Sábado, 25 de Fevereiro de 2012

Lendo uma revista online, Boletim do Conhecimento,
do amigo José Renato S Santiago Jr cheguei a uma matéria de Andrew L. Molinsky,
professor associado de comportamento organizacional. Seu artigo me interessou
logo neste trecho:

“A capacidade de alterar seu comportamento em
situações específicas para acomodar normas culturais distintas é uma habilidade
muito específica que chamo de code-switching cultural. Essa alternância de
códigos requer muito mais do que inteligência, informação e motivação certas.
Exige a capacidade de administrar desafios psicológicos surgidos quando alguém
tenta converter em ação o conhecimento cultural”.

Ele falava de um executivo israelense que foi
mandado pela empresa internacional alavancar o trabalho de uma filial na Índia.
A maneira de lidar com pessoas de outra nacionalidade, com uma bagagem cultural
completamente diversa da sua, foi um desafio e tanto. Mas, trazendo para um
nível menor, a família da gente, por exemplo, como ‘acomodar minhas normas culturais’
com as de minhas netas Lívia e Pâmela? Eu andei de bonde e elas nunca ouviram
uma novela no rádio. As diferenças são enormes. Veja o que o professor
aconselha para um ambiente macro:

“É comum o executivo se sentir inautêntico quando
seu comportamento está em conflito com valores e crenças arraigadas. Esse
indivíduo pode, ainda, se sentir incompetente, nervoso e constrangido por estar
agindo de forma tão distante de sua zona de conforto. No íntimo, pode se sentir
frustrado e revoltado por ter tido de mudar, para começo de conversa. Afinal,
não é comum o chefe ter de adaptar o próprio comportamento às necessidades dos
subordinados; em geral, é o contrário. Juntas, essas emoções podem impedir uma
boa alternância de códigos pelo executivo, pondo em risco sua carreira e o
sucesso da empresa”.

Sim, como aceitar que Lívia de 13 anos ficasse em
Copacabana com Pâmela de 17 e uma colega da mesma idade? Prometeram não ficar
longe do prédio da bisavó e passear na calçada acompanhando os blocos. Mas não
era perigo demais? Como não se ‘sentir inautêntico quando seu comportamento
está em conflito com valores e crenças arraigadas’ e ceder ao “deixa, deixa,
deixa; a gente volta cedo pra casa?”

Como diz o professor: “não é comum o chefe ter de
adaptar o próprio comportamento às necessidades dos subordinados”, mas é o que
mais acontece. E esta turma mais nova é especialista em tirar a gente de nossa segura "zona de conforto".



publicado por joseadal às 22:24
Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012

"A Ciência e a Religião perderam seu dom supremo, a educação da consciência
humana. Está perdida a forma de educar almas e só será redescoberta quando
ambas repensadas e refundidas tornarem-se uma única força viva. Convergindo
sublimarão a tarefa de magnificar a Humanidade”, Édouard Schuré, no livro Os
Grandes Iniciados.

Quando Moisés era príncipe e general no Egito o estudo nos santuários envolvia todas
as artes (muito parecido com o que se fazia nos monastérios católicos por volta
do ano 1000 e.C):

“A doutrina de salvação incluía o conhecimento de teologia, filosofia, astrologia, alquimia
e magia. Esses estudos eram incentivados por entenderem que o conhecimento da
totalidade cria plenitude na comunicação com o divino”.

Hoje se pode perguntar como o estudo da magia e da alquimia podia aproximar os crentes
de Deus, mas Schuré dá uma pista:

“Essa arte, porém, não se propõe à fabricação do ouro apenas no crisol, como metal
precioso, mas principalmente no homem, que livre da borra, da escória moral,
torna-se capaz de emergir brilhante para a luz desentranhando no ser o ouro que
nele se contém”.

 

Os estudos iniciáticos era a união da ciência com a adoração, a religião. O objetivo é de um valor inestimável,
sem comparação e primordial para que eu e você, tão ignorantes, alheios a
maior parte da forma como tudo foi criado cheguemos a alcançar isso que é
preconizado no livro Corpus Hermético:

“O destino da alma imortal é unir-se a Deus e contemplá-lo eternamente”.  

- Parece entediante ficar contemplando Deus por toda eternidade.

