Sábado, 17 de Setembro de 2011

No livro Quatrocentos Séculos de Arte Rupreste, escrito pelo arqueólogo francês Abade Breuil, li uma informação sobre a Iniciação. "Quando visitamos uma caverna decorada, penetramos num santuário onde há milênios desenrolaram-se cerimônias sagradas para introduzir os noviços nas instruções fundamentais necessárias a uma conduta sábia em suas existências".

 

A iniciação tanto serve para iniciar um jovem na vida adulta quanto para tornar um adulto pronto para uma profissão ou uma atividade filosófica.

"Os afrescos pintados pelos homens da Idade da Pedra nos cantos afastados das cavernas e a dificuldade dos meandros apertados a percorrer no interior da Terra para chegar até eles, parecem trajetos iniciatórios em que as estações da via sacra, murais com imagens de animais, vão conduzindo o escolhido pouco a pouco a uma pequena sala subterrânea onde passava noites de vigílea e meditação; muito semelhante ao escudeiro da Europa medieval que ficava na capela do castelo orando e se mortificando antes da manhã em que seria sagrado cavaleiro". 

Para o quê serviam estas cerimônias? "Por que o iniciado precisava percorrer sala após sala, contemplando as imagens místicas em cada uma delas e passando por estreitos buracos, até chegar ao fundo escuro do abismo onde corre um rio, suas águas que lembram a vida produzindo um som entorpecedor? Qual era o objetivo final? Era a revelação, a compreensão do Todo".

Correndo, correndo e correndo feito um hamsteres não dá a ninguém a mínima chance de compreender o sagrado: quem eu sou.           



publicado por joseadal às 16:18
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