No livro A Insustentável Leveza do Ser a heroína é uma jovem - com quê, 18 ou 20 anos? - chamada Tereza. Ela é bonita, mas por algumas coisas que passou tornou-se diferente das outras moças: "Achava idiotas os adolescentes que passavam por ela com rádios barulhentos nos ouvidos. Não percebia que eram modernos. Em um mundo de despudor, onde a juventude e a beleza têm o sentido distorcido e onde as pessoas vivem como que num gigantesco campo de concentração onde tentam parecer idênticos e tornar suas almas invisíveis, ela tinha o vício de longas e repetidas permanências diante do espelho. Seu desejo era não ser um corpo como os outros e ver sob a superfície de seu rosto a tripulação da sua alma surgir. Não era fácil porque sua alma medrosa escondia-se no fundo de suas entranhas, com vergonha de aparecer".
Apaixonei-me por esta mulher imaginando-a como era Lili nesta idade, que só conheci por fotografias.
Tereza esta assim até que encontra Tomas, "alguém que não conhecia e diferente dos homens tolos que lhe dirigia pilhérias obscenas; e ainda uma coisa: tinha um livro aberto nas mãos".
Cara, que Tomas que nada, era José!