Se pudesse, pegava-o pela mão e levava-o ao REC. É um Ágape, uma reunião alegre de cristãos. Nela não há músicas nem danças, mas oração, estudo, reflexão e a felicidade de coisas boas aprendidas. Nas últimas três semanas, estudamos os Dogmas da Igreja.
- Estudar dogmas, zé?
Eles não são cabrestos, são princípios. Como na matemática. Os conceitos básicos dela são axiomas, como aquele que diz: paralelas são retas que prosseguem equidistantes até o infinito. Se você conseguisse mudar um princípio, todo estudo humano viraria pó. Os Dogmas são princípios da fé. Ontem, estudamos os dogmas sobre Maria: “Se alguém afirmar que Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, seja excomungado”. No REC todos comentam e nessa noite falamos que a concepção de Maria não foi como a de Sara. Nela, mulher idosa, com os órgãos reprodutivos já desativados, o Espírito Santo regenerou-os e o esperma do velho Abraão conseguiu engravidá-la. Maria concebeu por ação do Espírito Santo, sem esperma humano. A jovem Ana Luiza nos lembrou que Izabel, que também concebeu do marido com ajuda do Espírito Santo, ao receber Maria, disse (Lucas 1:42-43) : “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. Que grande honra recebi, que venha visitar-me a mãe de Adonai?”
Ficamos refletindo por um momento e me veio uma outra compreensão: Ora, Isabel estava no sexto mês de gravidez, mas Maria estava na primeira ou segunda semana. O Filho que ela gerava era um embrião, uma porção de células que se fixaram na parede do útero. Mesmo assim, Ele já fazia a voz de Maria impressionar seu primo no ventre de Isabel.
Percebemos como a vida e capacidades de um novo ser já estão presentes na segunda semana de vida. Os corações de todos ali ficaram felizes por essas revelações.