Sábado, 29 de Setembro de 2012

O mundo digital não tem nada a ver com o espiritual, certo?

O jornalista de informática de O Globo, Pedro Doria falando sobre a Universidade de Stanford e o Vale do Silício me alertou para uma resposta negativa.

Sabe onde fica o Vale do Silício, o distrito industrial e tecnológico onde começou a HP, o Windows, o Google, o Yahoo e outras grandes companhias? Ao sul da cidade de São Francisco tem uma cadeia de montanhas e aos seus pés se instalou o maior centro de indústrias de informática do mundo. O conhecimento superior que formou os milhares de funcionários altamente especializados dessas empresas foi fornecido principalmente pela Universidade de Stanford.

A instituição foi fundada por Leland Stanford, um ex-governador da Califórnia, em 1891. O político havia feito fortuna construindo ferrovias na época da corrida ao ouro. Era um velho corrupto, mas seu coração era abrandado pela paixão pelo filho, Leland Stanford Jr. Aos 12 anos o rapaz era um estudante brilhante e curioso por tudo, de botânica a hieróglifos egípcios, passando pela mecânica de trens. Leland Jr foi o que se designa agora como uma criança índigo, um gênio. Enquanto os pais, muito ricos, viviam ocupados com muitos acontecimentos sociais ele preocupava-se com os pobres e não compreendia como sua família vivia com uma tão grande riqueza enquanto outros passavam por tanto sofrimento. O menino passou a insistir com a mãe para cuidar dos necessitados. E assim ele foi modificando os pais.

Mas essa alma boa não pode fazer muito mais. Quando estava para completar 16 anos, numa viagem de férias com a mãe, pela Grécia, ele pegou febre tifoide e nem o tratamento mais caro o salvou. Depois do seu passamento o pai passou a ser assediado pela ideia de criar um centro de estudo modelo como queria para Leland Jr. Sua mãe recebeu mensagens espíritas em que o filho pedia a mesma coisa. Assim, o milionário doou uma fortuna para a construção e instalação da universidade de Stanford, que deveria servir de memorial vivo ao que o menino poderia ter sido.

Divaldo Franco, um orador espírita fez uma palestra sobre esse jovem. Ela está no You Tube dividida em três partes. Este link é da primeira.  

http://www.youtube.com/watch?v=dV9RvvnVNPE

E assim descobri que o mundo da informática tem uma grande dívida com o espiritual.



publicado por joseadal às 00:56
Quinta-feira, 27 de Setembro de 2012

“Estamos sempre escolhendo. Às vezes mal, às vezes bem. Essa é a nossa maneira de ser, de aprender, em nossa vida na Terra. Essas escolhas estão inseridas no tempo e no espaço”.

Peguei o pequeno livro Os Acontecimentos Finais, escrito pelo padre beneditino Dom Cipriano Chagas, na biblioteca de uma capela onde há reuniões de cristãos, na maioria jovens, num bom exemplo de renovação. Nesta seguinte passagem se vê quão é vital as escolhas que fazemos:

“Quando uma escolha é por Deus, dentro dos ditames Dele, fica-se mais forte para que a próxima decisão também seja para o bem e para a vida. O inverso também é verdadeiro. Cada escolha que se faz traz em si a força da que se fez anteriormente”.

Se o que se faz despreza Deus e suas leis, fica-se mais fraco para enfrentar a seguinte opção. Cada alternativa que decidimos nos fortalece e nos enfraquece. Se em determinado momento e lugar escalamos o mal para nós na próxima encruzilhada o caminho errado será a opção mais fácil e eleger o bem ficará mais difícil. Porém, nunca se fica completamente perdido já que “a cada momento se abrem possibilidades novas”.

Quando se faz mountain bike e se chega numa bifurcação o caminho que o ciclista segue é invariavelmente o mais difícil, de preferência uma subida.

