Segunda-feira, 31 de Outubro de 2011

Martin Heidegger recolheu-se para pensar o que é um Ser. Logo de início percebeu que não é o corpo humano com seu aparelho respiratório e vocal quem diz: eu sou. Para entender o que é uma pessoa o filósofo deu-lhe o nome de Ser-no-mundo? "Ser-en-el-mundo, significa ser de tal manera que maneja el mundo; demorase a ejecutar, realizar y llevar a cabo, y también a contemplar, interrogar, y determinar considerando y contemplando. Está caracterizado como un 'cuidar'". Pensando, Heidegger, entendeu a pessoa que anda no meio de outras, interagindo com elas, como o Ser mesmo, mas ainda não é o Ser eu-sou.    
"Este ser-en-el-mundo, es justamente un ser-con, un ser con otros; lo cual significa: tener ahí con otros el mismo mundo, encontrarse recíprocamente, ser con otros en el modo del ser-uno-para-otro. Pero a la vez este ser-ahí está presente ante los otros como si fuera una cosa, a la manera de una piedra que está ahí sin tener un mundo ni cuidarse de él". Uma pessoa andando no meio de uma multidão não é nada, é apenas um número, como uma coisa ou uma pedra. Então, quem é o Ser eu-sou, ou ser-ahí?

"El ser-ahí no puede demostrarse a manera de un ente; tampoco podemos mostrarlo. La relación primaria con el ser-ahí no es la de la contemplación, sino la de "serlo". El experimentarse, o el habla sobre sí mismo, y a pesar de esto el ser-ahí se tiene a sí mismo. Se encuentra consigo mismo. Da consigo en aquello de lo que normalmente se ocupa". [na foto o pendão fálico de minha orquídea tigreza]

Quando se diz: eu mesmo faço isso!, sou eu na convivência com outro ser, mas quando se pensa: eu quero, eu faço ou eu desisto, estamos falando com quem está dentro deste corpo, aquele que mesmo tentando não ser egoísta se sente o centro, o umbigo do mundo.      


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publicado por joseadal às 20:41
Sábado, 29 de Outubro de 2011

Há a morte, o fim do ser, do Eu-sou?

Ainda, Martin Heidegger, diz [capricha aí no espanhol, você consegue entender]:"Este haber sido, como aquello a lo que me encamino anticipadamente, hace un descubrimiento en ese caminar mío hacia él: es el haber sido de mi mismo. Como tal pasado descubre mi ser-ahí como algo que una vez deja de estar ahí; de pronto ya no estoy entre estas y aquellas cosas, entre estas y aquellas personas, entre estas vanidades".

Sim, meu pai Gumercindo, homem inteligente e empreendedor, amealhou pela vida tanto conhecimento que quando exumei seus ossos, colocando-os numa urna e segurei nas mãos seu crânio descarnado, senti vivamente a tolice que seria um ser se acabar, nada restando dos feitos, do saber conquistado com muito esforço e da experiência adquirida, se apenas acabasse. Mas a morte, mesmo não querendo pensar nela, está nos esperando e se aproximando.

"El final de mi existencia, mi muerte, no es algo que interrumpa de repente una secuencia de acontecimientos, sino una posibilidad conocida de una manera u otra por el ser-ahí: la posibilidad más extrema de sí mismo, que él puede abrazar, apropiársela en su aproximarse. El ser-ahí tiene en sí mismo la posibilidad de encontrarse con su muerte como la posibilidad más extrema de sí mismo. Esta posibilidad más extrema de ser tiene el carácter de lo que se aproxima con certeza, y esta certeza está caracterizada a su vez por una indeterminación absoluta".

A filosofia percebe a morte como um acontecimento inevitável que o ser Eu-sou tem de enfrentar, mas o paradoxo, o mesmo que envolve o cataclismo final de nosso planeta avisado por Jesus e inúmeros profetas, é de que apesar de absolutamente certo de acontecer e impossível de evitar, "do dia e da hora (o momento exato) ninguém sabe, nem o Filho, nem os anjos, mas somente o Pai".

