Roma ainda não era a capital do mundo nem seus soldados formavam legiões, mas já era uma cidade que se espalhava por sete colinas, possuáa um comércio forte e seus artistas recebiam frequentes encomendas de estátuas para enfeitar suas praças, como a bela figura equestre da linda Valéria, filha de Valérius Publícola.
A nação dos romanos não era um reino e seu governo, com um senado forte, era bem democrático. Para dirigir o governo o povo, um grupo de cidadãos escolhidos (predecessora da assembléia de deputados) elegia um cônsul. Valério foium deles. Foi quem criou a moeda para as transações comerciais e fortaleceu os princípios democráticos a tal ponto que só aceitou ser cônsul para dirigir o povo em momentos difíceis, depois se afastava do comando. Por isto recebeu a alcunha de Publícola (homem público). Assim foi eleito cinco vezes.
Nesta época aconteceram em Roma fatos muito estranhos que, como até hoje, são atribuídos a Deus. O historiador Plutarco conta em Vidas Paralelas:
"Al año siguiente fue elegido cónsul por cuarta vez Publícola, temiéndose nueva guerra, que de parte de los Sabinos y Latinos amenazaba. Conmovió a la ciudad al mismo tiempo cierta superstición, porque todas las mujeres que estaban encinta daban a luz partos a los que faltaba algún miembro, y ninguno salía perfecto y a su tiempo. Publícola, pues, conforme a los libros de las Sibilas, hizo sacrificio propiciatorio a los dioses y restableció combates instituidos por la Pitia, con lo que puso a la ciudad más confiada en la asistencia divina; y luego volvió su atención al miedo más cierto, que venía de los hombres, porque eran grandes los preparativos y movimientos de los enemigos".
Hoje, nestes tempos em que tudo é racionalizado e as perdas são transformadas em números [Os mortos na catástrofe da serra fluminense já passam de 870] a percepção de que foi 'chuva demais, em pouco tempo e em tanta extensão de terras' acaba ficando subliminar e nós humanos continuamos não aprendendo nada sobre nossa relação com o espiritual.
Por ter sido, naquele tempo de tanta tirania, um intransigente defensor do povo ele foi muito amado pelos romanos. Pediu mesmo esta afeição: "No deje yo al morir de ser llorado; antes, al expirar, de mis amigos muestras reciba de dolor y llanto". E assim sucedeu. Conta-nos Plutarco: "Publícola, al morir, no a sus amigos y familiares solamente, sino a la ciudad toda, a muchos millares dio ocasión de sentimiento, de lágrimas y de desconsuelo; porque las Romanas todas le lloraron como si en él hubieran perdido cada una un hijo, un hermano o un padre".
Poucos políticos são estimados assim.