Sexta-feira, 26 de Abril de 2013

É difícil pensarmos em como era o mundo quando o Brasil foi descoberto, isso já tem 500 anos. É tempo pacas. É História, uma ciência que talvez você não tenha aprendido a gostar. Mas em Mitologia Grega, do profesor Junito de Souza Brandão, toma-se contato com o pensamento dos homens há 30.000 anos! Foi lá que a psique humana se povoou de arquétipos. Vou te contar uma ou duas coisas que aprendi lendo hoje cedo.

Os cornos, os chifres, são signos cheios de significados. Sabe aquele sinal dos metaleiros?

“Um dos amuletos mais poderosos é uma variante da figa, a mão cornuda, os dedos indicador e mínimo estendidos e os outros dobrados, simulando um chifre. É de uso imemorial. Jung com sua perspicácia percebeu uma ambivalência no simbolismo dos cornos. Os dedos esticados representam o princípio ativo masculino, a força, o poder e a penetração. Os dedos dobrados entre os outros dois representam o princípio feminino, a abertura, a receptividade e a sensibilidade” (p.263). Um cara pank pode não se dar conta mas é igualzinho a um caçador com sua lança de ponta de pedra, nos começos da raça humana, fazendo um sinal para a fera antes de enfrenta-la.

- Zé, foi bom você puxar esse assunto. Agora me diga o que significa a mulher botar chifre no marido?

“No tocante a corno, como epíteto do marido enganado (por chifres nele) é uma antífrase, uma afirmação por meio de negação, está dizendo que a vítima não tem poder”. A mulher traidora, na verdade está pedindo: queria tanto, meu marido, que você fosse poderoso como Ricardão! Chico Buarque falando lindamente disso com uma música muito bela de Francis Hime, Atrás da Porta. Escuta só:

http://www.youtube.com/watch?v=U5WLtl3usyo

Não tem como negar, o adultério é tão antigo quanto os homens e as mulheres. E é bom lembrar que até hoje, Deus, o Criador, não se acostumou com isso. Mais sério ainda, Nossa Senhora sente, em seu coração materno, ainda mais forte esta intemperança humana.

Outra coisa, os religiosos tradicionalistas, que tomam a Bíblia ‘ao pé da letra’, ou fazem uma interpretação sem profundidade, dizem que a Igreja Católica, a igreja de Cristo, é a prostituta babilônica do Apocalipse, entre outras coisas porque adotou vários símbolos babilônicos em sua adoração. Mas os sacerdotes da Mesopotâmia, há 5.000 anos, também copiaram esses signos, como o poder dos chifres, de eras imemoriais. O altar para sacrifícios no templo de Salomão, que foi construído segundo orientação divina, também tinha o símbolo arcaico dos chifres:

“Os quatro cornos do altar dos holocaustos designavam a extensão ilimitada do poder de Deus, seu Espírito ocupando as quatro direções do espaço”, em nosso universo de matéria, tridimensional .

Sem falar nas cabeças de bois levantadas em estacas, nas fazendas: “Erguendo-se a cabeça bovina e seus chifres de um ponto que domine a plantação, tem-se um excelente amuleto contra pragas, infertilidade dos animais (e porque não dizer, do fazendeiro e sua família) e protege contra o mau-olhado”. (os colegas Marcinho e Pedroso, no final da trilha do Chifre, um caminho que rodeia Santa Izabel do rio Preto, RJ)

Não é demonismo, os símbolos são aprendizados humanos, é a cultura da raça que domina a Terra por agora.



publicado por joseadal às 13:38
mais sobre mim
Março 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

blogs SAPO