Sábado, 28 de Janeiro de 2012

Esta máxima simples expõe o fundamental: nascemos com o direito inalienável de escolher nosso próprio destino. Podemos e precisamos de orientadores, mas nunca de quem decida a vida que teremos. Mas é raro quem tenha desfrutado esta liberdade desde que nasceu. No livro A Insustentável Leveza do Ser a heroína pensa sua vida e constata:
 "Quando vivia com minha mãe, morava num campo de concentração. Este é um lugar onde as pessoas vivem umas sobre as outras dia e noite. É a negação total da vida privada"
 Quando Milan Kundera escreveu este romance, 1883, estas prisões subumanas já não estavam na moda, mas o enredo se passa na Tchecoslováquia de 1968. Debaixo do tacão repressivo da União Soviética aquele país ainda usava destes campos de prisioneiros para tirar de circulação pessoas que criticavam o governo. Nesses governos ditatoriais homens cultos perdiam o direito de exercer a profissão para a qual haviam se preparado.

"No pequeno hotel onde trabalhava, o responsável pela administração foi professor de física na universidade e o atendente da recepção era um exembaixador".
 Então quando um governo ou uma religião tiram a liberdade de pensamento de um cidadão não é isto também uma lavagem cerebral? Um tratamento violento como num campo de concentração? Não deixe lhe acontecer isso.

 



publicado por joseadal às 18:19
Sábado, 28 de Janeiro de 2012
“A história se repete” é um bordão atribuído ao historiador
Arnold J. Toynbee (1889-1975).

Agora, lendo o livro Los Alamos, que descreve a construção
da bomba atômica, vejo uma comprovação disto. O físico Harvey Pillsbury diz: “Ninguém
lembra mais. Iniciamos este projeto porque Hitler tinha o dele; assim não
seríamos chantageados com a ameaça de sua bomba. Agora, parece que ele nunca
conseguiu acaba-la. Dizem que vamos usar a nossa contra o Japão que não tem
projeto nuclear algum”.

Taí, os EUA como outros imperialistas iniciam uma agressão
convencendo seu povo e aliados de que pessoas iguais a eles são, na realidade,
diferentes e muito maus: vamos ataca-los porque eles estão prontinhos para
invadir nosso país! Não foi assim com o Iraque? Bush discursava para o mundo
dizendo: Sadan está fazendo um artefato nuclear, vamos invadir antes que fique
pronto! Sadan não tinha bomba atômica nenhuma. E agora querem repetir no Irã
tudo novamente.

Até hoje acho incrível que os japoneses tenham perdoado os
norte-americanos, passado uma borracha em duas cidades dizimadas. Pior que
perdoar é esquecer. Com poucas exceções, a humanidade esqueceu-se do que um
yanque é capaz. Assim, eles vão continuar repetindo a mesma cantilena e criando
factoides para rebaixar um povo e poder golpeá-lo. É mais um culpa a ser
dividida por nós que nos calamos ou nos omitimos. É algo mais a resgatar. 

Vinícius não pode esquecer de mais esta negra ferida na história humana:

"Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada."


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publicado por joseadal às 01:03
Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2012

Um professor da universidade de Cambridge escreveu o livro,
Renascimento – um ou mais?, que modifica uma ideia comum a quem não estuda
História: a humanidade passou por um renascimento nas artes e nas ciências
durante os séculos 14 a 16. O que ele revela é que houve outros renascimentos. A China viveu um interesse
forte e popular pelo conhecimento geral nos séculos 10 a 13, durante a dinastia
Song; na Índia as filosofias antigas reviveram no século 17 durante o governo
do imperador Jahang e os árabes se voltaram para os escritos dos filósofos gregos
pré-cristãos entre os séculos 8 e 13. O que Jack Godoy revela é um princípio
oriental, os renascimentos foram cíclicos: “A cultura letrada era um traço das
principais sociedades da Eurásia que tinham seus próprios períodos de inércia e
renovação”.

- Ora Zé, e isto me interessa?

Devia, porque além da humanidade e de cada povo, nós, cada pessoa, eu e você, precisamos passar por
mais de um Renascimento.

- Lá vem você com reencarnação!

Estou falando de outra coisa, falo de ciclos durante esta
vida mesma. Quando somos crianças e jovens nos enchem a cabeça de informações, ensinam-nos
a ler, escrever, usar a matemática e saber um pouco das ciências. Depois da
adolescência direcionamos nosso aprendizado para com o que vamos trabalhar.
Então, entramos em um marasmo e é preciso sair deste adormecimento, desta morte
intelectual. É necessário renascer.

- Como faço isso, Zé?

