Domingo, 10 de Março de 2013

No término do século XIX a França vivia a novidade das pesquisas da mente: hipnotismo, psicanálise e anestesia hipnótica. Sobre este procedimento o médico sueco Axel Munthe conta no livro San Michele

“O grande benefício nas operações cirúrgicas e nos partos está hoje bem reconhecido. Outro efeito benéfico deste método é conseguido na mais dolorosa de todas as situações: a proximidade da morte. No outono de 1915 passei dois dias e duas noites inolvidáveis entre duzentos soldados moribundos, cobertos por capotes ensanguentados. Não havia nem morfina, nem clorofórmio, nem anestésico nenhum para aliviar os seus tormentos e abreviar a sua agonia. Muitos morreram sob meu olhar, às vezes com um sorriso nos lábios, com a minha mão em sua fronte e nos ouvidos o som das minhas palavras de esperança e consolo, lentamente repetidas. A pouco e pouco, dos seus olhos semicerrados ia desaparecendo o terror da morte. Que misteriosa força era aquela que parecia emanar da minha mão? De onde vinha? Naturalmente a ciência moderna rejeitou a explicação do fluído magnético. Dizem que é a simples sugestão a chave do hipnotismo, mas isso não pode explicar os assombrosos fenômenos que vi e parece que fiz acontecer”.

Tanto o Dr. Axel era bem sucedido com gente como com animais.

“Todo pessoal do zoológico de Paris conhecia meu poder. Era uma especialidade minha pôr suas serpentes, tartarugas, ursos e grandes felinos em estado de letargo, a primeira fase da hipnose. Com todos os animais selvagens ou domésticos a influência do som monótono das palavras repetidas lentamente era magnífico. Eles compreendiam o significado do que lhes dizia. O que não daria eu para entender o que queriam me dizer. Mas neste casos é impossível definir como sugestão mental. Deve haver algum outro poder em ação”.

O espiritismo ainda usa o passe magnético, é mesmo eficaz ou a sensação de melhora e leveza são provenientes das mentes sugestionáveis?


tags:

publicado por joseadal às 20:29
Quinta-feira, 22 de Março de 2012

Estou relendo um livro formidável e apreendendo coisas que me escaparam na primeira leitura. Comunhão é uma descriçao literária de uma experiencia do autor,  Whitley Strieber. Submetendo-se  a hipnose ele vê a morte do pai, a qual nao assistiu. Enquanto ele arfa a esposa assisti impassível. A transcrição da gravaçao deste momento revela:
"Oh, ela nao o ajuda! Meu pai morrendo e ela parada lá, olhando-o. Papai, eu nunca chequei a te conhecer direito!"

Entao começa a análise:
" - Fez sentido para você?

- Sim, mas não foi como ela me contou!

- Sua mãe se preocupava com seu pai?

- Eles viveram juntos quase 50 anos...sim, ela se preocupava.

Espere, acho que não vi o que aconteceu, mas sim meu temor do que pudesse ter sucedido. Ele era de uma geração muito reticente, meu pai era distante. Eu nunca fui muito próximo dele. Mas por que pensei nisto agora?

- Voce veio pedir ajuda porque não estava bem. Sabia que seus segrerdos mais íntimos estavam aflorando. Se eu tivesse perguntado qual teu segredo mais íntimo, você nao teria lembrado esse?

- Sim. A palavra consciencia sempre significou para mim reconhecimento por todo sacrifício alheio necessário ao meu desenvolvimento pessoal. Acho
que mesmo sem perceber eu me culpo pela falta de intimidade com meu pai a quem devia tanto. Deixei-o envelhecer e morrer sem meu conforto e apoio (choro sentido).

- Lembre-se de uma coisa, o natural é "deixará o homem seu pai e sua mãe e se juntará a sua mulher. Anule esta culpa.

- Ocorre-me que esta imagem tenha aflorado também para testar minha reaçao, para ver que tipo de pessoa eu sou. Aprendi muita coisas nesta sessão.

- Não fiz nenhum teste consigo.

- Não estou pensando que foi o doutor, não. Ocorreu-me que foi ação de um potencial altamente terapeutico escondido dentro de nossa própria mente".

Observe que numa terapia o médico diz pouco e o paciente vai encontrando as razões de seus sofrimentos.

Como nos lembra a Bíblia, o manual do bom viver: "Ande pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas essas coisas Deus te pedirá em conta". Nada se perda do que vivemos e fazemos. Nossa mente retém tudo e transforma as lembranças em bençãos ou castigos. Não é mole, não. 


tags:

publicado por joseadal às 09:49
mais sobre mim
Março 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO