Quinta-feira, 07 de Fevereiro de 2013

Estou terminando uma aventura espetacular em companhia do médico Sinhue que viveu no reinado do faraó Akhnaton predecessor de Tutankhamon. O fim do reinado se aproximava, uma administração cheia de erros levou o Egito ao deblaque. O livro O Egípcio conta:

“Alastrou-se a carestia pela terra do Egito, e impossível era prognosticar os infortúnios próximos. Os carros de guerra dos hititas tinham atravessado o deserto do Sinai atacando terras do faraó. Tais notícias fizeram o sumo sacerdote e primeiro ministro Eie vir à pressa de Tebas e o general Horemheb de Mênfis a fim de discutir a situação com o faraó. Dada a minha condição de médico real estive presente a essas conferências, temendo que o faraó se excitasse demais e adoecesse”.

Depois de exporem os fatos e oferecem soluções o faraó disse: “Preciso orar e vigiar, antes de decidir. Reuni amanhã o povo e através deles falarei a todos os egípcios e revelarei meu propósito”.

Quando jovem Akhnaton teve uma revelação, era um governante muito religioso. Isso interferia em sua política. Lendo sobre esta mistura do temporal com o espiritual lembrei-me de um personagem de nossa história que se tornou anti-herói por ter tomado decisões que separaram a Igreja do governo, tanto no Brasil quanto em Portugal, Marques de Pombal.

A Wikipédia, diz: “Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colônia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias. Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. O ministro regulamentou ainda o funcionamento das missões, afastando os padres de sua administração, e criou, em 1757, o Diretório, órgão composto por homens de confiança do governo português, cuja função era gerir os antigos aldeamentos”.

Por suas convicções o faraó decidiu não ouvir seus ministros e disse a assembleia: “Aton apareceu-me, e a sua verdade arde dentro de meu coração, de modo que não vacilarei. Derrubei o falso deus Amon-Rá, mas permiti que os antigos deuses fossem venerados. Mas hoje eu ordeno: todos os velhos deuses devem cair para que a luz de Aton prevaleça. Assim eu libertarei o Egito da servidão do mal”.

(em um corte na estrada Santa Rita de Jacutinga-Bom Jardim de Minas)

É perigoso misturar política e religião.



publicado por joseadal às 23:59
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