“Nossa vida deveria ser como subir uma montanha. Há que despender um grande esforço, mas lá em cima, quando se olha para trás tudo aquilo que já se ultrapassou nos enche de entusiasmo. Quanto mais se sobe, mais novas coisas há para se ver”. Observe agora o que ele diz: “Isto quer dizer que não se pode jamais esperar a plenitude do ser. A plenitude está no futuro, no momento que ainda vem e sempre haverá escolhas novas. Assim é a pedagogia de Deus. Você é um ser que vai se completar no futuro. Mas não esqueça: este seu futuro está prefigurado nas escolhas feitas no seu passado e em seu presente. Ninguém é um ser acabado, mas está sempre em processo de crescimento. Quando Deus fez o homem a sua imagem tinha em mente que ele fosse crescendo até alcançar a totalidade”.

Então, como ensinam todas as crenças e ciências: não faça ‘corpo mole’. Porque ser a imagem de Deus é uma meta, é um constante buscar e escolher.   


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publicado por joseadal às 02:59
Quarta-feira, 26 de Setembro de 2012

Quando só se vive correndo sem parar para pensar, as dúvidas ficam ativas e martelam nossas cabeças e corações. Assim, em um mundo tão falto de justiça, periga a fé e amor. Por que agir com equidade e bondade se não vão ‘livrar nossa cara’? Um homem jovem, Artur Schopenhauer,aos 27 anos refletiu muito sobre isso e escreveu um livro maravilhoso.

No capítulo A Justiça Eterna ele diz:   

“Reina sobre o mundo uma justiça eterna. Se, tomados em massa, os mortais não fossem tão abjetos, a sorte em geral não lhes seria tão triste. Neste sentido podemos dizer: ‘O próprio mundo é a sentença do mundo’. Se se pusessem numa balança, dum lado todas as misérias do mundo e do outro todas as culpas dos humanos, com certeza o equilíbrio seria perfeito”.

O mundo é justo, mas individualmente cada qual sofre os efeitos da sorte e do acaso. Quem não medita, pensa: ora, quero saber da minha vida os outros que se cuidem. O filósofo, ensina:

“Em lugar da coisa em si não vê mais que a individuação. Com tal modo de conhecimento, tão limitado, não apreende a essência das coisas e vê somente os fenômenos que aparecem isolados. Parecem-lhe, então, que prazer e dor são coisas diferentes; que tal pessoa é somente um assassino e outra é apenas a vítima; a perversidade é para ele uma coisa e a dor é outra. Vê que uns vivem alegremente na abundância e nos prazeres, enquanto outros morrem de morte cruel, de fome e de frio. Então pergunta: Onde está, portanto, a Justiça? E, sob o impulso violento dessa dúvida, lança-se aos prazeres e às voluptuosidades da vida”.

Ele diz que ninguém só sofre ou vive alegre, os momentos felizes e as desgraças acontecem a todos. É bom não se julgar ninguém ou nada por um instante no tempo. Nem pensar que é o ‘umbigo do mundo’. Schopenhauer diz: “A sua imperceptível pessoa, o seu presente, que não é senão um ponto, o seu bem-estar momentâneo, eis para ele a realidade”.

Não devia ser assim, mas, enfim, acaba sendo parte da justiça eterna.



publicado por joseadal às 00:58
Sábado, 22 de Setembro de 2012

Os seis primeiros capítulos da Bíblia são uma maravilha de síntese narrativa.

Imagine, o primeiro versículo, uma oração com seis palavras e alguns artigos – No começo Deus criou o céu e a Terra – resume 13 bilhões de anos! Nos outros 30 versículos do primeiro capítulo do Livro Sagrado estão contados 4 bilhões de anos. E nos outros 5 capítulos são resumidos 100 mil anos. Não era para nós humanos ficarmos alheios aos detalhes, de modo algum, pois estava tudo registrado no chamado Livro da Natureza e nós, com muito esforço de uns poucos, acabamos por saber ler e entender os pormenores do que aconteceu.

