A comediante Mara Manzan, como a suburbana Odete da novela O Clone dizia que no piscinão de Ramos "cada mergulho é um flash". Um evento trivial, inúmeras vezes repetido, para quem é simples de coração é sempre fabuloso e merece um flash.
Milan Kundera, no livro A Insustentável Leveza do Ser pensa diferente: "Se cada segundo de nossa vida deve se repetir um número infinito de vezes, estamos pregados na eternidade como Cristo na cruz. Que idéia atroz! Isso é o que fazia com que Nietzsche dissesse que o conceito do eterno retorno é o mais pesado dos fardos".
Mas o escritor dá mil volteios e logo está dizendo: "Um fardo pesado nos esmaga, nos faz dobrar até o chão, mas na poesia amorosa de todos os séculos a mulher deseja receber o peso do corpo do seu homem. Então, quanto mais pesado o fardo mais próximo da terra coloca nossa existência e mais real e verdadeira ela se torna". (na foto eu em um trabalho banal, mas como é bom, o repetiria pela eternidade)
E você, o que pensa sobre a vida eterna, a imortalidade? Deseja-a como a noiva anseia pelo peso de seu noivo sobre seu corpo ou pensa nela como uma cruz insustentável?