Então, o pensamento: viver como se este dia fosse o último de nossa vida é uma impossibilidade para o ser que vive como se nunca fosse morrer.



publicado por joseadal às 12:56
Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011

No início do século 13, quando Portugal começava a se formar como nação, quem vivia na Europa ouviu falar do "flagelo de Deus", Gengis-Kan, o profetisado anti-cristo.  

O livro de arqueologia As Civilizações da Estepe conta: "Os guerreiros mongóis aperfeiçoaram os métodos de extermínio e terror assombrando o mundo antigo e paralisando de medo os povos atacados. Todo inimigo capturado era exterminado a golpes de machado. Os poupados não tem destino mais invejável, servirão de escudos vivos durante os cercos. Os parlamentares que negociavam a rendição de uma cidade eram surrados até a morte".

Os mongóis não vinham da estepe siberiana só para vencer e saquear, não, eles matavam a população e arruinavam a cidade: "A capital do Kuahresm, um belo oásis pacientemente cultivado e com pomares irrigados teve suas muralhas derrubadas, os diques e canais arrasados, os artesãos deportados e todo resto da população masculina sistematicamente massacrada".

Um documento com o sinete do grande Kan explica que os ferozes guerreiros nômades e hábeis cavaleiros eram movidos por uma convicção: a verdadeira vida, a que  Deus determinou para os humanos, era aquela que eles levavam: livre, sem casas ou cidades ou construções que modificavam a natureza: "O céu cansou-se da arrogância e do luxo da China e dos turcos. Eu, Gengis, permaneço na região selvagem do norte onde o homem encontra condições que impedem o nascimento da cobiça e dos maus desejos. Eu prefiro a simplicidade, condeno o esbanjamento e insisto na moderação. Por isto recebi o apoio do Céu e obtive a dignidade suprema". todo ódio dos guerreiros mongóis era também "pelo modo de vida sedentário dos povos urbanos e dolentes".

Hoje, quando tantos estudiosos atentos dizem que precisamos simplificar nosso modo de viver pois a humanidade está mexendo demais com a natureza, ler sobre a fúria dos nômades mongóis contra um estilo de vida com muito desperdício ganha outra compreensão.     



publicado por joseadal às 01:39
Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

Comecei a reler A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, o romance entre um médico e uma fotógrafa durante a invasão de Praga pelo exército russo. Na primeira página ele fala da fugacidade da vida. "O mito do eterno retorno é uma idéia misteriosa e Nietzsche nos diz, por negação, que a vida que desaparece não mais voltará, que é semelhante a uma sombra, não tem peso. Uma vida não deve ser considerada mais importante que uma guerra entre dois povos africanos [este Milan não conseguiu esconder seu preconceito contra os negros, achou esta imagem mais forte do que dizer: dois povos na Mesopotâmia] há muitos séculos. Não alterou em nada a face do mundo apesar de trinta mil negros terem encontrado nela a morte através de indescritíveis suplícios".

Kundera tropeça em paradoxos. Sea  vida e "nosso amor é fugaz", como diz a música de Marina Lima, por que se leva tão a sério um crime?

"Digamos, portanto, que a idéia do eterno retorno designa uma perspectiva na qual as coisas nos aparecem diferentes de como as conhecemos, elas retornam sem as circunstâncias atenuantes de sua fugacidade".

Mesmo em nosso cotidiano repetitivo as coisas não voltam iguaiszinhas, sempre há um detalhe que nos impede de concordar inteiramente com Chico Buarque: "todo dia ela faz tudo sempre igual".

"Como condenar o que é efêmero? As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia, inclusive uma guilhotina [ele cria cada imagem!]". E, sei lá, condenando as crenças na ressurreição e na reencarnação ele diz: "Essa reconciliação com o mal, até com Hitler, trai a nossa perversão moral inerente e afirma que o mundo está fundado essencialmente sobre a inexistência do retorno, pois neste mundo tudo é perdoado".