No livro A Hierarquia da Luz revela o que aconteceu há uns 40 mil anos e que em Gênesis (cap. 6 vers 1-8) narra assim: “Quando as pessoas começaram a se espalhar pela terra e tiveram filhas, os filhos de Deus viram que essas mulheres eram muito bonitas. Então escolheram as que eles quiseram e casaram com elas. Aí o SENHOR Deus disse: – Não deixarei que os seres humanos vivam para sempre, pois são mortais. De agora em diante eles não viverão mais do que cento e vinte anos. Havia gigantes na terra naquele tempo e também depois, quando os filhos de Deus tiveram relações com as filhas dos homens e estas lhes deram filhos. Esses gigantes foram os heróis dos tempos antigos, homens famosos. Quando o SENHOR viu que as pessoas eram muito más e que sempre estavam pensando em fazer coisas erradas, ficou muito triste por haver feito os seres humanos. O SENHOR ficou tão triste e com o coração tão pesado, que disse: – Vou fazer desaparecer da terra essa gente, que criei, e também todos os animais, os seres que se arrastam pelo chão e as aves, pois estou muito triste porque os criei.” Que tempo foi esse, gente?!

O livro revela: “Os seres celestiais geraram seres gigantes, alguns chegando a medir 130 m. Eles protegiam as cidades de Atlântida, Lemúria e Shangrilá. Não tinham superpoderes – voar ou coisas assim – mas possuíam a imortalidade. Conseguiram evitar a guerra entre as cidades e ajudaram os humanos a construir outras cidades. Essas sentinelas ajudaram a construir obras muito difíceis de serem feitas pelos mortais. E foram cativando as populações que a cada dia gostavam mais deles.” 

A paleontologia ainda não descobriu qualquer evidência desses gigantes. Mas a narração continua e fala de acontecimentos que têm sido verificados:

“Com o tempo os semideuses influenciaram os terráqueos com feitiços para agirem egoisticamente com o pensamento do ‘cada um por si’. Sacerdotes e profetas, inspirados por Deus diziam que a raça humana ia ficar cada vez pior. Os maus começaram a fazer sacrifícios humanos e comer a carne e tomar o sangue dos sacrificados. Assim a raiva entre eles ia ficando cada vez maior. Os profetas avisavam que as pessoas não estavam percebendo o perigo que corriam as mãos do Criador e ninguém jamais poderia prever o tamanho da catástrofe que se abateria sobre elas”.

Os que vigiam nosso planeta já assistiram muitas coisas, terríveis maldades e grandes destruições. Esses fatos se perdem na neblina do longínquo passado, mas foram contados na Bíblia e em livros inspirados por quem assistiu tudo isso, há muito tempo. E ainda estamos aqui por causa dos que buscaram ser íntegros no meio dos ruins. Só por causa deles.                                                                



publicado por joseadal às 03:25
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012

Quando o povo francês ficou sabendo que Maria Antonieta, sua rainha, ironizou a falta de farinha de trigo no mercado, dizendo: "Se o povo não tem pão, que coma brioches!", isto não foi tão provocador do que o que liam nos folhetins, o iluminismo instigante dos filósofos.

O livro As Paixões Intelectuais conta que em 1766 um nobre francês, Jean-François La Barre, foi torturado, decapitado e queimado na fogueira por não ter feito reverência (ou tirado o chapéu) para uma procissão católica. “De Toulose a Paris, todos os juízes se haviam destacado por seu fanatismo religioso, por sua incompetência criminosa ou por sua crueldade”. Uma nação tão adiantada era dominada pela intolerância religiosa e uma justiça sem ética.

Os filósofos – Voltaire, D’Alambert, Condillac, Diderot e outros – pensavam e ensinavam uma nova maneira de viver. Então um jovem procurador-geral, Antoine Servan, fiel leitor dos pensadores, escreve e publica o livro Sobre a Administração da Justiça Criminal lançando mudanças em todo sistema jurídico. Ele conta: “Um parlamento de província ouve sem murmurar verdades que teriam agitado o parlamento de Paris; nos confins do Reino os célebres filósofos são mais respeitados do que na Capital. Na verdade é uma grata surpresa ver os avanços da filosofia nessas regiões periféricas. Jamais poderia imaginar quanto a burguesia estaria lendo, entendendo e apreciando a filosofia”.