Homem tolo. No mundo material, um microcosmo de tudo que realmente há, esquecemos que Deus é o formador de um universo de 13 bilhões de anos-luz e com tudo que há nele. Só a eternidade para se conhcer direito quem ELE é.   



publicado por joseadal às 19:08
Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2012

Qualquer pessoa sabe que uma história pode ser contada de várias formas, mas lendo, um ensaio de Martin Heidegger, descobre-se que em cada época se contou a História de uma maneira. Cada forma de ver os acontecimentos tem uma designação hermenêutica, quer dizer, explicativa e ordenadora. Me ative aqui a maneira teológica de se entender os fatos acontecidos. Está em espanhol:
"1) La historíografía teológica: El escriba que compiló la lista de los reyes sumerios posdiluvianos, alrededor del año 2000 a. C., creyó que estaba registrando una serie de trágicas catástrofes que provocaban la destrucción violenta de importantes ciudades y la transformación de varios imperios. Pero más allá de los cambios, del tumulto y del entrechocar de armas, cree discernir un principio permanente y estable. El autor, un sacerdote, sugiere que estos desconcertantes cataclismos no eran accidentales. Más allá de la infernal baraúnda de calamidades, meditaba un poder, la inescrutable voluntad de los dioses".
Um período prolongado de seca durante o reinado mal sucedido de um soberano era culpa de um deus ofendido e suas decisões erradas ou a falta delas não eram responsabilisadas ou comentadas. Os registros históricos daquela época dão pouquíssimas informações sobre os atos dos governantes demorado-se na análise dos pecados da sociedade contra os deuses.     
"Éstos intervenían en los asuntos humanos del mismo modo que el déspota que regía el Estado-ciudad oriental. Este último era al mismo tiempo legislador y juez. Su voluntad creaba la ley y el orden, pero él mismo interpretaba su propia legislación y la aplicaba. Los dioses de la Edad del Bronce fueron concebidos imagen y semejanza del hombre que gobierna otros hombres, y también del artífice, que moldea y da forma a la materia amorfa, exactamente como el alfarero. Por supuesto, los dioses eran mucho más poderosos que cualquier monarca terrenal, y su reinado más duradero que cualquier imperio temporal. Así la voluntad suprema y la soberana legislación de los dioses establecen y sostienen un orden de los asuntos humanos, y aun de los asuntos internacionales".


Mas adiante os historiadores passaram a considerar os próprios homens como responsáveis por seus atos, mas ainda precisaram de muitos séculos e evolução mental e espiritual para prender a registrar os fatos de modo a que gerações futuras pudessem recolher deles informações que as ajudasse a bem governar os destinos humanos. Então, entendendo que Deus e seus poderes superiores mais observam do que intervem na história humana. 

 



publicado por joseadal às 10:33
Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012

Estes são os ensinamentos (logia) ocultos expostos por Jesus, o vivo, que Judas Tomé,
o gêmeo, escreveu:

1. Ele disse: "Quem descobrir o significado interior destes ensinamentos não
provará a morte." 

Eu e você, enquanto vivemos no universo de matéria, mesmo com todos os incidentes,
seguimos uma linearidade que acaba na morte. Jesus prometeu que a compreensão do que ele ensinou permite a continuação não
traumática na outra vida.

Lendo A Civilização Etrusca, livro que fala deste reino que durou mil anos e terminou
exatamente quando Jesus nascia, vê-se a preocupação deles por tornar a
transferência desta vida para outra com o menor choque possível. Famílias ricas
contratavam mestres pedreiros para construir seus mausoléus de modo a não
causar abalo à seus entes queridos falecidos. Em sua fé, ainda muito ligada a
matéria, planejavam o local onde depositariam o corpo venerado como uma sala
com móveis e objetos preferidos pelo ser estimado que partiu. Quando ele
acordasse sentir-se-ia à vontade como se a vida estivesse continuando como era.

