Quinta-feira, 27 de Setembro de 2012

“Estamos sempre escolhendo. Às vezes mal, às vezes bem. Essa é a nossa maneira de ser, de aprender, em nossa vida na Terra. Essas escolhas estão inseridas no tempo e no espaço”.

Peguei o pequeno livro Os Acontecimentos Finais, escrito pelo padre beneditino Dom Cipriano Chagas, na biblioteca de uma capela onde há reuniões de cristãos, na maioria jovens, num bom exemplo de renovação. Nesta seguinte passagem se vê quão é vital as escolhas que fazemos:

“Quando uma escolha é por Deus, dentro dos ditames Dele, fica-se mais forte para que a próxima decisão também seja para o bem e para a vida. O inverso também é verdadeiro. Cada escolha que se faz traz em si a força da que se fez anteriormente”.

Se o que se faz despreza Deus e suas leis, fica-se mais fraco para enfrentar a seguinte opção. Cada alternativa que decidimos nos fortalece e nos enfraquece. Se em determinado momento e lugar escalamos o mal para nós na próxima encruzilhada o caminho errado será a opção mais fácil e eleger o bem ficará mais difícil. Porém, nunca se fica completamente perdido já que “a cada momento se abrem possibilidades novas”.

Quando se faz mountain bike e se chega numa bifurcação o caminho que o ciclista segue é invariavelmente o mais difícil, de preferência uma subida.

“Nossa vida deveria ser como subir uma montanha. Há que despender um grande esforço, mas lá em cima, quando se olha para trás tudo aquilo que já se ultrapassou nos enche de entusiasmo. Quanto mais se sobe, mais novas coisas há para se ver”. Observe agora o que ele diz: “Isto quer dizer que não se pode jamais esperar a plenitude do ser. A plenitude está no futuro, no momento que ainda vem e sempre haverá escolhas novas. Assim é a pedagogia de Deus. Você é um ser que vai se completar no futuro. Mas não esqueça: este seu futuro está prefigurado nas escolhas feitas no seu passado e em seu presente. Ninguém é um ser acabado, mas está sempre em processo de crescimento. Quando Deus fez o homem a sua imagem tinha em mente que ele fosse crescendo até alcançar a totalidade”.

Então, como ensinam todas as crenças e ciências: não faça ‘corpo mole’. Porque ser a imagem de Deus é uma meta, é um constante buscar e escolher.   


tags:

publicado por joseadal às 02:59
Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012

O espírito libertário fervia no Brasil, em 1815, quando em Frankfurt um homem jovem, Arthur Schopenhauer, com 27 anos, meditava na poderosa força designada como Vontade. Em 1819 ele conseguiu publicar O Mida é uma linha, não uma superfícieundo como Vontade e Representação. Neste mesmo ano Ludwig Von Beethoven fazia executar sua Sonata º 29, Hammerklavier. Pode escutá-la clicando nesse link.

http://www.youtube.com/watch?v=8TwysjbPmus

No livro, encontrei esta passagem, hoje: “Porque, tal como o nosso caminho material sobre a terra não é uma superfície, mas uma linha, assim também na vida, quando queremos apoderar-nos de alguma coisa e conservá-la, é preciso que nos resignemos a abandonar uma imensidade de outras. Não saber resolver-se, estender, como as crianças nas feiras, a mão para tudo o que na passagem nos tenta, é uma conduta absurda, é querer mudar em superfície a vida que é uma linha: corremos então em ziguezague, como fogos-fátuos erramos e acabamos com chegar a nada”.

Há em nossa geração tanta coisa para ver, ouvir e fazer que terminamos por dizer que não temos tempo. O filósofo tenta nos fazer entender a importância de sermos firmes e fincarmos o pé naquilo que julgamos fundamentais.

“Tentemos outra comparação: segundo a teoria do direito em Hobbes, cada homem em origem possui um direito sobre todas as coisas, mas para que este direito se torne tal sobre certas coisas, é preciso que o homem renuncie ao resto; os outros farão o mesmo em relação ao que foi escolhido por ele. Não podemos perseguir seriamente e com esperanças de êxito, o prazer, a glória, a riqueza, a ciência, a arte e a virtude. Há que renunciar, de desistir, de quanto seja estranho ao escopo de nossos esforços”.

Com certeza é preciso ter fé para direcionar boa parte dos nossos esforços na busca das riquezas do espírito, como Jesus ensinou (Mateus 6:31-33 ): “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Schopenhauer, conclui: “Eis por que o simples querer e poder não bastam por si mesmos; o homem deve também saber o que quer e saber do que é capaz: então somente dará prova de caráter”.


tags:

publicado por joseadal às 01:53
mais sobre mim
Março 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

blogs SAPO