Deixo o professor Jack explicar: “O principal Renascimento
islâmico foi o que revitalizou as conquistas científicas da Grécia antiga e do
império Romano numa época em que a Igreja Católica descartava este conhecimento
como pagão”. Em outro trecho ele continua: “O Renascimento Song foi um período de
reflorescimento na China, da tecnologia e das artes. Isso aconteceu, assim como
na Europa, depois de mudanças na religião hegemônica, o budismo da Índia, que a
exemplo do cristianismo e de outros credos monoteístas, reclamam o monopólio da
verdade sobre a natureza”.

Para renascermos é preciso administrar a fé. Os dogmas religiosos
precisam ser encarados como degraus que nos ajudaram a chegar até aqui, mas não
é o patamar mais alto. Novos descobrimentos devem ampliar nossa visão da
natureza e do espiritual.

 



publicado por joseadal às 23:41
Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2012

Li alguns trechos do livro Uma Viagem à Oceania e me ocorreu
uma ideia bem diversa. O autor Le Clézio, falando dos povos do cordão de ilhas
no Pacífico diz: “Os melanésios aniquilados, desprezados e no fundo do poço da
servidão, em meio às espoliações e negações do seu passado, privados de toda
identidade, ainda assim mantiveram sua língua e uma alma que lhe são próprios”.

É preciso muita resistência para aguentar a opressão e
continuar com uma personalidade forte.

“Esse embate entre a cultura europeia e polinésia foi sempre
um processo de destruição mais ou menos violento, em que uma civilização reinante
e tecnológica submeteu uma cultura mais ancestral, porém o resultado dessa
tensão foi a emergência de modulações afirmativas”.

Minha cabeça viajou para uma experiência nossa. Por anos,
durante todo o século 20, os sambistas preocuparam-se com a invasão das músicas
norte-americanas e europeias, dizendo como na música de Alcione: ”Não deixe o
samba morrer não deixe o samba acabar, morro foi feito de samba, de samba pra
gente sambar”. A invasão do foxtrote, do rock e do soul não acabou com o
samba, mas o suavizou fazendo o ritmo das músicas de Donga ganhar a
malevolência do som de Noel, tornar-se samba-canção com Erivelto, receber o
jeito cult de Chico, Cartola, Caetano e Gil e se virar bossa nova com
Vinícius, Marcos Vale, João e Tom. Como cantava Jackson: “Aí, eu vou misturar Miame
com Copacabana, chiclete eu misturo com banana e o meu samba vai ficar assim”.

E agora nós.

- Agora nós?

Mas não é? Não estou só falando de música, falo de tudo.
Sim, tudo que vem de fora da gente e nos assalta, como a corrupção, a violência
e a indecência. E como ficamos? Devíamos ser como a gente do Taiti, que Le
Clézio heroiciza: “As ameaças mortais dos navios carregados de mercenários e
missionários, de conquistadores e espoliadores sem escrúpulos, todo o rumor do
mundo, foi transformados por eles em sonhos e os novos deuses foram levados a
dançar nas praias para agradar os povos da ilhas. Os cantos novos tornou as
velhas cantigas em música mais variada”.

Não deixe sua alma morrer.



publicado por joseadal às 00:30
Sábado, 21 de Janeiro de 2012

 Tenho em mim a opinião de que sou dono do Tempo.
 - Esse Zé diz cada uma! Você nem usa relógio, de que tempo és dono, meu camarada?
 Vou te responder com uma constatação de Santo Agostinho que li num ensaio de Martin Heidegger (em espanhol):  
 "En ti, espíritu mío, mido los tiempos. A ti te mido cuando mido el tiempo. No te atravieses en mi camino con la pregunta: ¿cómo es esto? No me induzcas a apartar la vista de ti a través de una falsa pregunta. En ti - repito una y otra vez - mido el tiempo".
 O tempo era o próprio espírito dele, do bispo de Hipona. Mantendo a vista em sua parte espiritual Agostinho era dono do tempo.
 - Ainda não peguei bem o que ele quis dizer.
 Então leia mais um pouco, pensando que o homem santo está nos dando uma preciosa dica para dominarmos nosso tempo.
 "Las cosas que pasan y te salen al encuentro producen en ti una afección que permanece, mientras ellas desaparecen. Mido la afección en la existencia presente, no las cosas que pasan produciéndola. Repito que es mi manera de encontrarme lo que yo mido cuando mido el tiempo".
 "É minha maneira de encontrar-me", percebeu qual é?
 É mais ou menos isto: quando algo nos sucede em um momento do tempo, um acontecimento, deixa em nós uma marca, no nosso espírito, em quem somos como espírito. Se você o perseguir, agarrando-se ao acontecido e se deixando levar por ele, o tempo vai correr e você perderá o domínio sobre ele. Agostinho ensinou, então, que para ordenarmos o tempo temos de parar e nos fixar no que o tal incidente provocou em nós. Trabalhando nisto - não tem isso de ter sido bom ou mau -, no que o acontecido nos adicionou como ser eterno, o tempo vai ficar sereninho.
 - Será!?
 Pense um pouco, lembra de um provérbio que diz: na tempestade que sacode os galhos o pássaro se mantém quieto no seu ninho?   