O filósofo Condillac preceptor de Ferdinando, Duque de Parma, lhe escreve, e o que diz serve para todos nós: “Recomendo essas leituras edificantes, tanto para aperfeiçoar seu caráter quanto para melhorar seu raciocínio e seus conhecimentos”. Ler é revolucionário.



publicado por joseadal às 02:04
Quarta-feira, 19 de Setembro de 2012

Há muitas semelhanças entre pescadores e ciclistas, me dei conta disto lendo o livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway.

Quem vai com seus caniços a um rio, lança as linhas e espera tranquilo é bem semelhante ao ciclista que vai de casa ao trabalho, as compras ou em busca de um serviço. Os que saem ao mar pescando de barco são idênticos aos que plenamente uniformizados pedalam com bikes bem equipadas.

Mas o livro fala de situações extremas. Um velho pescador rema barra afora, consegue pescar um marlim enorme e enfrenta uma luta espetacular.

“Viu primeiro uma sombra escura que passou por debaixo do barco.  - Não é possível que tenha esse tamanho todo! Mas era de fato gigantesco. Sentia agora muita tontura e estava a ponto de perder os sentidos, mas conseguiu aguentar o peixe com toda a força que ainda lhe restava. - Puxem, mãos! Aguentem, pernas! Faça-me o favor de conservar-se lúcida, cabeça! Tentou puxa-lo mais uma vez, embora tivesse as mãos ensanguentadas e só pudesse ver bem por instantes. Esqueceu a dor e reuniu as poucas forças que lhe restavam, apelando para seu orgulho, que já o deixara havia horas. Pôs toda sua alma no puxão e o peixe veio para junto do barco”.

 

Um velho ciclista também pode se defrontar com desafios tremendos: serras altas, uma trilha muito comprida e um sol tórrido. Ele sente todos os músculos queimando numa subida violenta, a sede que deixa a boca sem saliva e provoca câimbras dolorosas e o ar que falta. Por que passar por isto tudo? “O velho pescador, pensou: - Eu nunca tinha sido derrotado e não sabia como era fácil me vencer. Fui longe demais.”  



publicado por joseadal às 00:49
Terça-feira, 18 de Setembro de 2012

“Ninguém voltou para dizer como é lá do outro lado”, uma frase feita que não exprime a verdade.

Desde que os hominídeos surgiram na terra, há 100 mil anos, em cada grupo de pessoas havia um médium. Alguém que se comunicava com seres do outro lado, em outra dimensão. Muito antes de haver escrita os xamãs armazenavam informações sobre o outro mundo. Quando a cultura em forma oral foi codificada em símbolos, em pictogramas e depois em letras, muitos manuscritos e livros foram feitos contando da vida após a morte na matéria.

Em 1307, o italiano Dante Alighiere completou o livro Inferno, com o plano de ser uma terça parte da obra Divina Comédia, completada com Purgatório e Paraíso. Revelam antigas tradições e interpretações da Bíblia que ensinam que ninguém escapa de pagar suas dívidas. Os pecados, ou crimes, têm pesos diversos.

Esta ilustração mostra que o patamar com menos castigos é o limbo, para quem não aceitou Jesus como O Cristo, o Filho de Deus; os crimes sexuais levam o devedor para a penúltimo nível mais alto; as formas diversas do comer e beber que fazem mal a si mesmo e ao próximo ficam no terceiro nível superior; os que prejudicam o próximo de forma financeira e econômica ficam na quarta faixa um pouco mais fundo; os assassinos, os violentos e os inadimplentes  ficam mais enterrados, na quinta faixa; no sexto círculo ficam os hereges soberbos, para quem a própria verdade não admite que outros também estejam certos e que a verdade evolua como tudo e como a luz do amanhecer que vai aumentando cada vez mais; no sétimo, mais próximos do fundo do inferno, ficam os agiotas; mais abaixo, no oitavo, os homossexuais e os hereges; e lá no fundo ficam os que pecaram contra o Espírito Santo, como Judas e Lúcifer.

Uma descrição detalhada está no link http://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Com%C3%A9dia.

