Quarta-feira, 08 de Agosto de 2012

Miriam Leitão falando do que entende bem, economia, disse na coluna dela: “A Europa devia olhar para a América Latina dos anos 1980. Não há soluções milagrosas quando as dívidas dos países não conseguem ser pagas”. Quando a despesa da gente fica maior do que o que se consegue ganhar, a coisa fica preta. Para tal mal só há duas soluções, de preferência juntas: baixar os gastos e ganhar mais. Miriam diz que as autoridades monetárias da Europa estão no caminho errado: “Quando se pede ajuste demais a um país endividado, o que ele colhe é menos capacidade de pagar porque aumenta a recessão”. Pedalando domingo ouvi uma solução mais sensata para a crise na Europa.

- Zé, não vai dizer que se aprende financeira internacional andando de bicicleta!

(na foto o luzitano J Carlos na cozinha da pousada lá no fundo da Bocaina)

O português José Carlos veio trabalhar na filial de uma empresa lusitana de construção. Num momento de descanso depois de tremendas subidas, contou-nos que lá, na Santa Terrinha, estão mandando todo mundo embora. Depois de um ano está trazendo a esposa e o casal de filhos para morar aqui. Com certa tristeza confessa que a educação pública fundamental de Portugal é muito superior a nossa. E nos pediu: “Vou precisar da amizade e das pedaladas para não ficar doente de nostalgia”.

(entrada do Parque Nacional da Bocaina, a 1.600 m de altitude)

Então, ao perguntar sobre o futuro da Europa, ele sacramentou: “A solução é os países mais fracos deixarem o Euro. Tudo ficou mais caro e o turismo de Portugal, Grécia e Espanha está descaindo. A principal fonte de receita deles”.

E não está certo, o sábio colega português? Vai um pobre andar com um rico, um Portugal com uma Alemanha! Não tem como dar certo querer manter uma aparência de quem tem uma tecnologia e um parque industrial daquele! Aqueles países não têm condições de gastar como Dinamarca, França e Alemanha. Estão indo a falência por querer viver acima de suas posses.

Miriam termina dizendo: "Na Europa teme-se uma crise ainda desconhecida, a dívida soberana de toda uma região como uma moeda só. Aqui, na passada crise latina, pelo menos cada um tinha sua própria moeda e dívida e as economias não eram tão conetadas como são agora".

(Zé e as correideiras do riacho Gavião que corre para o mar de Parati)

  

Viu como praticar mountain bike ilustra a gente? E é um esporte tão belo no qual se gasta tão pouco.   



publicado por joseadal às 02:19
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