
Explica que uma gota se forma quando moléculas de água se agregam a um grão de poeira. Diz que nas nuvens-cúmulos, por sua altura, a densidade de moléculas é maior e forma gotas grandes.
“Uma gota grande desce a velocidade de 2,6 km/h, lutando contra a força do vento ascendente. Essa gota absorve todas as gotas menores em sua linha de descida e vai aumentando de tamanho. Esse fenômeno é denominado, coalescência. Numa nuvem de 15 km de altura essa queda leva 5 horas e o processo de absorção faz a gota continuar a crescer até que na base da nuvem tem 2,5mm. Gotas com esse raio são típicas nos aguaceiros ou pé-d’água”.
“As nuvens-estratos tem base com extensão de 1.000 km, pouca altitude e suas gotas são pequenas. Formam as chuvas amenas que caem sobre um estado ou vários estados ao mesmo tempo”.
Por razões que tem a ver como desmatamento na Amazônia e o aquecimento da atmosfera as nuvens-cúmulos estão se tornando mais comuns e o que vemos ultimamente são as chuvas destruidoras, torrenciais.
Não se engane, é hora de fazer mais pelos outros e querer menos para nós mesmos.