Peguei o finalzinho de um filme brasileiro, nem o nome sei, mas contava de jovens que se envolveram com a marginalidade uniformizada. Como fundo musical dos créditos do filme Nelson Cavaquinho cantava com sua voz de cana-rachada O Sol há de Brilhar mais uma Vez. E sua letra singela repetia o que li hoje à tarde no início da Encíclica do papa Francisco, Lumen Fidei: “No mundo pagão, com fome de luz, tinha-se desenvolvido o culto do deus Sol, Sol Invictus. Mas o sol não ilumina toda a realidade, sendo os seus raios incapazes de chegar até às sombras da morte. Conscientes do amplo horizonte que a fé lhes abria, os cristãos chamaram a Cristo o verdadeiro Sol, ‘cujos raios dão a vida’. À Marta, em lágrimas pela morte do irmão Lázaro, Jesus diz-lhe: ‘Eu não te disse que, se acreditares, verás a glória de Deus?’” A luz mais brilhante.
Nelson compôs assim, escuta aí: https://www.youtube.com/watch?v=rgcTGJQNNe8
(assim raiou i doa em que subimos ao pido dos Marins, em Piquete, SP)
Mas será que nosso tempo ainda se preocupa com “essa luz”? “Nos tempos modernos, pensou-se que tal luz poderia ter sido suficiente para as sociedades antigas, mas não servia para os novos tempos, para o homem tornado adulto, orgulhoso da sua razão, desejoso de explorar de forma nova o futuro. Nesta perspectiva, a fé aparecia como uma luz ilusória, que impedia o homem de cultivar a ousadia do saber”.
Dá pra acreditar que “o sol há de brilhar mais uma vez”?