São muitas as ciências, de uma meia dúzia no século XII ramificaram-se em dezenas de estudos, alguns muito específicos. A maioria procura entender e planificar a convivência na sociedade humana, e umas poucas perscrutam o mundo de matéria, desde o micro até o macro. No estudo o grande desafio é conciliar a fé e os princípios cristãos com o que se descobre pela investigação científica. No livro As Sandálias do Pescador, um jesuíta que é cientista pede orientação a um seu superior. Este responde (p.184): “A vossa cruz é estardes sempre dividido entre a fé que vos anima, a obediência a que fizestes voto e a vossa investigação em busca de um conhecimento mais profundo de Deus, através do universo que Ele criou. Acreditais não haver conflito entre ambos, mas apesar disso estais diariamente confrontado com divergências. Quando encontrais algo que difere do que credes, não podeis renunciar a vossa fé sem que isso envolva uma catástrofe pessoal. Mas, por outro lado, não podeis abandonar a busca sem provocar uma ruinosa deslealdade para com vós mesmo e a vossa integridade”.
Quanto mais imersos no mundo – a maneira de viver e se comportar dos que não têm fé – mais nos deparamos com paradoxos. Cremos que Deus, o criador, está em toda parte, sabe de tudo o que acontece e tem todo poder. E a nossa volta vemos barbaridades e comportamentos que negam completamente a Deus. O que fazer? Não conseguimos viver sem ver toda esta brutalidade e não podemos abandonar nossa fé sem ficarmos sem equilíbrio e paz. No livro o padre professor pergunta ao seu superior: “Eminência, o senhor me mostrou minha cruz, mas não como devo carrega-la”.