publicado por joseadal às 08:55
Quinta-feira, 19 de Janeiro de 2012

Esta expressão designa qualquer pessoa que estuda uma ciência, quem se torna profundo conhecedor de um assunto. Pode-se dizer que tal pessoa percebe coisas que nós desconhecemos. Uma vez, em Brasília, conversei com general Uchôa, um firme crente em discos voadores, melhor dizendo Objetos não Identificados, UFOs. Dizia-lhe: Muitas vezes, andando ou dirigindo à noite, em locais ermos, olho o céu doido pra ver algo incomum e nunca tive essa alegria. Ele respondeu sério: Nem sempre fazer um avistamento é motivo para alegria. A experiência trás obrigações e mudanças na vida. Mas, sem estudar o assunto o senhor não consegue percebê-los, não sabe reconhecer os sinais.
Fiz esta introdução para reproduzir um trecho do livro Tambores de Angola que fala dos Exus que cercam um terreiro. Não os vemos, mas quem estuda a Umbanda, culto afro-brasileiro, os percebe bem. Não tenha medo, leia um pouco, só pra saber. Como recomendou o apóstolo Paulo: Leia tudo e retenha o que é bom.
"Aventurei-me a perguntar a respeito de algo que me chamara à atenção desde que chegara na tenda. Quem eram aqueles espíritos que pareciam guardar a entrada do local?
 - Aqueles são os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente. Em muitas tendas ou terreiros, são conhecidos como exus. Para nós, são companheiros experimentados, em varias encarnações, em serviço militar, em estratégias de defesa ou são mesmo simples trabalhadores que se fizeram respeitar pelo caráter forte. Conhecem profundamente as regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois não ignora que lidamos, um numero imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só respeitam a força de magnetismo vigoroso e personalidades fortes que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões". Mas, quem conhece, diz que há vários tipos de exus. São tão variados quanto as personalidades humanas.
Jorge Amado, no livro Jubiabá, conta de um batizado na igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Pelourinho, em Salvador, no qual o padrinho, senhor sério e respeitado, ao pisar no interior da igreja se transforma, fica brincalhão e gozador com todos a volta e quase desrespeitoso com o local consagrado. Os iniciados no Candomblé, culto africano, entendem que ali está um espírito brincalhão e galhofeiro, um outro tipo exu.
Outros iniciados, como um neurologista ou um psiquiatra, percebem outras razões numa mudança de atitude.
Se quiser entender a vida e o que acontece nela não pode ficar alheio tem que se tornar um iniciado.



publicado por joseadal às 21:37
Sábado, 14 de Janeiro de 2012

Quando o padre recomenda aos noivos que sejam pacientes e perseverantes e que se mantenham juntos na alegria e na tristeza, isto parece fácil para quem é jovem e goza de boa saúde. Porém, quando surge doença ou problemas de caráter o caso muda de figura. No livro Sexus, Henry Miller nos desvela os pensamentos do personagem a propósito de sua esposa que carregava erros da juventude e tinha pavor de ver revelado seu passado.

 

“Manter-se respeitável, essa era sua preocupação obsessiva. Ao descobrir isso minha compaixão por ela cresceu muito. Era quase como se eu tivesse subitamente descoberto que minha mulher era aleijada. Mas se foi amor que uniu as duas pessoas, então perceber isso só serve para intensificar a afeição. Não se está apenas disposto a passar por cima do que a faz sentir-se infeliz, mas nos dá força para nos identificar com ela. É como se dissessemos: Deixe-me carregar o fardo do seu maravilhoso defeito. Esse é o grito do coração apaixonado. Só um egoísta exacerbado pode fugir as amarras impostas por um casamento desigual. Aquele que ama vibra ante o pensamento de que passará por ainda maiores provas”.

Os que abandonam a luta perdem toda uma vida. Pode-se até viver uma outra vida intensa e feliz, mas a outra que devia ou precisava ter sido vivida fica, em um limbo, esperando que voltemos para resgata-la.



publicado por joseadal às 22:14
Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2012

Lili costuma dizer que vivo tentando transforma-la, molda-la
ao meu jeito. Para meu próprio bem devo dar ouvidos a ela. Mas procurando o
modo que uso para fazer dela outra pessoa, não o encontro. Quer dizer, sou neurótico ou
burro, a segunda opção me parece mais simpática. No livro Sexus li sobre um
médico sendo analisado. O analista faz a seguinte anotação sobre seu paciente:

“Desgraçado, é precisamente o modo como se vê. Desgraçado desde o primeiro minuto de sua
vida. Uma completa falta de confiança em seu destino. Inevitavelmente transmite
este sentimento aos que convive. De uma forma ou de outra consegue manobrar de
tal maneira seu amigo ou a companheira para o decepcionarem ou traírem. Ele
escolhe os de quem se aproxima com a mesma antevisão de Cristo ao escolher Judas”.