Mais evoluídos, como deveríamos estar, sabemos que a passagem desta vida para a
outra pela morte tornar-se-á mais fluente e menos violenta não por termos à
mão o maço de cigarros do qual não conseguimos nos desligar, nem do carro novo
ainda cheirando gostoso e nem mesmo da bike na qual pedalamos tanto. Do outro
lado é um universo diferente, sem objetos de matéria, e lá contará mais o modo
de vida que levávamos. Se conseguimos formar um caráter que guia nossa vida num
caminho bom, como o mestre Jesus nos ensinou, então a continuação dela não será
traumática. Ou nas palavras que Judas Tomé entendeu Jesus dizer: “não provará a
morte”.  



publicado por joseadal às 11:48
Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012

O Brasil esteve atrasado em relação às nações mais
desenvolvidas, em especial na tecnologia científica e nos movimentos políticos
e filosóficos. Acontecia lá, demorava duas décadas para se repetir aqui. Porém,
de alguma forma parece que antecipamos muitas coisas a eles nestes últimos
anos. Ora, a crise que eles passam agora nós enfrentamos nos anos de 1990, a
década perdida. Parece que o que eles descobrem agora sobre seus políticos nós
já estamos “carecas” de saber. Li a afirmação do filósofo espanhol Javier Sádaba
e pensei nisso: “O que está acontecendo com o povo espanhol é o que chamo de ‘a
descoberta política’: compreenderam que não são os políticos que estão a
serviço do povo e sim nós que estamos a servi-los. Isso gera uma reação crítica
que se manifesta com o leitor votando contra o governo da vez e levando a rua
grandes manifestações”.

Ele diz, também, que o socialismo e o capitalismo são
indistinguíveis pelo população: “A aproximação do discurso político entre
direita e esquerda é tal que já não se
consegue reconhecer qualquer diferença”. O povo, e nisto somos iguais a eles, “a
ausência de maior distinção acaba levando os eleitores a avaliar os partidos
muito mais pelo seu desempenho econômico”. E isto não é uma visão de longo
alcance. A direita, historicamente, postula manter as antigas soluções e
dominar a nação com o mínimo de democracia. A esquerda deveria ser inovadora,
popular e liberal. Deixarmos correr solto só porque o ‘time está ganhando’ é um
perigo.

Outra coisa que o professor afirma faz a gente pensar: “Há
uma desilusão, e mais que ela, há medo: do empobrecimento, da perda das
vantagens e confortos conquistados, e da extrema-direita, partidos radicais
calcados em plataformas nacionalistas, anti-imigração e contra as minorias.
Estou inquieto”.   



publicado por joseadal às 11:01
Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2012

Estou lendo Corpus Hermeticus, obra em grego, aparecida no primeiro século depois de Cristo e que contem os ensinamentos do sacerdote egípcio, Hermes Trimegisto, o três vezes sábio que deixou vários manuscritos em papiro que influenciaram por séculos homens e mulheres que tinham sede de sabedoria. Fiquei impressionado com a referência aos 7 céus dos quais já havia lido Paulo, o apóstolo, mencionar três: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)" 2Coríntios 12:2. Nas Visões de Hermes está escrito:

“Diz a voz de Osíris – Ergue os olhos e vê!

Então Hermes vê um espetáculo maravilhoso no espaço infinito, no céu estrelado: sete esferas luminosas. De um só olhar contempla os sete céus sobre sua cabeça como sete globos transparentes e concêntricos. Cada uma dessas esferas era governada por um anjo com forma e cor diferentes e Hermes se deslumbra com seus movimentos majestosos”.

Para o quê existem estes sete céus? Osíris explica:

“- Realiza-se através delas a queda e a ascensão das almas.

Hermes quer saber e diz: - Vejo as sete regiões que compõe o mundo invisível. Mas, ó mestre, como se realiza a viagem das almas através dos céus?

- As almas vivem felizes e sem cuidados na mais alta esfera celeste, mas caindo de esfera em esfera revestem invólucros cada vez mais densos. Em cada encarnação adquirem um novo corpo conforme o meio em que habitam. A medida que entram em corpos mais espessos vão perdendo a recordação da sua origem celeste. Assim se realiza a queda das almas que cada vez mais cativas da matéria cercam-se de volúpia, dor, amor e morte nesta prisão terrestre.

– E ficam assim, decaídas?

- Muitas, com a vontade adquirida nas lutas, não se satisfazem com o sonho duma felicidade perdida e impregnam-se da lucidez de uma consciência esclarecida e ascendem ás esferas superiores. Tornam-se luminosas porque voltam a possuir a divindade em si mesmas que refletem em seus atos”. Quando vemos um Lindemberg descer às mais baixas ações humanas e causar tanto mal percebemos o perigo do caminho fácil, do despencar cada vez mais fundo. Que essas notícias nos façam pensar e fazer o que Osíris (uma personificação do mestre Jesus) disse a Hermes.

