“Mulheres norte-americanas, a vossa saúde está sendo destruída e a vossa felicidade comprometida pela conspiração encabeçada pelos padres, médicos retrógrados e imprensa vendida. Este cruel triunvirato vos mantém numa ignorância aviltante a respeito de vossa verdadeira natureza. Só quando a literatura a propósito da limitação da natalidade e os métodos que evitam a concepção estiverem nas mãos de todas as mulheres é que os riscos e perigos que acompanham a gestação de filhos indesejados estarão sob o controle de vocês”. Este artigo saiu publicado em fevereiro de 1928, em Boston, segundo o livro O Cardeal (p. 502).
A resposta do bispo católico romano, foi: “Amados irmãos, a graça especial conferida por Deus aos homens e mulheres pelo sacramento do matrimônio aperfeiçoa o amor humano e santifica tanto o esposo como a esposa. No mistério do matrimônio os cônjuges entregam-se um ao outro para consolo mútuo e para a propagação da espécie. Intervir neste mistério é uma ofensa contra Deus, uma afronta a natureza e a ruína do amor conjugal”.
Por volta de 1930 a população mundial era de 2 bilhões de indivíduos, mas por volta de 1960 ela havia dobrado, então os cientista começaram a falar em explosão demográfica. Limitar os filhos não era só uma questão de egoísmo dos casais, mas uma preocupação com o planeta e o futuro de seus filhos.
É inquestionável que a Igreja Católica Romana detém um “depósito de fé”, um imenso conhecimento filosófico e teológico sobre ética e a valorização da vida no planeta. Toda pessoa de bom senso respeita os cuidados dela em lidar com a vida humana; o desrespeito para com a vida pode gerar o caos e até o fim de nossa espécie. Assim, ela liga na Terra o que o grande Criador já decidiu em seu trono.
Porém, é por essas e outras que a objeção da Igreja aos meios artificiais de controle da fecundação me é incompreensível. E para você?