Fiquei pensando nesta frase. Jesus precisava de alguém inteligente
e bastante independente que ficasse impressionado com seu modo de ensinar a tal
ponto que abandonasse sua vida particular e o seguisse. A inteligência e senso
de justiça de Judas faziam-no detestar a dominação romana e a mensagem de Jesus
de que era o Messias prometido, o libertador do povo judeu oprimido o comoveu e
convenceu. Mas quando o movimento cresceu e multidões seguiam o mestre este
começou a falar sem meias palavras que seria preso, morto e seus discípulos
seriam espalhados. Ao invés de se esconder e começar uma guerrilha contra os
invasores romanos Jesus se expunha e deliberadamente provocava as autoridades.
Judas entendeu que seu mestre não queria iniciar uma revolta gloriosa, mas que
queria morrer. Dar-se em sacrifício é politicamente uma ‘jogada’ extrema posta
em prática por muitos revolucionários, a tal ponto que as autoridades evitam
matar um líder criando um herói que morto fortaleceria o movimento de reforma
mais do que se estivesse vivo.

Mas, aparentemente, Judas não percebeu este
desfecho: o sacrifício de um para o bem de muitos. Assim, como o médico analisado,
Jesus precisou ‘manobrar seu amigo de tal maneira que ele se sentisse
decepcionado e o traísse’. Pensando desse modo quem foi mais responsável pelo
desfecho que mudou mundo e transformou o amigo em traidor?

Se bem que ao longo do tempo, a linha da História desfaz
culpas e inocenta culpados mostrando que cada ação humana tem um propósito no
plano geral de evolução.

 

 


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publicado por joseadal às 07:35
Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012

Um bom livro não conta só uma história que prenda o leitor, mas espargi pensamentos que nos faz refletir. Uma idéia como que sai da página, entra em nossa mente pelos olhos e repica lançando um feixe de luz sobre um evento em nossa vida. No livro A Insustentável Leveza do Ser o autor diz:
 "O amor começa no momento em que uma mulher [ou um homem] se inscreve com uma palavra em nossa memória poética. Parece que existe no cérebro esta zona específica que guarda o que nos encantou ou comoveu".
Há, então, imagens guardadas em nossa memória que estão embrulhadas em papel de presente, são especiais, nos comovem. E quando lemos alguma coisa que se relaciona a uma delas é como se abríssemos um confre e relembramos tudo o que está guardado ali juntando poeira por não o usarmos, ou visitarmos, a um bom tempo.


Esta é outra vantagem dos livros, nos faz abrir portas para revisitarmos momentos bons que estão ali sem uso.



publicado por joseadal às 22:45
Sábado, 07 de Janeiro de 2012

 

O que faz de uma pintura uma obra de arte? O que torna alguns versos uma obra artística? Estou lendo Martin Heidegger que pensou uma resposta a estas perguntas:"Seguramente resulta superfluo y equívoco preguntarlo, porque la obra de arte consiste en algo más que en ese carácter de cosa. Ese algo más que está en ella es lo que hace que sea arte. Es verdad que la obra de arte es una cosa acabada, pero dice algo más que la mera cosa. La obra nos da a conocer públicamente otro asunto, es algo distinto: es alegoría. Además de ser una cosa acabada, la obra de arte tiene un carácter añadido, lleva algo consigo. La obra es símbolo. La alegoría y el símbolo nos revela otro asunto, ese algo añadido, es el carácter de cosa de la obra de arte. Casi parece como si el carácter de cosa de la obra de arte fuera el cimiento dentro y sobre el que se edifica la obra. ¿Y acaso no es ese carácter de cosa de la obra lo que de verdad hace el artista con su trabajo?".

Quando Adoniran Barbosa juntou as palavras para compôr Trem das Onze ele o fez de um modo - percebendo ou não - que não falava só de um paulistano moço que morava no bairro de Jaçanã, ele falava do homem e da mulher, jovem, adulto ou idoso, que tem obrigações e não se pode entregar inteiramene à paixão:

"Não posso ficar nem mais um minuto com você,

Sinto muito amor, mas não pode ser".

Passarão gerações e gente que nunca usou o trem, nem conhece Jaçana vai cantar estes versos pensando em si mesmo. É arte, é alegoria e símbolo. Traz consigo mais do que mostra.



publicado por joseadal às 13:07
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