Concorda com ele? A lembrança que me ficou da primeira leitura é de que o livro é bom, então vou virar a página e continuar a leitura.              


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publicado por joseadal às 01:22
Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

Em seu aprendizado contínuo, os humanos se depararam com problemas de difícil elucidação, mas talvez o mais complexo seja a compreensão de quem ele mesmo é. O pensador Heidegger diz "Hemos de asumir una dificultad mucho más grave que la derivada de la limitación del conocimiento humano. La perplejidad en la comprensión del ser-ahí no se funda en la limitación, en la inseguridad y en la imperfección de nuestra capacidad cognoscitiva, sino en el ente mismo que ha de ser conocido; se funda en una posibilidad fundamental de su ser".

O que complica nossa visão clara da pessoa que habita em nós mesmo, tão multifacetada, não é que nossa inteligência seja limitada ou porque há assuntos que nos estão vedados. Como diz alguém: não é pra saber. Heidegger diz que a dificuldade em entender o Eu sou é sua mutabiliddade.  
"Cómo podemos captar este ente en su ser antes de que él alcance su fin? El hecho es que yo estoy siempre en camino con mi ser-ahí . Siempre hay algo que todavía no ha terminado. Al final, cuando ese algo no falta, el ser-ahí ya no es. Antes de este final nunca es estrictamente lo que puede ser; y cuando es lo que puede ser, entonces ya no es".

Complicado, não é? Em nenhum momento sabemos quem somos porque estamos em constante mutação. Heidegger afirma que só com a morte o ser mesmo consegue apreender, 'segurar com as mãos', quem ele é, mas aí já não é, ele (Eu mesmo) fui, não sou mais. Mas de uma coisa os pensadores têm certeza, temos em nós um "ser-ahí", um Eu sou, em interminável aprendizado.


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publicado por joseadal às 01:30
Sábado, 22 de Outubro de 2011

Certa vez Jesus contou uma parábola para ilustrar a alegria de se encontrar o que estava perdido (Lucas 15:8-10):"Qual a mulher que, tendo dez moedas de prata e vindo a perder uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura com cuidado até encontrá-la? E quando a encontrou, ela reúne as suas amigas e vizinhas e lhes diz: ‘Alegrai--vos comigo, pois reencontrei a moeda que tinha perdido!’ É assim, eu vos digo, que há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converta".

Lembrei-me dela ao ler o livro Enigmas da Arqueologia: "Num sábado de julho de 1959, dois operários trabalhavam quebrando uma calçada numa avenida importante na cidade portuária de Pireu, na Grécia. A britadeira arrancava lascas de concreto e poeira. Logo atacavam a terra endurecida sob o calçamento quando fez-se silêncio. Os dois homens abaixaram-se olhando uma mão de bronze no meio da areia, curiosos acorriam para ver a descoberta. Chamados, um professor de arqueologia e seus alunos assumem a tarefa de desenterrar a peça histórica. À medida que prosseguia a escavação seu tamanho chamou a atenção. Era uma obra colossal cujo estado de conservação parecia perfeito".

A estátua de um belo jovem nu media 1,92 m, mas não estava só, repousava sobre uma escultura de Atena com capacete que media 2,30 m, e a seu lado estava outra, de Artemis, com 1,20 m. Logo abaixo uma imagem feminina em mármore, depois uma máscara em bronze representando a Tragédia e uma pedra tumular gravada com a cabeça de Hermes. A escavação avançou para o meio da avenida e se aprofundou deixando a mostra um quarto de 6 m².

"Sem dúvida nenhuma se tratava de um pequeno depósito do velho porto. Concluíram que os magníficos bronzes haviam sido armazenados ali para um próximo embarque. Um detalhe chamou atenção dos arqueólogos, as peças estavam recobertas de cinzas e cacos de telhas. Portanto, um drama, um incêndio interveio antes que as estátuas fossem embarcadas". 

A pergunta que todos faziam era: quando aconteceu isto? Lembra da parábola de Jesus, da moeda perdida? Então continue lendo o relato.

