Quarta-feira, 16 de Outubro de 2013

Há dias venho lendo A Origem da Arte. Nele Martin Heidegger tenta explicar o que torna uma obra um objeto artístico (está em espanhol). "Teniendo en cuenta la delimitación de la esencia de la obra, según la cual en la obra está en obra [em produção] el acontecimiento de la verdad, podemos caracterizar la obra en obra como el dejar que algo emerja".

Quer dizer o mestre filósofo alemão que uma obra - uma música, uma pintura ou algo escrito - é arte quando não revela tudo, deixa algo só transparecer e nos faz pensar, refletir. Quando um artista vai construíndo artesanalmente um objeto, o dom denominado arte faz emergir dele símbolos, beleza e verdade:

"El llegar a ser obra de la obra es una manera de acontecer la verdad. En la esencia de la verdad reside todo".

Uma pintura, um poema ou uma escultura quando é uma obra de arte tem a capacidade de nos ensinar um tanto, um aspecto, da verdade. Nos versos de Vinícius de Morais:

"posto que é chama,

mas que seja infinito enquanto dure",

ensinou à geração que viu surgir o rock' roll, e que vivia cheia de culpa - por ter jurado amor eterno e passado pela dura realidade da separação - o que era verdade quanto ao amor romântico. Assim é a arte, desvenda.



publicado por joseadal às 12:15
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