Duas pessoas tem criação parecida, um desenvolve a fé outro não. As explicações para isso são muitas, mas lendo ensinamentos de João Paulo II no livro Não Tenham Medo, encontrei esta:
“Antes de tudo o dom. No Concílio Vaticano II, diz: ‘Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se e fazer conhecer o mistério da sua vontade'. Essas palavras, de uma densidade admirável, falam da revelação em que Deus se comunica. Para que haja a revelação de Deus é preciso trazer a vontade humana à obediência da fé. Por ela o homem se confia todo, inteiro, livremente, a Deus, trazendo àquele que se revela a submissão completa da sua inteligência e do seu coração”.
Ah, neste mundo pós-moderno onde o tempo é gasto com tanta coisa e a meditação no espiritual é relevada a algo que não trás renda, não se pensa profundamente!
Voltando ao início: esse recebe uma educação incluindo a fé e não consegue crer, enquanto aquele crê naturalmente. Esta revelação ou dom só é alcançada por quem ‘submete sua inteligência e coração a Deus’. Há que ter um profundo respeito, pois se está lidando com mistérios.
Só leia daqui pra frente se puder parar e pensar um pouco, ao contrário feche esta página. Efésios 1:9,10: “Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra”.
Para entender isso é preciso fé, necessita ter recebido o dom, foi imprescindível ser submisso. Deus tem ‘um misterioso desígnio... de reunir as coisas que estão nos céus com as que estão na Terra’. Até aí deu para entender. Agora reflita: “que em sua benevolência formara desde sempre”, não desde a criação do mundo material, mas desde sempre.
Não é para qualquer um compreender, é para quem tem fé.