Elio Adriano, o imperador romano, fala das mulheres. Primeiro das 'cachorras' de seu tempo: "Ignorava quase tudo dessas mulheres. Seu amor, do qual falavam sem cessar, parecia-me tão leve quanto uma fumaça. Essas bonecas diferem em tudo das fêmeas dedicadas a casa e a família. Nascem das ruas douradas das grandes cidades, dos cubículos das lojas de roupa e do vapor úmido das sáunas. Dificilmente poderia se dissociá-las das festas e do ambiente de luxo".
É um ponto de vista bem machista que não leva em, conta que são os homens mesmo que procuram uma mulher linda e logo se cansam dela criando assim uma pessoa cínica que procura sua própria satisfação a cada romance. Mas ele procurava alguém ideal.
"Eu ambicionava mais. Queria a criatura despojada e sozinha. Um homem que lê e pensa prefere primeiro a pessoa ao sexo. No entanto minhas amantes pareciam se vangloriar de não pensar. O espírito e a alma que eu buscava ainda não era mais que um perfume".
Ele conheceu, também, o oposto, as matronas, quase sem feminilidade: "As mulheres da minha família eram econômicas e ambiciosas, sempre ocupadas com as contas domésticas e a limpeza dos móveis e da casa. Bem ou mal, eu procurava uma dama que juntasse os dois tipos do universo das mulheres".
Até hoje procuramos o mesmo, encontrar uma mulher bela e dedicada a família. Um provérbio da Bíblia diz que encontrar uma mulher assim é encontrar uma jóia muito cara. Há os que a encontram e não se dão conta disto e a perdem. Como disse o poeta: Jóia preciosa cada um deseja e quer.