“Estamos sempre escolhendo. Às vezes mal, às vezes bem. Essa é a nossa maneira de ser, de aprender, em nossa vida na Terra. Essas escolhas estão inseridas no tempo e no espaço”.
Peguei o pequeno livro Os Acontecimentos Finais, escrito pelo padre beneditino Dom Cipriano Chagas, na biblioteca de uma capela onde há reuniões de cristãos, na maioria jovens, num bom exemplo de renovação. Nesta seguinte passagem se vê quão é vital as escolhas que fazemos:
“Quando uma escolha é por Deus, dentro dos ditames Dele, fica-se mais forte para que a próxima decisão também seja para o bem e para a vida. O inverso também é verdadeiro. Cada escolha que se faz traz em si a força da que se fez anteriormente”.
Se o que se faz despreza Deus e suas leis, fica-se mais fraco para enfrentar a seguinte opção. Cada alternativa que decidimos nos fortalece e nos enfraquece. Se em determinado momento e lugar escalamos o mal para nós na próxima encruzilhada o caminho errado será a opção mais fácil e eleger o bem ficará mais difícil. Porém, nunca se fica completamente perdido já que “a cada momento se abrem possibilidades novas”.
Quando se faz mountain bike e se chega numa bifurcação o caminho que o ciclista segue é invariavelmente o mais difícil, de preferência uma subida.
“Nossa vida deveria ser como subir uma montanha. Há que despender um grande esforço, mas lá em cima, quando se olha para trás tudo aquilo que já se ultrapassou nos enche de entusiasmo. Quanto mais se sobe, mais novas coisas há para se ver”. Observe agora o que ele diz: “Isto quer dizer que não se pode jamais esperar a plenitude do ser. A plenitude está no futuro, no momento que ainda vem e sempre haverá escolhas novas. Assim é a pedagogia de Deus. Você é um ser que vai se completar no futuro. Mas não esqueça: este seu futuro está prefigurado nas escolhas feitas no seu passado e em seu presente. Ninguém é um ser acabado, mas está sempre em processo de crescimento. Quando Deus fez o homem a sua imagem tinha em mente que ele fosse crescendo até alcançar a totalidade”.
Então, como ensinam todas as crenças e ciências: não faça ‘corpo mole’. Porque ser a imagem de Deus é uma meta, é um constante buscar e escolher.