Martin Heidegger recolheu-se para pensar o que é um Ser. Logo de início percebeu que não é o corpo humano com seu aparelho respiratório e vocal quem diz: eu sou. Para entender o que é uma pessoa o filósofo deu-lhe o nome de Ser-no-mundo? "Ser-en-el-mundo, significa ser de tal manera que maneja el mundo; demorase a ejecutar, realizar y llevar a cabo, y también a contemplar, interrogar, y determinar considerando y contemplando. Está caracterizado como un 'cuidar'". Pensando, Heidegger, entendeu a pessoa que anda no meio de outras, interagindo com elas, como o Ser mesmo, mas ainda não é o Ser eu-sou.
"Este ser-en-el-mundo, es justamente un ser-con, un ser con otros; lo cual significa: tener ahí con otros el mismo mundo, encontrarse recíprocamente, ser con otros en el modo del ser-uno-para-otro. Pero a la vez este ser-ahí está presente ante los otros como si fuera una cosa, a la manera de una piedra que está ahí sin tener un mundo ni cuidarse de él". Uma pessoa andando no meio de uma multidão não é nada, é apenas um número, como uma coisa ou uma pedra. Então, quem é o Ser eu-sou, ou ser-ahí?
"El ser-ahí no puede demostrarse a manera de un ente; tampoco podemos mostrarlo. La relación primaria con el ser-ahí no es la de la contemplación, sino la de "serlo". El experimentarse, o el habla sobre sí mismo, y a pesar de esto el ser-ahí se tiene a sí mismo. Se encuentra consigo mismo. Da consigo en aquello de lo que normalmente se ocupa". [na foto o pendão fálico de minha orquídea tigreza]
Quando se diz: eu mesmo faço isso!, sou eu na convivência com outro ser, mas quando se pensa: eu quero, eu faço ou eu desisto, estamos falando com quem está dentro deste corpo, aquele que mesmo tentando não ser egoísta se sente o centro, o umbigo do mundo.