"Uma moeda foi encontrada com as estátuas. Era o indício para precisar a data em que foram soterradas. A moeda trazia a representação de Atena em uma face e a de Zeus na outra. Os numismatas [estudiosos de moedas] logo reconheceram o dinheiro mandado fundir pelo rei ateniense Mitridates entre 87-86 a.C. Os historiadores lembraram que o aguerrido romano, Sila, atacou e saqueou Atenas em 86 a.C. O historiador Plutarco contou mais tarde: 'Sila entrou em Atenas no meio da noite com muito aparato, ao som dos clarins e dos gritos furiosos do exército que tinha permissão de matar e pilhar'. Tudo indica que o magnífico depósito em obras de arte fazia parte do saque dos romanos. Mas um incêndio lavrou no porto e sendo abundante as riquezas estocadas aquele lote do tesouro ficou esquecido sobre os escombros".

 

A moedinha que caiu da bolsa de um legionário romano ficou perdida por 2.045 anos. Mas foi encontrada. Isto me lembra um princípio enunciado pelo grande mestre Jesus: "Nada está tão completamente perdido que não seja descoberto".

Esta lição ensina ao cristão que não deva ser intransigente e apressado ou gritar ameaçadoramente: arrependa-se, se não! Tudo e todos têm o seu tempo certo de ser achado. Não é, moedinha?



publicado por joseadal às 13:31
Quarta-feira, 19 de Outubro de 2011

Logo no primeiro livro, Gênesis, a cidade de Babel - seu primeiro nome - aparece como tendo sido construída por um rei, Ninrod, que era "contra Deus". O livro sagrado trata Deus, o criador de todas as coisas, como um velho patriarca que é desafiado por seus filhos, fossem homens como esse caçador, fossem anjos - filhos em outra dimensão - como Lúcifer. Mas os que estudam arqueologia vêem a capital Babilônia não como a meretriz abominável do último livro da Bíblia, Apocalipse, mas como uma mãe fecunda e a orígem de muitas ciências. O filósofo Martin Heidegger diz (em espanhol): 

   

"La historiografía egipcia se había desarrollado sobre la base de los anales reales y de los epitafios, concebidos con el propósito inmediato de inmortalizar las hazañas memorables de los muertos. Otros pueblos orientales, a medida que adoptaban la escritura y que se organizaban en Estados civilizados, comenzaron a preservar anales y crónicas, de forma y contenido semejantes a los de los babilonios y los egipcios, y hasta cierto punto inspirados en ellos. La influencia babilonia fue, con mucho, la más importante, dado que la mayoría de los Estados orientales adoptaron la escritura babilonia y que seguramente al principio importaron escribas babilonios para que realizaran los correspondientes trabajos de escritura.

Em Babilônia a escrita cuneiforme - em tábuas de barro, um primitivo tablet de hoje - aperfeiçoou-se, a Astronomia e suas aplicações na agricultura e nos calendários se desenvolveram e a História, a Matemática e a Gramática se afirmaram. Então me diga, por que a Bíblia, tida por muitos como a Palavra de Deus para os homens e como o relato do desenvolvimento da cultura judaica-cristã por outros, é tão radicalmente contra Babilônia? Se descobrir te conto e se você souber a resposta me diga.



publicado por joseadal às 22:15
Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011

Como é que se aprende e, ainda mais importante, como é que nos reformamos? Voltemos a "alegoria da caverna”, pensamento de Platão comentado por Martin Heidegger.      

 "As transições para fora da caverna, para a luz do dia, e de lá de volta para a caverna, requerem uma adaptação dos olhos, da escuridão para a luminosidade, e da luminosidade para a escuridão. Em cada caso os olhos ficam embaçados por razões opostas. Por um lado, o homem, saindo de uma ignorância que ele mal percebe, pode alcançar um ponto em que o ideal se lhe apresenta de um modo nítido, ainda que não esteja, de imediato à altura do que descobriu".

