“Essas mulheres só querem saber de zoação”, palavras de um dos meus filhos quando namorava. Será mesmo que grande parte das meninas não tem vocação para mãe de família? E quando casam estão despreparadas para manter seu lar?
Li sobre isso em Mitologia Grega vol. II, do professor Junito de Souza Brandão. O mito de Psiqué fala do inconsciente da jovem mulher. Ela encontrou um homem, mas passa por quatro provas para tê-lo completamente. No mito quem a submete aos testes é a deusa do Amor. O primeiro exame é fazê-la separar grãos diferentes em um monte: "é entender que a promiscuidade, querer ter outros homens, não lhe vai acrescentar nada e vai perder seu amor". A outra avaliação é pegar punhados de lã de carneiros ferozes: “É ela tomando posse do poder masculino, uma despontencialização, como o gesto de Dalila ao cortar os cabelos de Sansão, é não permitir ser dominada por seu homem”. A terceira tarefa é encher uma jarra com água de um rio muito perigoso: “O fluxo da vida de um homem desafia a captura, ele está sempre numa mudança incessante, e ela deverá contê-lo, dar forma e repouso a uma vida informe; é conter essa energia, sem ser por ela despedaçada”. O último trabalho é o da mulher buscar a beleza permanente e isto a faz andar em meio a pessoas que lhe pedem para parar e ficar com elas: “Para manter a estabilidade do seu ego a mulher precisa exercitar a resistência a ser piedosa com quem não merece; é aprender a abandonar um anseio próximo por um objetivo distante e até abstrato”.
A mulher que tiver uma personalidade forte para tratar o amor não como uma ação inconsequente, mas algo precioso a ser conquistado, essa será uma joia para seu esposo e sua família.