Sábado, 08 de Novembro de 2014

Um bom título chama atenção. Foi o que aconteceu quando bati os olhos num livro de capa feia entre tantos coloridos e chamativos, Atmosferas Planetárias. Cheio de fórmulas de Física desvela o intrincado arranjo do manto que cerca a Terra e os outros planetas do Sistema Solar. Logo no começo ele avisa: “Se a temperatura da superfície terrestre fosse maior, poucos graus, do que a atual, os oceanos se evaporariam”, como deve ter acontecido a Marte. Depois, em várias páginas áridas para quem aprecia mais História do que Física fala de lei barométrica, composições atmosféricas, excentricidades das órbitas e que tais. Tudo recheado de logaritmos e estranhos símbolos matemáticos. Então, fala do que real, interessa a nossa vida. Fala do sol. “A cromosfera é uma camada de 15 km que circunda o sol e a radiação solar no comprimento de ondas curtas é oriunda dela”.

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O sol não é uma fornalha, é um forno de micro-ondas. “A radiação solar afeta a composição das atmosferas. A radiação é uma corrente de fótons, os de onda mais curta carregam mais energias”. Lembra as balas trançantes nas noites das favelas do Rio? O sol nos fusila o tempo todo com fótons. A primeira coisa que um fóton da radiação ultravioleta faz é atingir as moléculas de O², nosso oxigênio respirável, desmembrando-as em dois átomos de O. Que não nos servem diretamente. Porém, “o oxigênio atômico é altamente reativo, combina-se com outras moléculas e átomos formando diversos gases”. As “balas” de fótons continuam descendo até nos atingir.

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Elas não nos furam – são tão pequenas! – mas varando nosso corpo atingem complexas cadeias de átomos dentro da gente. E um conjunto modificado desses pode se tornar um “louco” dentro da nós, um câncer. Temos um escudo bem lá no alto da atmosfera, a camada de ozônio, uma molécula maior com 3 átomos de O. Um alvo grande assim absorve muita radiação ultravioleta. Mas, “há muito pouco ozônio na atmosfera; se toda quantidade dele fosse concentrada numa camada sob pressão de uma atmosfera ela rodearia o planeta com uma espessura de meio centímetro”. E por muito tempo a gente tirava o mau cheiro do sovaco com um gás que se juntava a radiação ultravioleta para desmanchar o ozônio (O³) em O O O, muito pequenos para parar os fótons.

- O livrinho assustador!         



publicado por joseadal às 01:11
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