Segundo o livro A Hierarquia da Luz os endividados com Deus quando chegam ao outro lado são enviados para um mundo inferior, o umbral, e enviados para 12 colônias. Tanto no de Dante quanto no deste o inferno ainda é um lugar de reforma, de tentar recuperar os infratores. E diz: “ Com o passar do tempo o umbral cresceu muito e piorou. Todavia, essa foi a única forma encontrada pelos seres celestiais de fazer os criminosos pagarem por seus erros. Quanto mais fundo o nível a vibração é extremamente negativa e perturbadora. Por essa razão, os seres que vão para lá encontram muita dificuldade de sair. Nos últimos tempos o umbral regrediu, se é possível entender, o ruim ficou pior”.

Há duas formas de se evitar afundar, uma é nosso amor e temor respeitoso por Deus, o Criador de tudo; outra é o medo, pavor mesmo, de sofrer até pagar tudo. Será que é o bastante para nos livrar do Pecado Original ou das dívidas de vidas passadas?        


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publicado por joseadal às 02:01
Sábado, 15 de Setembro de 2012

- Fecharam o colégio, Zé, onde meus filhos vão estudar?! Expulsaram os jesuítas do Brasil!

Sempre me comovi com esta atitude política do governo de Portugal. O Brasil possuía tão poucas escolas, como é que tomaram esta decisão expulsando “124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará. Pouca coisa restou de prática educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o Seminário episcopal, no Pará, e os Seminários de São José e São Pedro, que não se encontravam sob a jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na Bahia; e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro”. Um país de dimensões continentais com quase nenhum colégio, dá para entender isso?

A ordem foi emitida pelo Marques de Pombal, primeiro ministro (1750-1777). Qual foi o motivo: “As escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé e Pombal queria organizar a escola para servir aos interesses do Estado”. Estas citações foram tiradas do site http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb03.htm, que conclui: “O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX (anos 1800...), a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada”.

Voltei a pensar nos jesuítas ao ler a citação desta carta do filósofo D’Alembert a Voltaire: “A França acaba de expulsar de seu território os grandes apóstolos da intolerância, os pretensos companheiros de Jesus. Por desgraça, não é a razão e sim, mais uma vez a intolerância que os prescreve. Não é porque são turbulentos e fanáticos que nossos parlamentares os ‘mandam andar’, mas porque defendem a ‘graça versátil’ e os jansenistas a ‘graça eficaz’. Mas não há o que temer; essa canalha que ficou também não haverá de prosperar”. Citação do livrão que estou, As Paixões Intelectuais.

Intolerância, este foi o aparente foco da expulsão dos jesuítas primeiro aqui e em Portugal (1759) e depois na França (1763). Mas como diz o filósofo, substituíram uma intolerância por outra.

Para um livre pensador ser coibido por convenções religiosas é o cúmulo. É verdade que quando vemos e escutamos um jovem passar no seu carro com os alto-falantes berrando uma música esculachada dá vontade de tirar esta liberdade dele, mas se começasse com isto chegaríamos à cassação de nossa livre maneira de pensar, também.


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publicado por joseadal às 13:43
Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

Meu genro Luciano deixou comigo um livro de 400 páginas, uma biografia do filósofo D’Alembert. Autor de Ensaio sobre os Homens de Letras, foi um defensor da ética como predicado que dignifica uma pessoa. Ensinava que um caráter admirável era aquele que defendia sua liberdade e dos outros, mantinha-se dentro da verdade e levava uma vida de pobreza; não devia almejar com seu saber a conquista de uma vida de confortos e riquezas.

- Falar é fácil, quero ver na hora da tentação!

Pois este livro que tenho em mãos, As Paixões Intelectuais, conta um fato em sua vida que serve de exemplo de integridade.

Jean le Rond d'Alembert (1717-1783) foi abandonado por sua mãe nos degraus de uma igreja de Paris e recolhido por um casal dono de uma vidraçaria. Seu pai verdadeiro quando o encontrou pagou seus estudos, o que ele aproveitou ao máximo. Formou-se em Matemática e depois em Física, mas tanto ensinava quanto fazia experiências. Demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma ter toda equação algébrica pelo menos uma raiz real ou imaginária. Também foi eleito membro da Academia de Ciências da França. Mas era tal seu talento que os ingleses também o elegeram para a Real Socidade. E tornou-se um pensador, um filósofo do comportamento ético.

