Terça-feira, 14 de Agosto de 2012

Morris West (1916-1999) foi um grande romancista, li quase todos os livros dele. Um deles li três vezes e está lá na estante me esperando. Agora recomecei Os Fantoches de Deus, não por acaso coincidindo com que estamos lendo na Bíblia, Lili e eu.

É a história de um papa no centro do Apocalipse. Ele tem uma visão do caos na Terra e escreve uma encíclica para orientar os católicos e todos os humanos. “Nos tempos de calamidade universal as estruturas tradicionais da sociedade não sobreviverão. Haverá uma luta implacável pelas mais simples necessidades da vida, como comida, água, combustível e abrigo. As grandes sociedades urbanas vão se fragmentar em grupos hostis uns com os outros. Será difícil manter a fé nas Promessas do Senhor até o fim”. 

É uma profecia, mas é só uma confirmação do que os cientistas e ecologistas veiculam na mídia todos os dias. Na encíclica o papa dirá: “Devemos dividir-nos em pequenas comunidades, cada uma capaz de manter-se por si mesma, com fé comum e caridade mútua. O testemunho dos cristãos deve ser evitar o egoísmo e estender a caridade para abranger os de outra fé. Isto significa ajudar os aflitos e partilhar os recursos minguados com aqueles que passam maiores privações. Devem eleger seus mestres e ministros mantendo a integridade ao Verbo e continuando a administrando da eucaristia”.

O Apocalipse não acontece de um dia para o outro. A mudança no clima do planeta que vai tornar escassa a água potável e tornar as monoculturas impraticáveis deve provocar fome, lutas violentas e completa falta de amor e fé. Tudo acontecerá insidiosamente, mas os sinais das mudanças serão evidentes. Nosso Senhor Jesus avisou há muito tempo (Mateus 24:27): “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem”. Ninguém poderá alegar que não sabia, vamos ver na televisão todos os dias (Mateus 24:7-13): “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”.

No livro o papa é obrigado a abdicar e se exilar em um mosteiro, enquanto o mundo vai piorando, mas ao mesmo tempo ficando mais cheio de supérfluos e alargando a diferença dos abastados para os necessitados. Precisamos ficar expertos.



publicado por joseadal às 01:16
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