Terça-feira, 19 de Março de 2013

Jesus já havia morrido há 400 anos, mas a doutrina cristã continuava se espalhando firmemente pelo mundo. Surgiram conflitos. O bispo de Constantinopla, Nestório, mantinha um cruento debate teológico: Jesus era Deus num corpo humano ou estava encarnado (completamente mesclado o carnal com o espiritual) nele?

“Nestor (Nestório) dizia que se Cristo fosse uma única pessoa, portanto se Ele fosse apenas um ser Divino a condição de viver na terra significaria uma diminuição da Divindade. A divindade estaria diminuída e limitada por assumir a condição humana. Nestório ensinava que havia duas pessoas num mesmo ser, a pessoa humana sendo Jesus e o Verbo Divino sendo Cristo. Assim o filho de Deus não se tornara um homem, mas tinha sido unido a um Homem nascido de Maria”.

No ano seguinte a morte de Santo Agostinho o papa Celestino I autoriza uma reunião de bispos para discutir este ponto doutrinal. É realizado, em 431, o Concílio de Éfeso, presidido pelo bispo de Alexandria, Cirilo. O ponto de vistas da maioria dos bispos era de haver duas naturezas complemente separadas em Cristo, embora que se aporesentassem unidas num único alguém". Baseavam-se em palavras da Bíblia como a do profeta Isaias (7:14): "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel (que quer dizer Deus Convosco)". Ou Paulo na carta aos Filipenses (2:5-7): "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens". Jesus era Deus entre a humanidade. 

A Igreja Católica realiza um concílio quando a opinião do povo comum se afasta do pensamento teológico, naquela ocasião o grande entrave era que “no seio do cristianismo discutia-se muito se Maria era ou não era divina. Havia uma tendência esmagadora de admissão de que a Virgem Maria não era uma mulher como as demais. Este pensamento sobre a natureza de Maria estava tomando vulto, mas os cristãos orientais temiam que Ela viesse a ser considerada uma Deusa, especialmente os judeus cristãos”.

Assim, já naquele tempo, o católico se dirigia a Maria como mãe santíssima e mãe de Deus. Esta era a voz do povo. Os bispos entenderam que essa era a vontade de Deus, que o ser humano na sua vagarosa ascensão ao espiritual precisava da figura maternal, necessitava para sua fé de venerar uma mulher exemplar. Perceberam, então, um mistério, aquela jovem fora preparada pelo Criador de tudo para receber o divino em seu corpo. Daí, este Concílio, o de Éfeso, tendo decidido que Jesus era Deus aprovava a devoção dos cristãos que dedicavam a mãe de Jesus o título de mãe de Deus.

A igreja que continuou a obra de Cristo sofreu um desvio ou continua ligando as coisas da Terra as do céu?

A oração Ave Maria foi criada em 1508, perto da descoberta do Brasil.  

http://www.laerciodoegito.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=161:concilio-de-efeso&catid=54:concilios&Itemid=117 



publicado por joseadal às 02:10
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