Em 1767 o químico Voltaire escreve a D’Alembert: ‘É a opinião que governa o mundo, e cabe aos filósofos governar a opinião”. Difundia-se a ideia de que um povo progressita precisava de um rei filósofo. Para não serem atropelados pelos sábios que sustentavam, os monarcas europeus passaram a dar valor ao estudo, tanto para si mesmos como para os filhos. O livro conta (p 19): “Por mais que o soberano governe seu povo como bem entende, é de bom-tom entrar na modernidade definida pelos filósofos”. Foi assim que a imperatriz Catarina II, da Rússia , ordenou a três diferentes acessores que escrevessem convidando D’Alembert a ir morar em São Petersburgo servindo de perceptor para o filho dela. O filósofo, diz o livro, “invoca seus problemas de saúde, o apego aos amigos a a indiferença a honrarias como pretexto para não deixar Paris”. O embaixador russo na França o visita “dizendo-se incumbido de oferecer 100.000 libras por 6 anos como preceptor do príncipe, imunidades diplomáticas e um magnífico palacete”. Então, o que fez o filósofo? Voltaire comenta a decisão do amigo: “Ao dar às costas á glória, ás honrarias e ao dinheiro, o Senhor manteve-se fiel aos seus princípios. Todos os homens corretos deveríam apontá-lo como alguém que lhes ensina a viver”.

Então, que as notícias nos jornais e televisão de homens que vendem sua honra não enfraqueçam nossa decisão de ser correto. Bons exemplos sempre houveram. Quiça eu e você sejamos assim.



publicado por joseadal às 23:07
Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

Tempo, para que lado se vire lá está ela, uma palavra da moda. O livro que acabei de ler, Fantoches de Deus, termina com esta pergunta: O que você deseja? E a resposta: Tempo.

Este livro fala do planeta em perigo. Nós mesmos poluímos e colocamos a raça humana em risco de extinção. Mas pode ser outra coisa também: o próprio Deus nos induziu a esta situação por não seguirmos suas simples orientações de sobrevivência, os Dez Mandamentos. Nos livro Deus fala:

“Esta menina (uma criança com síndrome de Down), igual a um passarinho implume, jamais me ofenderá, como todos vocês fizeram. Jamais desvirtuará ou destruirá a obra de minhas mãos. Olhem para ela e esta inocente lembrar-lhes-á que Eu Sou Quem Eu Sou, que meus caminhos não são os de vocês e que a menor partícula de poeira no espaço mais escuro não está fora de minhas mãos”.

O personagem central da história, um padre, conversa com o Pai:

“Diga-me uma coisa: o Senhor pode mudar de ideia quanto a nós, os seres humanos? Abraão barganhou com Deus por Sodoma e Gomorra, pedindo: se houver uma centena de homens justos... Não, não há? Então se forem 20... ou 10, o Senhor poderá poupar essas cidades? Jesus, o Senhor mesmo quando esteve conosco ensinou que 'tudo o que pedíssemos nos seria dado', 'que deveríamos bater e clamar e receberíamos'. Então, peço tempo para os justos poderem trabalhar e argumentar mais um bocado com nossos irmãos insensatos. Por favor, seria indigno de seu Poder concertar o mundo passando por sobre um tapete de cadáveres”.

Pedimos TEMPO a Deus, mas não para continuarmos correndo atrás do vento, da vaidade e do egoísmo, mas para salvar nossas vidas e da humanidade. O homem perguntou: Quanto tempo o Senhor nos dará? Deus respondeu: Não muito... mas o suficiente se você começar a dar testemunho agora. E nosso irmão disse: Obrigado, obrigado da parte de todos nós.

Você e eu podíamos começar a falar agora mesmo, avisando, chamando a razão os outros. Vamos?



publicado por joseadal às 02:37
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