Você está dirigindo a noite e numa curva um farol alto o cega, mas o carro continua avançando. Por instantes não vês a faixa no asfalto nem sabes se o carro está invadindo a contramão ou saindo da pista. Enfim os olhos conseguem ver com nitidez e com o coração pulsando forte descobres que por sorte ainda estás na pista. Assim é com quem faz uma descoberta diferente de tudo que sabia antes.

“E assim como o olho do corpo deve, sobretudo, readaptar-se devagar e continuamente, seja à claridade, seja à escuridão, assim também a alma tem de se adaptar, com paciência e procedendo da forma mais apropriada, ao âmbito da realidade ao qual está sendo exposta. Assim como também o olho só consegue ver direito e por todos os lados, se antes o corpo todo tiver ocupado a posição correspondente, tal adaptação exige, pois, antes de tudo, que a alma inteira se reoriente na direção fundamental daquilo a que ela aspira".

(nesta foto minha pitangueira carrega uma orquídea de cores bem suaves)

 

Aí está o conselho de dois mestres: Trate com respeito e paciência uma revelação. A vontade de nteu coração pode ser a de "mergulhar de cabeça" na novidade alvissareira, mas o melhor é ir adaptando a própria vida e a relação com os que lhe estão próximos. A tranformação vai se dando aos poucos, todos te vêem mudar, mas de forma consistente, duradoura e exemplar. Você está saíndo da penumbra para a luz.



publicado por joseadal às 13:19
Sábado, 15 de Outubro de 2011

"Ansiaba abrir los ojos, pero no me atrevía, porque me espantaba esa primera mirada. No es que temiera contemplar cosas horribles, pero me horrorizaba la posibilidad de que no hubiese nada que ver".  

Este é um trecho dum conto fantástico de Edgar Allan Poe. O espanhol não é difícil de se compreender, por exemplo, hubiese é houvesse, e oquando a palavra é muito diferente o contexto nos faz advinhar o significado, como lleno, pleno.  

"Por fin, lleno de atroz angustia, abrí de golpe los ojos, y mis peores suposiciones se confirmaron. Me rodeaba la tiniebla de una noche eterna. Luché por respirar; lo intenso de aquella oscuridad parecía oprimirme y sofocarme. La atmósfera era de una intolerable pesadez. Me quedé inmóvil, esforzándome por razonar".

 

Quem fala é um réu no tribunal de Inquisição, ele ouviu a condenação do juiz e desmaiou. Inconsciente, ainda assim percebe um ambiente estranho. Neste estado, portal da morte, o homem percebe o que está acontecendo a sua volta tanto na dimensão de matéria como na espiritual. Ainda temos muito que ver além de tudo que assistimos e passamos nesta vida.


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publicado por joseadal às 14:58
Sexta-feira, 14 de Outubro de 2011

A revelação é uma experiência magnífica, mas não se esgota nela mesma. O que 'viu' precisa ajudar outros a também 'ver'.

Na Bíblia esta situação é descrita assim: O espírito diz: venha, e quem ouve diga à outros, venha. (Apocalipse 22:17)

Heidegger, explicando a "alegoria da caverna" descrita no livro A República diz: 

(nesta foto Malu procura cheiros na graminha)

"De acordo com a própria interpretação de Platão, deve-se tornar explícito esse elemento essencial, a contínua superação da falta de formação. Por isso, a narrativa não termina, como se gostaria, com a descrição do estágio mais elevado que foi alcançado na subida para fora da caverna. Ao contrário, a narrativa de um retorno dos libertos para o interior da caverna, para aqueles que ainda estão acorrentados, faz parte da alegoria. Esse que foi liberto deve, então, conduzir também aqueles para cima, para longe do pouco que está desvelado para eles, para o desvelado no mais alto grau".

Quem estiver buscando um melhor desvelado vai receber a este que conhece um pouco mais como um instrutor, mas quem acredita que as sombras que vê são toda verdade então vão maltratar e até matar o portador das boas novas. 



publicado por joseadal às 23:14
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