Sábado, 23 de Março de 2013

O jovem bebendo numa boate, não podia ficar alheio a sua consciência que insistia: você bebeu, então não dirija. Mas ele ignorou o aviso e saiu de carro. Corria pela madrugada ultrapassando carros, sentindo um prazer imenso nisso e quando invadiu uma faixa de ciclista impossível não ter ouvido sua consciência que falava do perigo de alguém em sua bicicleta já estar pedalando por ali. Não ligou, deu de frente com um jovem que ia trabalhar e o atropelou. Uma voz interior com certeza lhe advertiu: pare, volte e dê assistência ao seu semelhante. Mas ele fugiu. Adiante, o dia já clareando, viu que o braço do rapaz estava caído dentro de seu carro. Por tudo que aprendeu na vida devia ter procurado o ferido para devolver-lhe o membro de seu corpo. Mas foi desumano e jogou um pedaço do corpo de um ser humano num córrego sujo.

(uma parada rápida na descida de Santa Rita de Jacutinga para a margem mineira do rio Preto)

No livro Não Tenham Medo o papa João Paulo II considera a declaração (Gênesis 1:26): “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.

A moral só é possível no sujeito capaz de pensar e distinguir o bem do mal, enfim dotado de uma consciência. O homem é chamado a ultrapassar-se a si mesmo, a usar a aptidão de libertar-se de seus próprios limites para ir além. Diferente dos animais que são completos em seu gênero, o homem é inacabado e tem em si uma parte aberta ao infinito. O homem é um ser finito, submetido as leis da matéria e da natureza, mas ao mesmo tempo tem um espírito aberto ao infinito. É nele que o espírito Santo age e influencia o homem inteiro a produzir os frutos da santidade e das boas ações”.

   

Se o ser humano tem essa parte que busca ser parecido com Deus, como é que alguns cometem tantas barbaridades?

“Numerosos fatores contribuem para a preponderância do corpo sobre o espírito. Diversas concepções e programas utilizam o materialismo para convencer o homem que já é um ser acabado, quer dizer, definitivamente adaptado a estrutura do mundo visível e que este mundo é para ele o único sistema de referência. As pessoas que governam ou que manipulam os outros pouco se preocupam com o lado espiritual de quem domina, e se interessam menos em mantê-lo aberto para o infinito do que em fechar definitivamente esta ambição. Uma tensão interior sim, porque Deus criou o homem para a imortalidade e fez ele para ser a sua imagem”.

Um cara assim não cometeria nenhum dos erros daquele jovem, muito menos todos eles.                       



publicado por joseadal às 00:16
Sábado, 28 de Julho de 2012

O que é essa procura do ser humano por desbravar novos caminhos?

No livro Não Tenham Medo, João Paulo II diz que tudo começa com as palavras de Gênesis 1:26: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.  E faz uma reflexão espantosa: “Sendo o homem a imagem de Deus se segue simplesmente um conflito permanente no interior do ser humano, que sendo feito ou modelado á efígie de Outro só poderia ser ele mesmo paradoxalmente sendo o Outro”.

Esta é a razão da procura interminável da raça dos homens. Para sermos completos temos de ser a imagem de Deus. Isto exige liberdade para cada um procurar sua transcendência, que o querido João Paulo II assim definia “aptidão do homem a libertar-se dos seus próprios limites, para ir mais longe, ou mais alto”.

Conversando com uma comerciante em decoração, no Retiro, ela comentou seu estudo em MBA. Esta pós graduação estimula o “interesse e talento para administrar pessoas e empresas ou pessoas em empresas”. Aí, o jornalista que neste livro entrevista o papa avisou: “As pessoas que governam ou que manipulam os outros pouco se preocupam com esse outro ser incômodo e se interessam menos em mantê-lo aberto do que fechá-lo definitivamente”. Serve a empresa aquele que tem o seu perfil, então ou o empregado se molda a firma ou é demitido. Ninguém quer conviver com uma pessoa “incômoda”, que quer “se manter aberta”, prefere-a “fechada”.

(as rosas brancas do jardim aqui de casa ficam na grade e a vizinhança e os passantes colhem-nas em pencas)

Não tenho ideia de como milhões de irmãos por este mundo afora podem deixar de se “conformar” a um ideal de um empregador, de um pai ou de um cônjuge que o impede de continuar seu caminhar em direção ao fim, ser a imagem do Pai de tudo.  



publicado por joseadal às 02:15
mais sobre mim
Março 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

blogs SAPO