“Fortalece, pois, a tua alma, sossega o teu espírito atemorizado contemplando esses longínquos voos das almas que tornam a subir as sete esferas e lá cintilam como chuva prateada. Porque tu podes segui-las, basta querer para te elevares. Porque lá onde tudo acaba, tudo eternamente começa”.



publicado por joseadal às 11:35
Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

Tenho um amigo virtual que se intitula Soldado de Deus e sempre me manda um trecho bíblico acompanhado de um sábio comentário cristão. Algumas vezes lhe respondo. A que enviei para ele, hoje, copiei para vc ler.

 

Mas há mais, amigo Soldado. Abra os olhos, como mandou Jesus Cristo.

"Abri os olhos e acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes".

Os convertidos, os que foram iniciados nos mistérios do Espírito, do invisível aos olhos carnais, precisam vigiar para não deixar sua massa de fé ficar maculada com o fermento, as idéias corrompidas, tanto de homens religiosos (fariseus) quanto de políticos (Herodes). Cada objeto material deve ser decodificado pelo amante das coisas do espirito. Neste caso contado por Marcos (cap 8 vers 14-21) o objeto símbolo era um pão:

”Aconteceu que eles haviam esquecido de levar pães consigo. Na barca havia um único pão. Jesus advertiu-os: Abri os olhos e acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes! E eles comentavam entre si que era por não terem pão. Jesus percebeu-o e disse-lhes: Por que discutir por não terdes pão? Ainda não tendes refletido nem compreendido? Tendes, pois, o coração insensível? Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais mais?"

Ora um pão! Aqueles neófitos precisavam "compreender", "ver" e "sentir" a necessidade premente de um alimento para o espírito que não fosse maculado por objetivos somente desta vida. Como você, Soldado de Deus, meu amigo, conclui: "Esquecemos que para fazer essa semente crescer precisamos do fraterno, daquela força que apesar da falta dos pães não deixa de crer. Força que vem até nós através da confiança e da esperança".

 

E parodiando Jesus: "Não vos lembrais mais?" Teu irmão, teu fraterno, não é só um homem mortal, ele (a) é um espírito em progressão e uma ajudazinha que se der é valiosa porque não é só para esta vida. Uma palavra amarga, um tratar mau não vale só para esta vida. A conta de crédito e débito fica num livro eterno.

Agora, repetindo o mestre: "Tendo olhos, não vedes?".



publicado por joseadal às 23:04
Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2012

Ia escrever sobre a Grande Mãe, mas recebi um email do amigo Giovani Miguez e resolvi falar de outra coisa: “uma doença em curso que ainda não possui nomenclatura própria”, palavras do médico pediatra Diclécio Campos Júnior. Mas que doença é essa? Leia aí.

“A causa maior da morbidade que assola a espécie no novo milênio já foi descoberta. Pela natureza dos transtornos psicossomáticos que desencadeia, a enfermidade é vista como uma forma de intoxicação iniciada na infância. Trata-se de fenômeno definido como estresse tóxico, desde os anos 1970. Consiste em transtornos provocados na estrutura cerebral em construção, alterando o crescimento e a diferenciação do projeto original do novo ser humano”.

O que desencadeia esta doença com “transtornos psicossomáticos”?

Decorre do esvaziamento da convivência familiar, da precariedade social que expõe a frágil criatura ao desamparo afetivo, carências em que é obrigada a sobreviver e agressões diversas. É o cenário estressante que intoxica a infância dos novos tempos. Os danos derivados desse hedonismo egocêntrico da atualidade são flagrantes. Estudos científicos demonstram que a gênese dos desajustes comportamentais de adolescentes e adultos concentra-se nos primeiros anos de vida. O impacto do estresse crônico sobre a tenra infância resulta na produção endógena aumentada de substâncias que causam desestruturação desconcertante do cérebro. Uma delas é o hormônio chamado cortisol. Não só desfaz conexões existentes entre as células cerebrais, como inibe o estabelecimento de outras”.

Bem, temos que conviver com esta correria insana de vida que cria defeitos irreversíveis nas crianças. Quais são os sintomas dessa doença psíquica?

