“Como você se vê?” Esta pergunta serve de base a um capítulo do livro A Luta Contra a Depressão, o que fala sobre a imagem que fazemos de nós mesmos. Quanto mais vivemos mais chances tivemos de errar, fracassar e perder. “Não fique pensando nos seus fracassos, nas ofensas que sofreu, nas fraquezas que carrega e nas perdas que teve”, (p.144). É difícil, é preciso ser persistente e vigilante para não mantermos uma imagem errada sobre nós mesmos, a de perdedores.
Isto vale tanto para um indivíduo quanto para um povo. Em outro livro, Sr. Mani, o autor israelense fala da condição dos judeus na Palestina (p.147): “Durante algum tempo todo o passado diaspórico (os judeus espalhados por cidades do mundo inteiro) do povo judeu, especialmente os períodos mais negros de perseguição e extermínio, incluindo o Holocausto, foi rejeitado em Israel. Enquanto fonte de vergonha e de uma identidade oprimida e trágica, era preciso que fosse esquecida e transformada em outra imagem, a de um ‘homem novo’. Por assim dizer era preciso, que os judeus se vissem fortes e vencedores.
Eram aqueles que se lançavam corajosamente à maior aventura coletiva do século, a de reconstruir uma nação praticamente do nada”. Tem tudo a ver a imagem que fazemos de nós mesmos.