“A tríade sintomática é assustadora e assume dimensão quase epidêmica. Violência de toda natureza, dependência química e obesidade irrefreável. A gravidade dos efeitos que tais distúrbios produzem sobre as pessoas é evidente e vão tornar o mundo cada vez mais difícil de viver. O desafio das iniciativas requeridas para conter a intoxicação da infância é imenso. As autoridades que não o percebem devem ser substituídas, sob pena de aprofundarem a catástrofe que se avizinha. A formação dos profissionais de saúde, particularmente a do pediatra, precisa ser reformulada no conteúdo”.

Jesus deu uma ordem para quem quiser manter sua família fora desse redemoinho destrutivo: “Mas considere isto, se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão não o deixaria minar a sua casa. Será você um chefe de família fiel e prudente? Bem aventurado quem eu achar agindo assim”. (Mateus 24:43-47) Então, é com a gente mesmo. 



publicado por joseadal às 22:05
Segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2012

Quando João, o Evangelista, revela o passado infinito do
espírito que se encarnou como Jesus, o apóstolo repetia conhecimentos antigos
estudados por sábios do Egito, da Grécia e dos povos árabes. João escreveu: “No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. O livro dois da coleção Corpus
Hermeticum, escrito em grego no século 1 a 3 d.C revela o que a casta sacerdotal
do Egito no tempo Ramsés, 1.300 a.C, sabia sobre Deus e seu Unigênito. No trecho
chamado a Visão de Hermes, Osíris, a sabedoria personificada, pergunta a Hermes
Trimegisto (o três vezes sábio):

“- Compreendeste o que acabas de ver? o outro responde, não.
Tu acabas de ver o que constitui a eternidade. A luz que existe desde o
princípio é a inteligência divina que contêm todas as coisas e encerra nele
mesmo a forma de todos os seres. É o Verbo divino. Deus é pai, o Verbo é Filho
e a união deles é a Vida”.

Esta é a revelação, o nascer de novo, que acomete o crente
cristão. Sucedeu o mesmo com Hermes:

“- Que sentidos maravilhosos despertaste em mim! Eu já não
vejo com os olhos do corpo, mas sim com os do espírito!”

E nós, também conseguimos ver o pregador de Nazaré como Aquele
que criou todas as coisas materiais há bilhões de anos? Com a sabedoria carnal,
com a arqueologia humana e a história geral, alguns nem conseguem crer que o mestre
carpinteiro habitou entre nós. Só com os olhos do espírito se consegue
discernir o que João revelou: “E o Verbo se fez homem e habitou entre nós, e vimos
sua glória como a do unigênito do pai, cheio de graça e verdade”.

Os sábios iniciados sabiam isto tanto que algum tempo depois
de Jesus ter nascido, o apóstolo Mateus conta em seu evangelho: “eis que uns astrólogos vieram do oriente a Jerusalém e
perguntavam: onde está aquele que nasceu, o rei dos judeus?”

 

Há muito se sabia e se esperava a vinda da Luz do mundo.   



publicado por joseadal às 22:05
Quinta-feira, 09 de Fevereiro de 2012

O poeta Gerard Manley Hopkins, padre católico, fez estes versos que fazem pensar:

"O Espírito Santo sobre a curva do mundo paira

com o coração cálido e, ah, asas brilhantes.

Oh maculado, retorcido e fragmentado mundo em que viajo,

onde em cada árvore da mata vejo entre a folhagem

Seu largo sorriso que me faz medrosamente livre".

Vivendo dentro de grandes cidades onde somos cercados pelo concreto edificado pelo homem,

parece mais difícil ver as asas brilhantes do Espírito de Deus se abrindo para nos abrigar.

Quando caminhamos ou pedalamos por estradas de chão ladeadas de árvores,

o percebemos melhor, porque estamos livres e soltos, longe dos problemas e obrigações desta vida.

No livro Paciência de Santo, onde encontrei este poema, uma personagem diz:

"Existe um tempo útil e bem limitado num dia, numa semana, numa existência enfim".

Todo o resto do que vivemos é um correr vão atrás do vento fugidío.

E quando tomamos para nós mesmo um pouco deste tempo e saimos livres,

oh, como nos sentimos amendrontados com nossa liberdade!

   



publicado por joseadal às 00:11
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